O edifício monousuário é composto por dois pavimentos que repousam sobre um térreo permeável, de pilotis de concreto e panos de vidro que reforçam a conexão entre interior e exterior, design elegante e paisagismo abundante. As lajes amplas – e livres de interrupções estruturais – oferecem flexibilidade de ocupação e interação com a vegetação que envolve o edifício, sem renunciar à privacidade, garantida pelos brises em aço corten, que marcam também o limite com a rua, em uma composição complementada pelos muros de pedra moledo, que conferem organicidade (e brasilidade) ao volume atemporal.

Os distintos elementos metálicos ditam o ritmo da fachada, com a alternância de linhas verticais que protegem as generosas janelas, sempre prontas para inundar os ambientes com a luz natural. O paisagismo valoriza o jardim, ecoando a beleza e a tranquilidade que o verde é capaz de proporcionar ao ambiente urbano.

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“Desenvolver uma boutique corporativa em um local tão icônico é uma tremenda oportunidade de requalificar e dar novo significado e propósito a um terreno de esquina. Nossa proposta é integrar o bairro dos Jardins ao edifício, como se o empreendimento sempre tivesse existido. Buscamos unir o conforto, a escala e a identidade das casas do entorno a um design único que valoriza a natureza em uma simbiose exuberante e singular, atendendo as necessidades de uma sociedade em constante evolução”, compartilha Douglas Tolaine, líder criativo e diretor de design da Perkins&Will São Paulo.

Este projeto corporativo desafia a noção ultrapassada de que edifícios de escritórios devem ser imponentes estruturas espelhadas. O que o torna particularmente atraente é a forma como ele abraça o entorno — respeitando o tecido urbano existente e, ao mesmo tempo, integrando-se profundamente à paisagem local, criando uma presença harmoniosa e sólida na cidade.