Arquitetura
Instalação Estação de Nuvens da Meia Montanha / Qing Studio + Li Nu

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- Área:
200 m²
Ano:
2025

Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizada aos pés da Montanha Nankun, em Huizhou, China, a Estação Nuvem atua como um nó essencial no programa “Two-Mountain Architectural Art”. Inspirado nos “Dezesseis Prazeres da Vida em Huizhou”, de Su Dongpo — em especial no verso “ver as montanhas após a chuva” — o projeto responde poeticamente às delicadas tensões entre cidade e natureza, memória e futuro. Aninhadas na floresta montanhosa, três construções leves erguem perguntas silenciosas à paisagem. Elas não ocupam o centro, tampouco dominam a altura, mas encontram sua própria ordem entre fendas, desníveis e ao longo do caminho sinuoso, transformando as ondulações topográficas em um ritmo espacial. As três estruturas — Posto da Montanha, Pavilhão da Terra Natal e Pavilhão Nuvem — são como suaves batidas à porta do tempo, iniciando um diálogo que atravessa milênios e uma jornada conduzida pelas mãos da natureza.



I. Posto da Montanha — O terreno inclina-se de norte a sul, com uma estrada local ao leste. Há uma acentuada diferença de elevação entre o sopé da montanha e a estrada, onde o solo exposto e as falhas geológicas marcam os limites do sítio. Posicionado no ponto mais baixo, ao sudeste, o Posto da Montanha marca o início da ascensão. Integrado à inclinação suave do terreno, seu volume atua como um gesto de reparo, costurando a paisagem fraturada.


O nível superior se alinha com a encosta norte, avançando para o sul para formar um espaço interior que abriga um café e banheiro público. O nível inferior se alinha com a elevação da estrada sul e sobe com o contorno da montanha, fundindo-se sutilmente à encosta.



Ele intersecta o caminho da montanha em altura, marcando o primeiro ponto de virada na rota e guiando os visitantes para longe da velocidade e linearidade em uma polifonia espacial de vento, chuva e texturas em mudança.



II. Pavilhão da Terra Natal — Projetado pelo escultor Sr. Li Nu, o Pavilhão da Terra Natal ocupa o coração do sítio como seu nó mais culturalmente ressonante — uma construção semântica de “identidade local”. Sua forma evoca as largas mangas das vestes da Dinastia Song do Norte, enquanto reinterpreta, em termos espaciais, a lógica geométrica do lenço de cabeça de Su Dongpo. Assim, o pavilhão presta homenagem ao poeta e oferece abrigo simbólico aos viajantes que por ali passam.


Composto por quatro módulos, oito paredes e dezesseis placas de aço, o pavilhão — situado entre escultura e arquitetura — define espaços e fluxos permeáveis: sussurros íntimos no interior, olhares que se insinuam do exterior, e fendas que permitem o atravessamento entre suas quatro unidades. A luz do sol projeta reflexos metálicos que dançam com as nuvens distantes, enquanto gotas de chuva, ao tocarem sua superfície, ressoam como fragmentos de poesia deixados por antiguidades de tinta dispersa.

III. Pavilhão Nuvem — Suspenso em uma encosta aberta, a meio caminho da montanha, o Pavilhão Nuvem marca o fim do percurso e a abertura da vista. Ecoando a linguagem geométrica do Pavilhão da Terra Natal, a estrutura adota um sistema leve em aço, reforçando sua leveza e integração com o entorno.



Seu telhado é formado por duas placas de aço dobradas em forma de “V” entrelaçadas, orientadas em direção ao caminho da montanha e ao cume, respectivamente. Durante chuvas fortes, as formas em “V” atuam como calhas naturais, canalizando a água para baixo através de cabos de aço, esboçando a chuva de Huizhou de forma visível.


À medida que se percorre o caminho entre subidas e descidas, o telhado dobrado revela diferentes perfis. No terraço, as nuvens parecem elevar-se sob os pés ao soprar do vento. Cercado por cadeiras reclináveis, o visitante pode contemplar o céu azul em tranquilidade ou repousar entre as nuvens quando o cansaço chegar.
Arquitetura
Edifício Residencial Palazzo Paleiskwartier / Benthem Crouwel Architects

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Descrição enviada pela equipe de projeto. Com o Palazzo, o escritório de arquitetura Benthem Crouwel conclui o Paleiskwartier, em ’s-Hertogenbosch — um edifício residencial robusto, acolhedor e aberto, que literalmente abraça a cidade. Encomendado pela BV Ontwikkelingsmaatschappij Paleiskwartier, o Palazzo representa o ápice de mais de três décadas de desenvolvimento urbano ao redor da Estação Central, uma área onde morar, trabalhar e conviver se integram de forma harmoniosa.

Devolvendo espaço à cidade – “O Residentieplein é um lugar vibrante, onde acontecem eventos e os moradores se encontram”, afirma Saartje van der Made, arquiteta e sócia do Benthem Crouwel Architects. “Nossa intenção era que o Palazzo ampliasse essa abertura. Por isso, o edifício não foi concebido como uma barreira, mas como um convite à cidade.” No lado sul, a fachada recua levemente em relação à torre, dando mais respiro e amplitude à praça. No centro dessa fachada, foi criada uma grande abertura — a Paleispoort — que conecta o jardim interno à praça. Uma ampla escadaria conduz da praça para o nível superior e pode funcionar como arquibancada durante eventos ou como terraço para os estabelecimentos ao redor. A escadaria é aberta a todos, integrando literalmente o edifício ao espaço público.

Um Jardim como uma Floresta Transparente – No coração do quarteirão encontra-se um jardim interno verde, concebido como uma “floresta transparente”: um espaço leve e aberto, com árvores e vegetação exuberante, onde os moradores podem se encontrar. Ao separar o bloco norte do restante do volume, o jardim se tornou maior e mais iluminado. A luz natural entra por três lados. O jardim não é apenas um espaço contemplativo, mas um ambiente externo plenamente funcional para todos — um lugar para permanecer, passear ou relaxar. A vegetação sobe por floreiras integradas e terraços em patamares até os andares superiores, criando uma paisagem tridimensional que conecta visualmente os espaços internos e externos.


Um Edifício Residencial Democrático – O Palazzo abriga 233 unidades para locação e para venda, em uma ampla variedade de tipologias — de estúdios compactos de 30 m2 a lofts espaçosos. “O objetivo era criar um edifício residencial democrático”, afirma Van der Made. “Um conjunto único em que todos os moradores, independentemente do tamanho ou do valor de suas casas, vivenciem a mesma qualidade de luz, vistas e ambiente.” O padrão especial de tijolos, com fiadas salientes, confere profundidade expressiva à fachada, como uma parede palaciana que ganha vida sob a luz do sol. Esse relevo contrasta com os caixilhos precisos das janelas e com a disposição intercalada de aberturas e varandas, dando a cada unidade uma identidade própria dentro do conjunto.

Um Edifício que ao Mesmo Tempo se Integra e se Destaca – Com suas três cores de fachada — vermelho, laranja e rosa suave — e o diálogo entre a alvenaria robusta e a cerâmica refinada, o Palazzo pertence à família arquitetônica do Paleiskwartier, mas mantém uma identidade própria. Nos pontos em que o edifício “toca a cidade” — como na Paleispoort e ao longo do embasamento norte — foi aplicado revestimento cerâmico. Essas peças levemente onduladas conferem à superfície uma qualidade suave, quase como uma cortina. Assim, o lado norte — normalmente percebido como fundos — transforma-se em uma frente marcante.


O Capítulo Final do Paleiskwartier – O Palazzo marca a conclusão de um distrito que simboliza conexão, transformação e qualidade urbana. “Dentro das diretrizes claras do arquiteto supervisor, buscamos liberdade e expressão”, afirma Van der Made. “O resultado é um edifício que respeita o conjunto, mas também acrescenta algo próprio — um bloco poderoso e estratificado que completa a cidade e a impulsiona para frente.”

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Fonte: Archdaily
Arquitetura
Casa Binôme / gon architects

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Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta casa é o resultado da transformação de um duplex de 80 m2 situado em um edifício de 1900 no bairro de Conde Duque, em Madri. Seu proprietário, Philippe — gestor de investimentos e admirador de arte, literatura e arquitetura — desejava reinventar seu lar sem deixar o bairro onde vivia há anos. O projeto nasce de sua vontade de permanecer no mesmo lugar, mas adequando a habitação a um modo de vida que alterna o convívio social com momentos de introspecção.

O estado original do apartamento apresentava diversos conflitos: uma compartimentação excessiva que dificultava a fluidez espacial, banheiros impessoais, uma cozinha desarticulada e uma varanda desvinculada do interior. No entanto, o principal problema era a escada existente, um volume monolítico de aço que obstruía a passagem de luz natural e gerava espaços residuais em uma habitação de proporções muito reduzidas.

A intervenção se articula em torno da reformulação do papel da escada na arquitetura doméstica contemporânea. Além de sua função circulatória, a nova escada é concebida como um elemento estrutural, funcional e simbólico, capaz de integrar usos, conectar espaços e transformar a experiência de habitar. Ela é realocada na parede leste da residência, liberando o andar e permitindo uma organização mais coerente e iluminada. Seu design, formado por degraus flutuantes de aço inseridos entre os pilares existentes, a transforma em um híbrido entre escada, móvel e prateleira. Esse gesto redefine a relação entre os dois andares e multiplica as possibilidades de uso: banco, prateleira, canto de leitura ou suporte expositivo.


O uso contínuo de cerâmica, inspirada nas tradicionais tomette francesas, estabelece um sutil diálogo com a origem de Philippe. Este piso, reinterpretado em um formato contemporâneo de grande tamanho, se estende tanto no interior quanto na varanda, diluindo os limites entre dentro e fora. A continuidade material reforça a ideia de um espaço único e fluido, onde os dois níveis são concebidos como uma única entidade doméstica.



Além disso, a incorporação de superfícies espelhadas em banheiros e quartos amplifica a luz natural e gera jogos ópticos que transformam a percepção do espaço, desmaterializando os limites e proporcionando uma sensação de leveza.

O projeto transforma um obstáculo funcional no coração do projeto. A escada deixa de ser um mero elemento de conexão para se tornar o centro cenográfico da vida cotidiana: um lugar habitável que articula a casa, suas luzes, seus percursos e suas pausas.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
Apartamento Silvia & Diego / Jump Studios

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- Área:
131 m²
Ano:
2023

Descrição enviada pela equipe de projeto. Para a renovação do apartamento de Silvia e Diego, localizado em uma esquina típica do bairro Eixample, em Barcelona, nos concentramos em transformar espaços estreitos e segmentados em áreas de estar abertas e interconectadas.


Para otimizar a circulação e aumentar a luz natural, encurtamos o corredor e adicionamos novas funcionalidades, integrando-o ao resto do apartamento. Removemos quatro paredes e colocamos a cozinha no centro do layout, o que nos permitiu criar áreas maiores.

As paredes e armários de madeira na cozinha enfatizam sua dupla função como espaço de transição e funcional. Como resultado dessas alterações, tanto os cômodos internos quanto os externos do apartamento parecem mais espaçosos e luminosos.

O layout histórico original do apartamento em forma de leque, o teto ornamentado e os mosaicos Nolla no piso orientaram muitas decisões do projeto. Ao introduzir novas cores e formas, estabelecemos um diálogo entre o passado e o presente.


A nova topografia do teto unifica diferentes alturas, adaptando-se às janelas e organizando novos elementos. A interação entre formas geométricas e cores ousadas visa realçar as qualidades espaciais existentes. O projeto também envolveu a restauração de todas as portas e janelas originais.

Fonte: Archdaily
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