Tecnologia
IA generativa no WhatsApp renegocia dívidas e manda Pix por voz
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Cerca de 13% da renegociação de dívidas do Itaú é resolvida pelo WhatsApp do banco. Já no número da Sabesp, é possível quitar contas vencidas e pagá-las em até 24 vezes.
Graças ao uso de inteligência artificial generativa, que permite uma interação mais fluida com o usuário, empresas financeiras e concessionárias de serviços públicos estão usando o WhatsApp, o aplicativo mais presente nos celulares dos brasileiros, para renegociar dívidas dos clientes.
Segundo as empresas, a ideia é oferecer uma opção mais rápida de atendimento, em um ambiente familiar ao usuário. É também uma opção mais econômica, porque dispensa a necessidade de manter um grande contingente nas centrais de atendimento, a despeito do investimento em tecnologia.
A facilidade busca ainda diminuir o desgaste com o público: a maior parte das queixas contra Itaú e Sabesp no Procon-SP e no site de reclamações Reclame Aqui diz respeito a cobranças indevidas.
O Itaú diz que trabalha para “aprimorar as experiências dos clientes”. Já a Sabesp afirma que as reclamações recebidas diretamente pela empresa caíram 3% no acumulado deste ano.
“Em vez de ir à agência física ou ligar para uma central, cujo atendimento pode demorar até 20 minutos para ser concluído, o cliente consegue resolver tudo pelo sofá de casa em menos de um minuto”, diz Denis Maia, diretor executivo de clientes e tecnologia da Sabesp.
“O WhatsApp é onde nossos clientes estão, é natural que a gente ofereça soluções também na plataforma”, diz Fernando Kontopp, diretor de tecnologia do Itaú Unibanco. Maior banco privado do país, com cerca de 70 milhões de clientes, o Itaú identificou por meio de pesquisas qualitativas que o consumidor queria mais serviços pelo WhatsApp.
No canal, o banco já conta com mais de 150 “jornadas de autosserviço” -como segunda via do cartão, envio da fatura e consulta do limite do cartão-, que ajudam a melhorar o atendimento nas centrais e a resolver as demandas da clintela de maneira mais rápida, diz a instituição.
Para além da renegociação de dívidas, o banco acaba de implantar o Pix pelo WhatsApp, por mensagens de texto, QR Code e até áudio. O serviço permite transferir até R$ 200, com confirmação de senha, que deve ser digitada. Para valores acima de R$ 200 (limite estabelecido pelo Banco Central para Pix em dispositivos não cadastrados), o usuário é encaminhado para o aplicativo do banco.
Segundo Kontopp, o recurso tem sido usado para pequenas contas do dia a dia, como cafeteria, táxi e estacionamento, com tíquete médio em torno de R$ 35. “O WhatsApp se tornou um canal complementar ao aplicativo do banco, é possível realizar diversos outros serviços, como dividir a conta entre amigos em um restaurante, receber confirmação de senha e acessar segunda via da fatura do cartão.”
Na Sabesp, o canal de atendimento no WhatsApp foi implantado em meados de maio. Desde então, segundo Maia, houve redução de 17% no número de chamadas telefônicas e de 25% no atendimento presencial nas agências. “Nos primeiros meses, tivemos uma média de 1,5 milhão de conversas por mês, isso é mais do que 1 milhão de atendimentos mensais do call center”, diz.
Além da renegociação de dívidas e pagamento de contas, é possível realizar outros serviços pelo WhatsApp, como obter segunda via de conta, troca de titularidade, aviso sobre vazamentos e reclamações.
“Até o fim do ano, tudo o que é oferecido nas agências físicas deverá ser incorporado ao WhatsApp”, diz Maia. Segundo ele, caso se confirme a queda na demanda pelo atendimento no call center, um serviço terceirizado, o número de posições será reduzido. “Mas sempre haverá a opção de falar com um humano.”
No WhatsApp, a atendente virtual dotada de IA generativa é a Sani. Sua função é atender quase 10 milhões de clientes no estado de São Paulo, base que contempla 30 milhões de pessoas.
SABESP SUBIU DE 7º PARA 3º LUGAR EM QUEIXAS NO PROCON-SP
Com o grupo Equatorial como novo acionista de referência, depois da privatização em julho do ano passado, a empresa paulista de abastecimento de água e esgoto viu suas queixas aumentarem. De acordo com o Procon-SP, a Sabesp ocupava o sétimo lugar no ranking de queixas do órgão em 2024, com 10.566 reclamações, 40% referentes à cobrança indevida.
No acumulado de 2025, até 8 de setembro, a Sabesp soma 14.049 reclamações, terceiro lugar no ranking do Procon-SP. Do total de queixas, 41% se referem a cobranças indevidas, outras 13% estão relacionadas à cobrança de tarifas, taxas e valores não previstos e 12% em relação à cobrança de serviço não fornecido. No site Reclame Aqui, a classificação da Sabesp nos últimos 12 meses é “reputação não recomendada”.
Questionada, a empresa afirma que “as reclamações feitas diretamente à companhia caíram 3% no período de janeiro a agosto de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024”. De acordo com a Sabesp, o aumento de queixas no Procon-SP se concentra em pedidos de revisão de consumo -quando o consumidor considera incorreta a medição feita pela companhia. A Sabesp diz que este é “um tema sensível, especialmente em tempos de inflação e aperto orçamentário das famílias”.
A companhia diz que passou a seguir a norma regulatória, que determina a revisão de consumo apenas uma vez ao ano (caso não seja identificado vazamento) e apenas para aumentos superiores a 50%. “Antes, por liberalidade, a Sabesp aceitava revisões mesmo sem respaldo técnico ou fora dessas regras -o que gerava prejuízos para a sociedade em geral, já que esse custo se refletia na tarifa paga por todos”, disse.
Já a reputação do Itaú é “boa” no Reclame Aqui, mas o banco ocupa o 42º lugar entre as instituições financeiras mais bem avaliadas. Já no Procon-SP, está na 14ª posição no ranking de reclamações no acumulado deste ano, com 5.483 queixas, 19% de cobranças indevidas. Um avanço em relação aos 12 meses de 2024, quando 16% das 6.225 queixas estavam relacionadas a cobranças não reconhecidas.
“À medida que a IA generativa evolui, temos ampliado o uso dessa tecnologia em nossos canais digitais, inclusive no WhatsApp, com o objetivo de aprimorar as experiências dos clientes e auxiliá-los tanto em necessidades transacionais quanto com consultoria e resolução de problemas, em complemento ao atendimento humano”, disse o banco.
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Tecnologia
Disney+ permitirá que usuários criem conteúdos via inteligência artificial
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Bob Iger, CEO da Disney, revelou que a empresa pretende incluir ferramentas de inteligência artificial em seu streaming, o Disney+. Segundo o empresário, conforme revelado numa apresentação para acionistas, a ideia é que os usuários possam produzir conteúdos próprios ao usar propriedades intelectuais da Disney que serão adicionadas à plataforma.
“A IA nos dará a habilidade de fornecer a usuários do Disney+ uma experiência muito mais engajadora, incluindo a possibilidade de eles criarem e consumirem conteúdos -majoritariamente em formatos curtos- criados por terceiros”, disse Iger. Segundo o The Hollywood Reporter, o CEO se referiu à novidade como a “maior e mais significativa mudança comercial e tecnológica” desde o próprio streaming da companhia.
Além do uso de ferramentas generativas, também foi anunciado que a plataforma pretende oferecer “uma série de programas parecidos com jogos”, que será produzida junto a Epic Games, conhecida pelo game “Fortnite” e que possui autorização para utilizar propriedades da Disney em seus produtos.
O anúncio levantou discussões nas redes sociais e debates semelhantes ao caso da série “Invasão Secreta”, produção original da Marvel Studios e do Disney+. Na ocasião, a abertura criada para a série, lançada em 2023, recebeu uma série de críticas pelo uso de IA.
Por outro lado, a Disney se juntou a Universal para processar a empresa de tecnologia generativa Midjourney, em um caso de infração de direitos autorais após usuários terem utilizado a plataforma de IA para gerar modelos e peças baseadas em personagens de ambos os estúdios cinematográficos.
Fontes: Notícias ao Minuto
Tecnologia
UE investiga Google por possível violação da Lei de Mercados Digitais em buscas online
A Comissão Europeia abriu nesta quinta-feira uma investigação formal para apurar se o Google violou a Lei de Mercados Digitais (DMA, na sigla em inglês) ao rebaixar sites e conteúdos de veículos de mídia nos resultados de busca. Segundo comunicado do braço executivo da UE, há indícios de que a empresa estaria aplicando sua política de “abuso de reputação do site” de forma a prejudicar editores que utilizam conteúdos de parceiros comerciais, prática descrita como “comum e legítima” para monetização.
A UE pretende concluir a investigação em até 12 meses. Em caso de infração, podem ser aplicadas multas de até 10% do volume de negócios mundial da Alphabet – controladora do Google -, chegando a 20% em reincidência. A Comissão também poderá impor medidas adicionais, como obrigar a companhia a vender partes do negócio ou impedir novas aquisições.
De acordo com o texto, essa política “parece impactar diretamente” a forma como publishers conduzem negócios, inovam e cooperam com terceiros. A investigação busca determinar se as demissões feitas pelo Google podem afetar a liberdade de conduzir atividades comerciais legítimas.
A Comissão ressalta que a abertura do processo não prejulga uma conclusão, mas indica que o caso será aprofundado. Se forem encontradas evidências de descumprimento, Bruxelas informará ao Google suas conclusões preliminares e as medidas necessárias para sanar as preocupações.
Em setembro, o bloco europeu multou o Google em 2,95 bilhões de euros por contrariar boas práticas de concorrência para publicidade em sua plataforma de buscas, favorecendo, segundo a Comissão, seus próprios serviços de propaganda digital.
Às 8h25 (de Brasília), a Alphabet recuava 0,39% no pré-mercado de Nova York.
Fontes: Notícias ao Minuto
Tecnologia
Espanha multa rede social X em R$ 29 milhões por anúncios fraudulentos
A Comissão Nacional do Mercado de Valores da Espanha (CNMV) aplicou uma multa de 5 milhões de euros (cerca de R$ 29 milhões) à rede social X (antigo Twitter) por uma infração considerada “muito grave” e de caráter continuado.
De acordo com o jornal ABC, a penalidade foi imposta por causa da divulgação de anúncios de esquemas financeiros fraudulentos, segundo informou o Boletim Oficial do Estado nesta quinta-feira (13).
O órgão regulador afirma que a empresa não colaborou adequadamente com uma solicitação relacionada a anúncios sobre a empresa Quantum AI, suspeita de operar de forma irregular. A CNMV explicou que a plataforma não verificou se a Quantum AI possuía autorização para oferecer serviços financeiros na Espanha nem se constava na lista de entidades advertidas por atuar sem licença — mesmo após ter sido notificada sobre o caso em 8 de novembro.
A multa faz parte das medidas da CNMV para reforçar a proteção de investidores e combater fraudes financeiras divulgadas em plataformas digitais, um problema crescente em todo o continente europeu.
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