Arquitetura
Instalação Plant Futures – Universidade de Queensland / m3architecture

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Descrição enviada pela equipe de projeto. A Instalação Plant Futures apoia pesquisas dedicadas à produção sustentável de alimentos, fibras e combustíveis, em resposta às mudanças climáticas e ao crescimento populacional. Concebido como um “jardim murado”, o edifício traduz essa ideia tanto em sua tipologia quanto em sua materialidade — construído em tijolos dispostos em um padrão pixelado que faz referência à seção geológica de Queensland. De longe, o edifício se assemelha a um muro de pedra; de perto, revela uma fachada minuciosamente detalhada. Internamente, a combinação de luz, cor e painéis espelhados reflete os sistemas de controle ambiental das salas de cultivo, criando sutis distorções na percepção e na experiência espacial. A instalação é, simultaneamente, uma ferramenta de pesquisa de alto desempenho e uma afirmação arquitetônica contextual e culturalmente ressonante.


Para atender à demanda do cliente por um centro de pesquisa de padrão internacional, o edifício abriga uma série de ambientes altamente técnicos e controlados — como salas climatizadas, câmaras de cultivo e estufas na cobertura —, além de laboratórios, escritórios, áreas de armazenamento e serviços. As salas e câmaras de controle ambiental, juntamente com as estufas, formam o núcleo do projeto e são capazes de reproduzir com precisão qualquer condição climática, de forma controlada, mensurável e repetível.


Do ponto de vista funcional, o edifício atua como um “hotel para plantas”, onde pesquisadores reservam salas especializadas por períodos específicos de estudo, e também como um grande recipiente de cultivo — um verdadeiro “jardim murado”. O planejamento é modular e altamente eficiente, estruturado a partir do tamanho de um vaso padrão de cultivo (8 vasos = 1 bandeja, 5 bandejas = 1 carrinho, 6 carrinhos = 1 sala pequena de cultivo, e assim por diante). Dessa forma, a instalação é voltada à pesquisa, com eficiência rigorosa e capacidade de adaptação. Na seção, os espaços de serviço foram reposicionados das laterais para o topo das salas de cultivo, liberando área para futuras expansões. Esses volumes de pé-direito duplo concentram as instalações técnicas diretamente sobre cada sala, permitindo a separação entre os ambientes controlados e as áreas de manutenção, o que favorece a limpeza e o isolamento. O edifício está implantado em uma zona de transição entre grandes equipamentos universitários, edifícios de serviços e residências menores. Nesse contexto predominantemente de alvenaria, o projeto atua como mediador entre diferentes escalas e usos, não como um simples preenchimento urbano, mas como um elemento ativo que conecta e costura o conjunto.



Uma das principais inovações do projeto é o uso de pisos técnicos intersticiais leves e transitáveis. Neles estão instalados todos os sistemas mecânicos que atendem o pavimento inferior, permitindo manutenção completa sem acesso às áreas controladas — o que aumenta a biossegurança e a eficiência operacional. Essa solução elimina a necessidade de compartimentação corta-fogo entre zonas técnicas e áreas de pesquisa. Em substituição às lajes de concreto, são utilizados painéis isolantes de 150 mm de espessura, reduzindo tempo e custo de construção, além do peso estrutural. Ao empilhar verticalmente as funções e reduzir a área ocupada, o projeto preserva terreno para futuras expansões da universidade. A baixa ocupação humana permite classificações de incêndio mais simples, reduzindo o uso de materiais e simplificando a conformidade técnica. Estudos avançados de engenharia de incêndio também possibilitaram o uso de plexiglas nas estufas — em vez do vidro laminado —, ampliando a entrada de luz solar e garantindo segurança. O sistema de climatização é distribuído por dutos transparentes de plexiglas, evitando sombreamento sobre as plantas. O resultado é uma instalação de pesquisa altamente eficiente e adaptável — um dos poucos fitotrons da Austrália — que amplia os limites da infraestrutura científica por meio de planejamento estratégico, engenharia de incêndio e controle ambiental.

A instalação oferece suporte essencial a pesquisas de impacto real, voltadas ao desenvolvimento de sistemas agrícolas que consomem menos água e prosperam em diferentes condições de solo e clima. Assim, consolida-se como uma peça-chave na busca por soluções para um dos maiores desafios contemporâneos: garantir a segurança alimentar sustentável em um mundo em transformação. O projeto foi desenvolvido em paralelo ao programa “Campuses on Countries: Aboriginal and Torres Strait Islander Design Framework” e à política de engajamento com povos originários da Universidade de Queensland. Uma paisagem interpretativa indígena conecta o edifício ao território, assegurando que os sistemas de conhecimento tradicionais sejam integrados de forma visível e respeitosa à experiência do campus. Todas as decisões de projeto foram guiadas por princípios de sustentabilidade ambiental.

O planejamento modular reduz o desperdício de materiais e garante flexibilidade para futuras adaptações, enquanto o volume compacto preserva o solo do campus. O uso inovador de painéis isolantes e materiais leves reduz o carbono incorporado, e a baixa presença humana minimiza o consumo energético durante a operação.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
Edifício Residencial Palazzo Paleiskwartier / Benthem Crouwel Architects

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Descrição enviada pela equipe de projeto. Com o Palazzo, o escritório de arquitetura Benthem Crouwel conclui o Paleiskwartier, em ’s-Hertogenbosch — um edifício residencial robusto, acolhedor e aberto, que literalmente abraça a cidade. Encomendado pela BV Ontwikkelingsmaatschappij Paleiskwartier, o Palazzo representa o ápice de mais de três décadas de desenvolvimento urbano ao redor da Estação Central, uma área onde morar, trabalhar e conviver se integram de forma harmoniosa.

Devolvendo espaço à cidade – “O Residentieplein é um lugar vibrante, onde acontecem eventos e os moradores se encontram”, afirma Saartje van der Made, arquiteta e sócia do Benthem Crouwel Architects. “Nossa intenção era que o Palazzo ampliasse essa abertura. Por isso, o edifício não foi concebido como uma barreira, mas como um convite à cidade.” No lado sul, a fachada recua levemente em relação à torre, dando mais respiro e amplitude à praça. No centro dessa fachada, foi criada uma grande abertura — a Paleispoort — que conecta o jardim interno à praça. Uma ampla escadaria conduz da praça para o nível superior e pode funcionar como arquibancada durante eventos ou como terraço para os estabelecimentos ao redor. A escadaria é aberta a todos, integrando literalmente o edifício ao espaço público.

Um Jardim como uma Floresta Transparente – No coração do quarteirão encontra-se um jardim interno verde, concebido como uma “floresta transparente”: um espaço leve e aberto, com árvores e vegetação exuberante, onde os moradores podem se encontrar. Ao separar o bloco norte do restante do volume, o jardim se tornou maior e mais iluminado. A luz natural entra por três lados. O jardim não é apenas um espaço contemplativo, mas um ambiente externo plenamente funcional para todos — um lugar para permanecer, passear ou relaxar. A vegetação sobe por floreiras integradas e terraços em patamares até os andares superiores, criando uma paisagem tridimensional que conecta visualmente os espaços internos e externos.


Um Edifício Residencial Democrático – O Palazzo abriga 233 unidades para locação e para venda, em uma ampla variedade de tipologias — de estúdios compactos de 30 m2 a lofts espaçosos. “O objetivo era criar um edifício residencial democrático”, afirma Van der Made. “Um conjunto único em que todos os moradores, independentemente do tamanho ou do valor de suas casas, vivenciem a mesma qualidade de luz, vistas e ambiente.” O padrão especial de tijolos, com fiadas salientes, confere profundidade expressiva à fachada, como uma parede palaciana que ganha vida sob a luz do sol. Esse relevo contrasta com os caixilhos precisos das janelas e com a disposição intercalada de aberturas e varandas, dando a cada unidade uma identidade própria dentro do conjunto.

Um Edifício que ao Mesmo Tempo se Integra e se Destaca – Com suas três cores de fachada — vermelho, laranja e rosa suave — e o diálogo entre a alvenaria robusta e a cerâmica refinada, o Palazzo pertence à família arquitetônica do Paleiskwartier, mas mantém uma identidade própria. Nos pontos em que o edifício “toca a cidade” — como na Paleispoort e ao longo do embasamento norte — foi aplicado revestimento cerâmico. Essas peças levemente onduladas conferem à superfície uma qualidade suave, quase como uma cortina. Assim, o lado norte — normalmente percebido como fundos — transforma-se em uma frente marcante.


O Capítulo Final do Paleiskwartier – O Palazzo marca a conclusão de um distrito que simboliza conexão, transformação e qualidade urbana. “Dentro das diretrizes claras do arquiteto supervisor, buscamos liberdade e expressão”, afirma Van der Made. “O resultado é um edifício que respeita o conjunto, mas também acrescenta algo próprio — um bloco poderoso e estratificado que completa a cidade e a impulsiona para frente.”

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Fonte: Archdaily
Arquitetura
Casa Binôme / gon architects

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Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta casa é o resultado da transformação de um duplex de 80 m2 situado em um edifício de 1900 no bairro de Conde Duque, em Madri. Seu proprietário, Philippe — gestor de investimentos e admirador de arte, literatura e arquitetura — desejava reinventar seu lar sem deixar o bairro onde vivia há anos. O projeto nasce de sua vontade de permanecer no mesmo lugar, mas adequando a habitação a um modo de vida que alterna o convívio social com momentos de introspecção.

O estado original do apartamento apresentava diversos conflitos: uma compartimentação excessiva que dificultava a fluidez espacial, banheiros impessoais, uma cozinha desarticulada e uma varanda desvinculada do interior. No entanto, o principal problema era a escada existente, um volume monolítico de aço que obstruía a passagem de luz natural e gerava espaços residuais em uma habitação de proporções muito reduzidas.

A intervenção se articula em torno da reformulação do papel da escada na arquitetura doméstica contemporânea. Além de sua função circulatória, a nova escada é concebida como um elemento estrutural, funcional e simbólico, capaz de integrar usos, conectar espaços e transformar a experiência de habitar. Ela é realocada na parede leste da residência, liberando o andar e permitindo uma organização mais coerente e iluminada. Seu design, formado por degraus flutuantes de aço inseridos entre os pilares existentes, a transforma em um híbrido entre escada, móvel e prateleira. Esse gesto redefine a relação entre os dois andares e multiplica as possibilidades de uso: banco, prateleira, canto de leitura ou suporte expositivo.


O uso contínuo de cerâmica, inspirada nas tradicionais tomette francesas, estabelece um sutil diálogo com a origem de Philippe. Este piso, reinterpretado em um formato contemporâneo de grande tamanho, se estende tanto no interior quanto na varanda, diluindo os limites entre dentro e fora. A continuidade material reforça a ideia de um espaço único e fluido, onde os dois níveis são concebidos como uma única entidade doméstica.



Além disso, a incorporação de superfícies espelhadas em banheiros e quartos amplifica a luz natural e gera jogos ópticos que transformam a percepção do espaço, desmaterializando os limites e proporcionando uma sensação de leveza.

O projeto transforma um obstáculo funcional no coração do projeto. A escada deixa de ser um mero elemento de conexão para se tornar o centro cenográfico da vida cotidiana: um lugar habitável que articula a casa, suas luzes, seus percursos e suas pausas.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
Apartamento Silvia & Diego / Jump Studios

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- Área:
131 m²
Ano:
2023

Descrição enviada pela equipe de projeto. Para a renovação do apartamento de Silvia e Diego, localizado em uma esquina típica do bairro Eixample, em Barcelona, nos concentramos em transformar espaços estreitos e segmentados em áreas de estar abertas e interconectadas.


Para otimizar a circulação e aumentar a luz natural, encurtamos o corredor e adicionamos novas funcionalidades, integrando-o ao resto do apartamento. Removemos quatro paredes e colocamos a cozinha no centro do layout, o que nos permitiu criar áreas maiores.

As paredes e armários de madeira na cozinha enfatizam sua dupla função como espaço de transição e funcional. Como resultado dessas alterações, tanto os cômodos internos quanto os externos do apartamento parecem mais espaçosos e luminosos.

O layout histórico original do apartamento em forma de leque, o teto ornamentado e os mosaicos Nolla no piso orientaram muitas decisões do projeto. Ao introduzir novas cores e formas, estabelecemos um diálogo entre o passado e o presente.


A nova topografia do teto unifica diferentes alturas, adaptando-se às janelas e organizando novos elementos. A interação entre formas geométricas e cores ousadas visa realçar as qualidades espaciais existentes. O projeto também envolveu a restauração de todas as portas e janelas originais.

Fonte: Archdaily
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