Economia
Em nova carta a acionistas, Eletrobras reitera pedido para voto recomendado pela administração


A Eletrobras divulgou no fim da tarde desta quarta-feira, 16, a segunda \”Carta aos Acionistas\” em menos de uma semana, enquanto esquenta a disputa pelos assentos no conselho de administração para o biênio 2025-2027, a ser eleito em assembleia-geral de acionistas no próximo dia 29.
O novo documento, assinado pelo presidente do conselho, Vicente Falconi, detalha mais um pouco do processo sucessório do colegiado e reforça o pedido para que os acionistas votem favoravelmente à lista de candidatos recomendada pela administração.
“Os nomes que constam da lista proposta pela administração foram cuidadosa e meticulosamente pensados e estudados e levaram em conta o atual estágio de desenvolvimento da Eletrobras”, diz.
O texto também afirma que a renovação proposta para o Conselho visa à ampliação de competências e experiências “sem perder o conhecimento específico acumulado em áreas essenciais aos desafios empresariais e do setor elétrico”. Cita também um equilíbrio entre experiência setorial, diversidade de gênero e representatividade de populações historicamente sub-representadas, como o grupo LGBTQI+.
Processo desde novembro
Segundo o documento, a empresa vem conduzindo um processo \”estruturado e transparente de sucessão\” desde novembro de 2024, por meio do Comitê de Pessoas e Governança e do conselho de administração. O texto destaca que o trabalho é ancorado na atuação das consultorias externas independentes Spencer Stuart e Korn Ferry.
Lembra também que a sucessão leva em conta a perspectiva de conclusão do processo judicial com a União – que culminou na assinatura de um termo de conciliação que também deve ser aprovado pelos acionistas no dia 29 – e a superação dos principais desafios e reformas estruturantes pós-privatização, o que coloca a Eletrobras no desafio de avançar na implantação de seu novo modelo de negócios e gestão.
Na carta, Falconi indica que o processo seguiu suas “diretrizes diretas”, numa resposta indireta a críticas de que não estaria envolvido no processo desde o início. Também reafirma que foram feitas interações do Comitê de Pessoas e Governança com inúmeros acionistas para obter perspectivas, opiniões e expectativas a respeito do direcionamento estratégico da companhia e do processo sucessório. Reitera, ainda, a construção de uma Matriz de Competências e a realização de avaliações de desempenho dos atuais conselheiros, feitas no modelo 360°.
“Além de considerarmos nossos acionistas no planejamento sucessório, igualmente capturamos os inputs individuais de cada um dos membros atuais do CA. Considerando a importância da dinâmica e dos comportamentos para o funcionamento saudável e eficiente de um órgão colegiado, ouvimos cada um dos conselheiros sobre suas percepções a respeito da relevância do papel desempenhado por seus pares, de sua dedicação de tempo à agenda e aos temas da companhia, e de suas efetivas contribuições à qualidade das discussões estratégicas e ao processo decisório”, afirma. “E a Proposta de Administração apresentada aos acionistas traduz justamente o resultado deste intrincado e complexo processo”, acrescenta.
A carta destaca a indicação, feita por acionistas, de Pedro Batista e Carlos Ferreira, e afirma que a incorporação desses nomes à lista final de indicados pela administração foi feita após plena avaliação, por demonstrarem aderência ao perfil buscado na matriz de competências.
“Esse diálogo aberto, construtivo e transparente comprova nosso comprometimento com a inclusão de perspectivas diversas e com o fortalecimento da confiança entre a companhia e seus investidores”, disse.
Outras indicações
Numa segunda parte da carta, o presidente do conselho da Eletrobras afirma que as indicações formuladas por acionistas para concorrer a cargos não foram motivadas por interações prévias destes com o conselho de administração e alerta que nenhum desses candidatos deve ser considerado como representante dos minoritários, uma vez que a companhia não dispõe de um acionista majoritário ou grupo de acionistas controladores.
Falconi também diz lamentar “certos pronunciamentos públicos”. A carta não faz menção ao advogado e atual conselheiro, Marcelo Gasparino, que tem reclamado publicamente sobre o processo de seleção da lista indicada pela administração. Mas o texto diz que “nunca seremos coniventes com a falta da verdade e com a distorção de fatos, especialmente quando denotam pronunciamentos absolutamente contraditórios aos posicionamentos adotados oficialmente na mesa e nas atas das reuniões, e absolutamente oportunísticos, midiáticos e intempestivos, que denotam uma preocupação com a candidatura eleitoral, e não com os reais interesses da Companhia.
Gasparino não está nessa lista e busca se eleger por fora, com o apoio de quatro fundos que controlam pouco mais de 0,5% das ações. Ele obteve a recomendação de voto da consultoria de voto ISS, que influencia investidores estrangeiros, que têm quase 60% das ações.
Em resumo, em entrevista ao Estadão/Broadcast, Gasparino disse que a lista da administração seria resultado de uma “dominância” nociva de um grupo de acionistas privados sobre os demais, o que ameaçaria o conceito de “corporation” (capital pulverizado) buscado desde a privatização. Ele também rebate a posição de que não teria todas as competências técnicas adequadas para atuar no setor elétrico, citando longa lista de participações em empresas do setor nos últimos anos.
“A despeito de reconhecer a legitimidade, do ponto de vista societário, das indicações formuladas pelos acionistas sem alinhamento prévio com o conselho de administração, entendemos que os candidatos propostos pela administração traduzem os melhores interesses dos acionistas e da própria companhia, especialmente porque as mudanças necessárias já foram cuidadosamente analisadas e estão incorporadas na lista proposta para esse ciclo, buscando exatamente evitar grandes rupturas que possam eventualmente comprometer o objetivo da Eletrobras de se tornar uma das maiores provedoras de soluções energéticas mundiais”, conclui.
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Economia
Fazenda defende imposto mínimo para alta renda


Estudo conduzido pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda aponta que só uma combinação entre desoneração de impostos para as camadas mais pobres da população e tributação mínima dos mais ricos seria capaz de promover progressividade e diminuir a desigualdade de renda no Brasil.
O documento aponta, ainda, para o risco de implementar isoladamente uma medida de ampliação das isenções para o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), que geraria impacto fiscal negativo e teria o potencial de ampliar a desigualdade.
O documento, apresentado nesta sexta-feira, 13, considera os parâmetros do governo para a reforma da renda. O projeto, encaminhado ao Congresso em março, prevê a ampliação da faixa de isenção do IRPF para quem ganha até R$ 5 mil por mês e uma alíquota reduzida para vencimentos de até R$ 7 mil mensais. Essa renúncia é compensada com a tributação da alta renda, fixando um imposto mínimo que chega a 10%, mirando um público que ganha acima de R$ 1,2 milhão por ano.
“Os resultados sugerem que, relativamente ao cenário atual do IRPF, quando se considera toda a população adulta, enquanto a medida de isenção e descontos apresentaria leve efeito de ampliar a desigualdade, uma vez que a base da distribuição de renda já é desonerada, a reforma conjunta, com desoneração e imposto mínimo, por sua vez, reverteria esse pequeno aumento e produziria queda na desigualdade frente ao cenário atual. Portanto, apenas no cenário em que se corrige parcialmente a regressividade da tributação via IRPF no topo da distribuição é que se obtém impactos virtuosos sobre a desigualdade de renda no Brasil”, diz o estudo.
Propostas
Relator do projeto que aumenta a faixa de isenção do IR, o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) afirmou no fim do mês passado que existem “propostas reprodutivas” sugeridas por partidos para compensar a ampliação da isenção do Imposto de Renda. Ele citou, por exemplo, a medida levantada pelo seu partido para reduzir de forma linear as isenções tributárias concedidas pela União. À época, Lira disse que é preciso ainda resolver questões referentes às perdas aos cofres públicos dos Estados e municípios com a aprovação do projeto.
De acordo com cálculos da equipe econômica, a estimativa de renúncia fiscal prevista para 2026 com o projeto do IR é de R$ 25,84 bilhões. Os números consideram a isenção integral para quem recebe até R$ 5 mil, além do desconto parcial para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.
Para compensar a perda de arrecadação com a ampliação da isenção, o governo propôs a tributação mínima das altas rendas, que vai possibilitar uma ampliação de receita de R$ 25,22 bilhões para 2026.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Notícias ao Minuto
Economia
Executivo e Congresso podem discordar, mas conflito não pode virar crise, diz Haddad


SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em meio ao impasse sobre a MP do aumento de impostos no Congresso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que é natural que o Executivo e parlamentares tenham visões diferentes, mas que esse conflito não pode se transformar em uma crise institucional.
Haddad participou, na noite desta sexta-feira (13), de um encontro organizado pelo Grupo Prerrogativas, que tem promovido reuniões informais entre ministros e secretários do governo com empresários e membros da sociedade civil.
Para o ministro, o atual impasse sobre as medidas de ajuste fiscal não pode virar uma espécie de jogo de empurra em que governo e Congresso tentam fazer com que o outro resolva o problema. “Daí não tem solução”, afirmou.
Haddad também disse que a reunião que ele teve com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos – PB) no domingo (8) foi “espetacular”, mas em seguida disse que ao longo da semana isso “se reverteu”.
Ao ser questionado por um dos convidados se o governo vai aumentar os gastos no último ano de mandato, Haddad disse que não tem ambiente político para isso e que o arcabouço fiscal não permitiria uma mudança muito abrupta nos gastos do governo.
Ele também afirmou que durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) houve expansão fiscal no último ano e, mesmo assim, ele perdeu a reeleição. “Não vai ser o tamanho do déficit que vai definir eleição.”
Fonte: Notícias ao Minuto
Economia
Rendimento médio dos brasileiros chega a R$ 3.270


O rendimento médio dos brasileiros chegou a R$ 3.270 no quarto trimestre de 2024, o maior já registrado no país. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (13), são do boletim Emprego em Pauta, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com o levantamento, entre 2014 e 2022, o rendimento médio no país manteve-se praticamente estável, com exceção dos anos 2020 e 2021, impactados pela crise pandêmica. No entanto, de 2022 até 2024, houve aumento de 7,5% no rendimento médio das pessoas ocupadas, que chegou a R$ 3.270 mensais no quarto trimestre de 2024.
O boletim destaca porém que, embora o crescimento médio do rendimento tenha ficado em torno de 7,5%, entre 2022 e 2024, para todas as faixas de renda, os que ganhavam menos foram menos beneficiados. Para os ocupados com os menores rendimentos, o aumento foi equivalente a R$ 76 mensais. Já para os 10% com maiores rendimentos, o ganho foi 12 vezes maior: de R$ 901 mensais.
O levantamento mostra ainda que quase um terço dos ocupados, no último trimestre de 2024, continuava a receber, no máximo, um salário mínimo, enquanto os preços de itens básicos de consumo cresciam em ritmo mais acelerado do que a média da inflação, afetando diretamente os mais pobres.
“Por isso, políticas que incentivem a criação de empregos formais, a valorização do salário mínimo e o uso de instrumentos de negociação coletiva são fundamentais para a melhoria da vida dos brasileiros”, destaca o texto.
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