Arquitetura
Habitação de Interesse Social 2104 / HARQUITECTES


- Área:
1610 m²
Ano:
2024

Descrição enviada pela equipe de projeto. No terreno onde foram construídas as habitações sociais, destinadas principalmente a pessoas idosas, havia um edifício que fomos obrigados a demolir por estar em muito mau estado, ou seja, não havia possibilidade de conservá-lo. Tratava-se de uma pequena escola em desuso, de três andares, construída com paredes estruturais e lajes de concreto e cerâmica.

O diferencial do projeto foi, portanto, o aproveitamento do material da demolição da antiga escola como recurso para construir o novo edifício, praticando o que poderíamos denominar de mineração urbana: onde os recursos materiais provêm do próprio terreno (urbano) resultante da demolição do edifício pré-existente.

Uma vez concluída a demolição e selecionados os materiais, quase toda a ruína da obra foi aproveitada. Em primeiro lugar, foram despejados os pedaços de elementos cerâmicos e de concreto (140 m3) nos poços da fundação e muros do subsolo semienterrado e, em segundo lugar, todo o arenito (cerca de 160 m3) foi aproveitado para construir grandes blocos (cerca de 3000 unidades) de concreto ciclópico com cimento e cal misturado com arenito reciclado (40% do volume dos blocos), composto por grandes seixos de até 30 cm de diâmetro, brita de arenito e areia (também de arenito). Cada bloco foi cortado com uma grande serra circular e transformado em uma peça de 4 x 4 m2, de tal maneira que as pedras permanecem visíveis nas faces dos blocos.

Os blocos do último andar, com menos carga, são de concreto de cal; nos demais andares, combina-se cal com cimento. Esses blocos de cerca de 135 cm de comprimento, 42 cm de altura e largura variável para cada andar (64, 54, 44 e 34 cm) foram pré-fabricados no término da demolição, antes de iniciar a construção do novo edifício. Com isso, conseguiu-se reduzir consideravelmente a duração das obras.


Os blocos foram empilhados para construir paredes de carga perpendiculares à rua, onde se apoiam os tetos de madeira laminada. Em cada andar, as paredes reduzem 10 cm de espessura permitindo o apoio direto dos painéis de madeira, facilitando a velocidade da execução do conjunto.

Perpendicularmente às paredes principais, paredes de travamento de 13 cm de espessura, construídas com o mesmo concreto ciclópico e provenientes de um bloco de 60 cm de largura cortado em quatro de 13 cm, travam a estrutura de todo o edifício, juntamente com o núcleo de escadas e elevador.



Toda a organização espacial e programática do edifício responde ao sistema estrutural descrito; a composição da planta se organiza com um núcleo de escadas na extremidade, que dá acesso a uma passarela no jardim interno, de onde se acessa cada uma das habitações, todas apartamentos com cômodos de passagem exceto as do subsolo semienterrado que, assim como as do ático, têm metade da profundidade dos andares típicos e utilizam dois vãos estruturais para cada apartamento. Os apartamentos do último andar dispõem de grandes terraços. E em cada andar há algum espaço comunitário (lavanderia, salas de estar, etc.).


A fachada mostra o sistema estrutural: as paredes de blocos pré-fabricados (verticais), que diminuem em cada andar e sustentam os tetos de madeira (horizontais). A composição da fachada de cada apartamento vai do piso ao teto, com janelas de madeira integradas a uma faixa opaca lateral e persianas, que oferecem proteção solar nas orientações leste e oeste.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
Os melhores tecidos para a decoração de inverno | Smart

Paula Coussirat explica que o veludo está sempre em alta na decoração durante o inverno, porém, neste ano, outro tecido vem se destacando: o bouclé, conhecido por sua textura distinta que lembra pequenos laços ou nós. Além das aplicações tradicionais como cortinas e estofados, a especialista ainda revela que os tecidos podem revestir outras superfícies. “Teto, parede, fundo de mobiliário, luminárias, cúpulas de abajur… Onde tem tecido, tem aconchego. E para o inverno é isso que buscamos”, aconselha.
Arquitetura
Abadia Kortrijk / BAROZZI VEIGA


- Área:
4037 m²
Ano:
2025

Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto para a Abadia Kortrijk amplia e transforma o complexo historicamente significativo da Abadia de Groeninge em um espaço de arte voltado a exposições temporárias site-specific e eventos públicos. A Abadia Kortrijk propõe um novo tipo de museu: um lugar aberto, acessível e versátil, um espaço de convivência urbana situado no belíssimo cenário do Parque Begijnhof, no centro de Kortrijk.

O conceito do projeto parte de uma interpretação ampla da ideia de identidade. Elementos como permanência, restauração e transformação foram equilibrados com cuidado, permitindo redescobrir uma nova identidade para o conjunto, enraizada naquilo que já existia.

A proposta revela a espacialidade original da antiga capela e dos dormitórios da abadia, restaura o pátio central e insere um espaço expositivo subterrâneo, com tecnologia de ponta. Cada um desses “ambientes” possui uma atmosfera distinta, criando condições específicas para a arte e a convivência coletiva.

Enquanto as áreas de exposição ficam abaixo do solo, o novo pavilhão no parque se destaca pela forma que dialoga com as estruturas históricas — sua silhueta evoca a verticalidade dos telhados inclinados da abadia, e sua implantação ortogonal segue a lógica do conjunto original. Essa nova construção é imediatamente reconhecível, mas se relaciona respeitosamente com a arquitetura existente. Suas fachadas, revestidas com tijolos escuros, conferem caráter autônomo ao volume dentro do complexo histórico.

A nova arquitetura se apresenta com sobriedade e rigor. As intervenções são sutis e bem calculadas, criando um equilíbrio entre o novo e o antigo. Elas valorizam a história do local ao mesmo tempo que oferecem novos espaços voltados para o futuro.

Descrição da intervenção — Do ponto de vista urbano, o projeto removeu elementos que não faziam parte do traçado original da abadia e introduziu um novo pavilhão, posicionado ortogonalmente ao conjunto existente, com vista para o Parque Begijnhof. Essa intervenção redefine o claustro original e estabelece uma nova passagem entre a rua Groeningestraat e o jardim público.

O pavilhão, conectado ao conjunto pelo antigo edifício dos dormitórios, abriga um bar e restaurante. Suas fachadas inclinadas criam uma atmosfera acolhedora e protegida, além de maximizar o espaço interno. No salão principal, uma longa mesa pode ser disposta, fazendo referência ao refeitório comunitário típico das abadias.

O edifício dos antigos dormitórios recebeu intervenções mínimas. Foram restauradas as janelas originais, o forro e o piso em terracota vermelha. Um grande mostruário foi inserido ao longo do espaço para expor obras da cidade de Kortrijk, convidando artistas a interagir com essa coleção.



A abadia funciona como uma casa de arte, onde os visitantes podem explorar as obras em diferentes ambientes. Do dormitório ao pavilhão, é possível vivenciar a arte sem a necessidade de ingresso. Acima dos dormitórios, encontra-se a sala de convivência, adjacente à antiga capela.

A antiga capela é um dos elementos mais antigos do conjunto. Ao remover as circulações anexadas e os mezaninos que haviam sido incluídos ao longo do tempo, o projeto devolve ao espaço sua imponência original. Sem os pavimentos intermediários, o edifício do século XVI recupera sua atmosfera primitiva e se transforma em um novo espaço vertical para exposições.



Para evitar sobrecarregar o parque e garantir que os edifícios existentes tenham espaço para respirar, o projeto incluiu uma expansão subterrânea para as áreas expositivas. Esses ambientes neutros, com qualidade de museu contemporâneo, oferecem um suporte flexível para exposições. Enquanto a capela, os dormitórios e o pavilhão agregam riqueza histórica ao projeto, as “caixas brancas” subterrâneas fornecem um contraponto neutro que dialoga com o contexto patrimonial. A sequência de espaços, diversa mas coesa, é funcional e organizada com lógica interna.

As fachadas originais foram restauradas com respeito ao traçado original. Já no novo edifício, a fachada do pavilhão foi executada com tijolos sob medida, produzidos a partir de materiais reciclados da construção civil. O resultado é uma estrutura monumental e expressiva, que reforça a presença do pavilhão no tecido urbano.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
Road trips de inverno: 7 rotas cenográficas para fazer pelo Brasil | Viagem

Composta por 18 municípios do oeste do estado de Santa Catarina, incluindo alguns dos mais frios do Brasil, como Urubici e São Joaquim, a rota tem nas vinícolas e paisagens naturais de tirar o fôlego, incluindo cânions e montanhas, suas principais atrações, além do turismo rural e cultivo de maçãs, muito comum na região.
-
Arquitetura2 meses atrás
Terreiro do Trigo / Posto 9
-
Arquitetura2 meses atrás
Casa AL / Taguá Arquitetura
-
Arquitetura2 meses atrás
Casa EJ / Leo Romano
-
Política2 meses atrás
EUA desmente Eduardo Bolsonaro sobre sanções a Alexandre de Moraes
-
Arquitetura1 mês atrás
Casa São Pedro / FGMF
-
Arquitetura1 mês atrás
Casa Crua / Order Matter
-
Arquitetura4 semanas atrás
Casa ON / Guillem Carrera
-
Arquitetura3 meses atrás
Pousada de ‘Vale Tudo’ fica em Paraty e tem diárias de R$ 7 mil; veja fotos | Hotéis