Economia
Companhias aéreas criam novas categorias de passagem, com opção premium e bilhete sem bagagem
(FOLHAPRESS) – As principais companhias aéreas brasileiras reviram nos últimos meses as famílias de tarifas disponíveis a clientes no momento da compra da passagem. Novos bilhetes premium foram criados -e, no caso da Gol, há uma nova categoria, mais básica, que não permite bagagem de mão gratuita.
Especialistas dizem que a estratégia possibilita o aumento da receita e evita elevação no preço da tarifa comum, já que, segundo eles, os valores arrecadados com as passagens premium cobrem custos com passageiros que optarem pelo bilhete tradicional, mais barato.
A Latam anunciou em 30 de julho deste ano uma nova estrutura tarifária para a cabine premium economy em voos internacionais dentro da América do Sul.
A categoria passou a ter dois tipos de tarifa. A premium economy full, similar à tarifa aplicada anteriormente, permite alterações e reembolso sem multa (sujeito apenas à diferença do preço da passagem) e inclui uma bagagem de mão, uma bagagem despachada de 23 kg, seleção de assento premium e embarque prioritário.
No caso da nova tarifa, chamada de premium economy standard, alterações são feitas com custo adicional (multa), e não há reembolso voluntário. O bilhete inclui bagagem de mão, bagagem despachada de 23 kg, seleção de assento premium e embarque prioritário.
A Latam também anunciou recentemente um investimento de mais de US$ 100 milhões para a criação de uma nova cabine, chamada de premium comfort. A categoria será lançada em 2027 em aeronaves Boeing 787, para voos de longa distância.
Segundo a companhia aérea, o novo espaço ficará localizado entre as cabines premium business e economy e terá assentos mais largos, maior reclinação, mais espaço entre as fileiras e menor quantidade de passageiros. Também contará com telas 4K de 16 polegadas, conectividade bluetooth, portas USB-C de carregamento rápido e tomadas individuais.
À Folha a Latam afirma que as novas mudanças incrementam a receita da companhia e fortalecem o equilíbrio da estrutura de custos.
“Na prática, esse movimento ajuda, sim, a manter as tarifas da classe econômica em patamares mais competitivos, pois parte do crescimento de receita vem do segmento premium. Esse é um modelo que tem apoiado o crescimento sustentável da Latam na região e democratiza o acesso à aviação”, escreveu a empresa em nota.
Na Gol, as mudanças previstas para entrar em vigor em 14 de outubro. Para o mercado doméstico, as tarifas disponíveis continuarão sendo a light, a classic e a flex.
Já para viagens internacionais, a empresa passará a oferecer a tarifa basic. O viajante que optar por essa categoria poderá levar na cabine, somente, uma bolsa ou uma mochila (item pessoal) de até 10 kg, nas medidas máximas de 32 cm de largura, 22 cm de altura e 43 cm de profundidade, para que seja acomodada debaixo do assento à frente. O cliente não terá permissão para levar bagagem de mão.
Neste ano, a tarifa basic estará disponível apenas para viagens com origem em outros países onde a Gol opera. Para voos partindo do Brasil, a categoria será ofertada somente na rota que parte do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, para Montevidéu, no Uruguai.
Também nos voos internacionais, o passageiro poderá optar pela premium economy, categoria que já era existente. O bilhete permite, por exemplo, o reembolso integral para cancelamentos antes do voo, sem taxas ou multas.
A Azul chegou a criar neste ano a cabine Economy Prime, com benefícios premium, para voos internacionais em algumas aeronaves. O bilhete, porém, deixou de ser comercializado desde meados deste ano, segundo a empresa.
Marcus Quintella, diretor da FGV Transportes, afirma que as mudanças propostas pelas companhias aéreas brasileiras, inclusive a tarifa sem direito a bagagem, já é praticada por empresas de outros países. Segundo ele, iniciativas como essa são importantes para a recuperação financeira das companhias pós-Chapter 11 (processo na Justiça dos EUA equivalente à recuperação judicial).
“A precificação de uma passagem aérea não é igual a precificar um produto. Tem vários algoritmos que vão em função de sazonalidade, projeções, mercado, oferta e demanda. As companhias estão fazendo esse negócio de classe premium. Isso aí é para dar um status para o cara que pode pagar mais. Quando a empresa faz isso, está subsidiando outros assentos. É uma questão matemática.”
Na opinião de Adalberto Febeliano, ex-diretor de relações institucionais da Azul e especialista em aviação civil, a nova estratégia das companhias aéreas representa uma tentativa de diversificar seus produtos e de arrecadar mais receita com os voos.
“Não tem nada de diferente do que se faça no restante do mundo. Tem muitos passageiros que podem se beneficiar. Se você pretende ir e voltar no mesmo dia e não vai precisar levar mala, por que tem que pagar uma tarifa que dá direito a levar uma bagagem?”, diz.
Economia
Dólar fecha em alta e Bolsa cai, com ‘prévia’ do PIB e expectativa sobre juros dos EUA no radar
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar fechou em alta de 0,67% nesta segunda-feira (17), cotado a R$ 5,3317, com o mercado avaliando os dados da atividade econômica do Brasil medidos pelo IBC-Br, considerado uma “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto).
Na ponta internacional, investidores monitoraram discursos de autoridades do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) à procura de pistas sobre as próximas decisões de política monetária da instituição.
A valorização da moeda se deu globalmente, com investidores prevendo a manutenção da taxa de juros norte-americana na próxima reunião. O índice DXY, que compara o dólar a outras seis divisas fortes, subiu 0,27%, a 99,56 pontos.
Já a Bolsa caiu 0,47%, a 156.992 pontos, com o tombo de mais de 8% da Rumo entre os destaques negativos.
Parte do movimento desta segunda deriva dos dados do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), que registraram queda de 0,2% em setembro ante agosto, acima das expectativas de retração de 0,1% de economistas consultados pela Reuters.
A atividade ainda encolheu 0,9% em relação ao trimestre anterior. Os dados, segundo o economista Rafael Perez, da Suno Research, confirmam a tendência de desaquecimento da economia, “tendo em vista os efeitos da política monetária restritiva sobre o crédito, o consumo e os investimentos, somado com uma base de comparação elevada do primeiro semestre”.
Na comparação com setembro de 2024, o indicador teve alta de 2%, avançando 3% em 12 meses. Os dados oficiais do PIB do terceiro trimestre serão divulgados no início de dezembro, e a mediana das expectativas dos economistas é de alta de 1,8% sobre o trimestre anterior, após crescimento de 0,4% no segundo trimestre, segundo o BC.
O BC tem sinalizado convicção de que a manutenção da taxa de juros em 15%, maior patamar em quase 20 anos, vai assegurar a volta da inflação à meta de 3%. O objetivo perseguido pela autarquia tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo -ou seja, será considerado cumprido caso o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fique entre 1,5% e 4,5%.
Nesta segunda, economistas ouvidos pelo BC para o Boletim Focus previram, pela primeira vez no ano, que a inflação ficará dentro da meta em 2025. A expectativa é que o dado terminal seja de 4,46% ao fim de dezembro.
Os dados abrem margem para a possibilidade do ciclo de cortes da Selic ter início no começo do ano. Essa perspectiva, apesar de estimular a renda variável, faz pressão contra a moeda brasileira.
No mercado de câmbio, quanto maior o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, melhor para o real. Quando a taxa por lá cai -como ocorreu nas últimas duas reuniões do Fed- e a Selic permanece em patamares altos, investidores se valem da diferença de juros para apostar na estratégia de “carry trade”.
Isto é: toma-se empréstimos a taxas baixas, como a americana, para investir em mercados de taxas altas, como o brasileiro. O aporte aqui implica na compra de reais, o que desvaloriza o dólar.
Por outro lado, a continuidade do ciclo de cortes nos Estados Unidos foi colocada em dúvida na última semana. Uma série de declarações de autoridades do Fed aponta que, para a próxima reunião de política monetária, não há consenso sobre uma nova redução nos juros.
Nesta segunda, o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, afirmou que o banco central precisa “proceder lentamente” com quaisquer outros cortes nas taxas de juros diante dos efeitos sobre o processo inflacionário.
“A postura atual da política monetária ainda é um pouco restritiva, mas nós a aproximamos de seu nível neutro, que não restringe nem estimula a economia”, disse Jefferson. “A evolução do equilíbrio de riscos ressalta a necessidade de prosseguirmos lentamente à medida que nos aproximamos da taxa neutra.”
As falas dele aceleraram a valorização do dólar globalmente e, no Brasil, aprofundaram a queda na Bolsa de Valores.
A cautela de Jefferson espelha a de Mary Daly, presidente do Fed de São Francisco, e a de Neel Kashkari, presidente do Fed de Minneapolis. Enquanto Daly afirma que qualquer decisão sobre o próprimo passo do banco central agora seria “prematura”, Kashkari avalia os sinais da economia como “mistos”.
As pontuações têm sugerido que os próximos passos do banco central não estão dados. “Longe disso”, disse o presidente do Fed, Jerome Powell, já na entrevista coletiva após o encontro de outubro.
Operadores agora estão divididos: 40,9% deles apostam em um corte de 0,25 ponto em dezembro, enquanto os 59,1% restantes vêem uma manutenção como mais provável, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.
“Há um mês, 90% dos operadores apostavam em um corte. A perspectiva de reduções mais lentas favorece a rentabilidade dos títulos americanos e ajuda na atração de investimentos externos, o que tende a fortalecer o dólar globalmente”, diz Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX.
Para o Brasil, o tarifaço ainda entra em cena. Trump assinou na sexta-feira uma medida para reduzir tarifas sobre a importação de carne bovina, tomate, café e banana, em movimento voltado para controlar a inflação dos alimentos nos EUA.
Entre outros países exportadores de commodities, as medidas devem beneficiar o Brasil, maior produtor global de café e segundo maior produtor de carne bovina, atrás apenas dos EUA, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA).
O decreto publicado por Trump, no entanto, se aplica apenas à alíquota de 10% das chamadas “tarifas recíprocas” impostas em abril a todos os países. A sobretaxa de 40% sobre o Brasil segue em vigor.
“Isso prejudica a competitividade dos produtos brasileiros, o que prejudiciaria as exportações brasileiras. Menos dólares entrando no Brasil implicam na desvalorização do real”, diz Mattos.
Economia
Leilão da Caixa tem 580 imóveis e três opções na faixa dos R$ 50 mil
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Caixa Econômica Federal promove um leilão com quase 600 imóveis, descontos de até 65% e lances a partir de R$ 54.000.
São 580 imóveis no total, entre casas (187), apartamentos (379), imóveis comerciais (2) e terrenos (12). Eles estão espalhados em quase todos os estados do país: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.
O leilão é online e acontece nos dias 25 de novembro e 1º de dezembro, a partir das 10h (de Brasília), pelo site da Globo Leilões. Trata-se de imóveis do portfólio da Caixa que foram retomados por inadimplência e serão vendidos em condições especiais para facilitar a negociação.
Há três opções de casas na faixa dos R$ 50 mil. A mais em conta fica em Aimorés (MG), por R$ 54.000, e conta com dois quartos, banheiro, sala, cozinha e uma vaga de garagem. Há ainda uma casa por R$ 54.753,42 em Luziânia (GO) e outra em Demerval Lobão (PI), por R$ 58.569,88.
É possível utilizar o FGTS para facilitar o pagamento. As compras podem ser feitas à vista ou através de financiamento, caso o crédito seja aprovado.
Fonte: Notícias ao Minuto
Economia
Mercado reduz previsão da inflação para 4,46%, abaixo do teto da meta
Após a divulgação da inflação de outubro, a menor para o mês em quase 30 anos, a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,55% para 4,46% este ano. Com isso, a estimativa alcançou o intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central (BC).
Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
A estimativa está no boletim Focus desta segunda-feira (17), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), em Brasília, com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.Para 2026, a projeção da inflação permaneceu em 4,2%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,8% e 3,5%, respectivamente.A redução na conta de luz puxou a inflação oficial para baixo e fez o IPCA fechar outubro em 0,09%, o menor para o mês desde 1998, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Em setembro, o índice havia marcado 0,48%. Em outubro de 2024, a variação havia sido de 0,56%.
Com esse resultado, a inflação acumulada em 12 meses é 4,68%, a primeira vez, em oito meses, que o patamar fica abaixo da casa de 5%. No entanto, ainda acima do teto da meta do CMN.
Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 15% ao ano [Clique Aqui!] pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O recuo da inflação e a desaceleração da economia levaram à manutenção da Selic pela terceira vez seguida, na última reunião, no início deste mês.
No entanto, o colegiado não descarta a possibilidade de voltar a elevar os juros “caso julgue apropriado”.
Em nota, o BC informou que o ambiente externo se mantém incerto por causa da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais.
Já no Brasil, a autarquia destacou que a inflação continua acima da meta, apesar da desaceleração da atividade econômica, o que indica que os juros continuarão alto por bastante tempo.
A estimativa dos analistas de mercado é que a taxa básica encerre 2025 nesses 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,25% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.
Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida; e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Os bancos ainda consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.
Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio
Nesta edição do boletim Focus, a estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano permaneceu em 2,16%.
Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) ficou em 1,78%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,88% e 2%, respectivamente.
Puxada pelas expansões dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano a economia brasileira cresceu 0,4%. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.
A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,40 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,50.
Fonte: Notícias ao Minuto
-
Arquitetura6 meses atrásTerreiro do Trigo / Posto 9
-
Arquitetura6 meses atrásCasa EJ / Leo Romano
-
Arquitetura6 meses atrásCasa AL / Taguá Arquitetura
-
Arquitetura5 meses atrásCasa São Pedro / FGMF
-
Arquitetura5 meses atrásCasa Crua / Order Matter
-
Arquitetura5 meses atrásCasa ON / Guillem Carrera
-
Política7 meses atrásEUA desmente Eduardo Bolsonaro sobre sanções a Alexandre de Moraes
-
Construção7 meses atrás
PIB da construção deve crescer 2,4% em 2023, de acordo com Sinduscon-SP e FGV




