Arquitetura
Mediateca James Baldwin e Casa do Refugiado / associer


- Área:
4406 m²
Ano:
2025

Descrição enviada pela equipe de projeto. No coração do 19º arrondissement de Paris, um terreno isolado, cercado por blocos residenciais e torres, passou por um processo de requalificação. O atelier associer transformou o antigo liceu profissional Jean Quarré, dos anos 1970, em uma mediateca e uma Casa do Refugiado. A relevância cultural e social desse programa é única no mundo: trata-se de um equipamento cultural de bairro que, ao mesmo tempo, acolhe pessoas exiladas e promove sua integração no território parisiense. A mediateca se soma às quatro já existentes na cidade de Paris que possuem um “centro para pessoas surdas”, com atendimento especializado em Língua de Sinais. Já a Casa do Refugiado reúne, sob o mesmo teto, todas as dimensões do processo de integração dos refugiados, em um espaço acolhedor de encontro e troca.



Redescoberta da estrutura existente — As estruturas do antigo colégio foram preservadas, limpas e passaram por processos de retirada de amianto. Elementos pré-fabricados, como pilares, vigas, lajes e painéis de fachada em concreto armado, foram restaurados. Parte dos pisos, paredes e painéis foi cuidadosamente desmontada, com elementos cortados reaproveitados no próprio local. Esse processo conferiu nova regularidade à estrutura e melhor qualidade ao concreto aparente, resultando em espaços ideais para uma mediateca e um centro de acolhimento.




Espaços abertos ao ar e à luz natural — O projeto segue princípios de arquitetura bioclimática, aproveitando ao máximo os recursos naturais disponíveis. A estrutura existente, agora depurada, recebe melhor iluminação natural. Suas superfícies expostas apresentam texturas suaves e ricas, e proporcionam inércia térmica favorável à regulação da temperatura interna. O conjunto ainda promove ventilação natural e higiênica, por meio da criação de vazios internos em dupla altura e de um poço de ventilação conectado ao jardim do pátio.

Um elo de madeira e terra vertida — Com uma abordagem ecológica, os arquitetos propuseram uma renovação completa da situação existente, complementada por novas construções em materiais biossourçados e geossourçados. A mediateca — de planta quadrada — e a Casa do Refugiado — de volume alongado — são unidas por um volume vertical chamado “o elo”, que articula os diferentes níveis e ambientes das duas instituições. As paredes dessa construção não aquecida são feitas de painéis de terra vertida pré-fabricados, que garantem inércia térmica e controle de umidade. Uma estrutura de madeira envolve o volume, funcionando como brise e filtro solar de alta eficiência.
Hospitalidade — A estrutura vertical em pilares e vigas de madeira cria um espaço acolhedor, onde refugiados e moradores do bairro podem tomar um café, aprender francês ou cozinhar juntos. Os ambientes são amplos, com diferentes configurações e tratamento acústico especialmente projetado para o conforto de todos. Uma longa varanda voltada para o sul oferece momentos de descanso e acesso direto ao jardim compartilhado.



Paisagem e biodiversidade — O projeto reverteu a impermeabilização de 70% da área do terreno. O solo natural reaparece por toda parte: no pátio central da mediateca, na praça de entrada, no jardim sombreado, no jardim compartilhado e na varanda da Casa do Refugiado. A estratégia para combater as ilhas de calor urbanas inclui o aumento das superfícies vegetadas, o uso de revestimentos claros (lajes de concreto reciclado e areia estabilizada) e a criação de um espelho d’água raso entre o jardim compartilhado e o jardim sombreado.

Arquitetura
Os melhores tecidos para a decoração de inverno | Smart

Paula Coussirat explica que o veludo está sempre em alta na decoração durante o inverno, porém, neste ano, outro tecido vem se destacando: o bouclé, conhecido por sua textura distinta que lembra pequenos laços ou nós. Além das aplicações tradicionais como cortinas e estofados, a especialista ainda revela que os tecidos podem revestir outras superfícies. “Teto, parede, fundo de mobiliário, luminárias, cúpulas de abajur… Onde tem tecido, tem aconchego. E para o inverno é isso que buscamos”, aconselha.
Arquitetura
Abadia Kortrijk / BAROZZI VEIGA


- Área:
4037 m²
Ano:
2025

Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto para a Abadia Kortrijk amplia e transforma o complexo historicamente significativo da Abadia de Groeninge em um espaço de arte voltado a exposições temporárias site-specific e eventos públicos. A Abadia Kortrijk propõe um novo tipo de museu: um lugar aberto, acessível e versátil, um espaço de convivência urbana situado no belíssimo cenário do Parque Begijnhof, no centro de Kortrijk.

O conceito do projeto parte de uma interpretação ampla da ideia de identidade. Elementos como permanência, restauração e transformação foram equilibrados com cuidado, permitindo redescobrir uma nova identidade para o conjunto, enraizada naquilo que já existia.

A proposta revela a espacialidade original da antiga capela e dos dormitórios da abadia, restaura o pátio central e insere um espaço expositivo subterrâneo, com tecnologia de ponta. Cada um desses “ambientes” possui uma atmosfera distinta, criando condições específicas para a arte e a convivência coletiva.

Enquanto as áreas de exposição ficam abaixo do solo, o novo pavilhão no parque se destaca pela forma que dialoga com as estruturas históricas — sua silhueta evoca a verticalidade dos telhados inclinados da abadia, e sua implantação ortogonal segue a lógica do conjunto original. Essa nova construção é imediatamente reconhecível, mas se relaciona respeitosamente com a arquitetura existente. Suas fachadas, revestidas com tijolos escuros, conferem caráter autônomo ao volume dentro do complexo histórico.

A nova arquitetura se apresenta com sobriedade e rigor. As intervenções são sutis e bem calculadas, criando um equilíbrio entre o novo e o antigo. Elas valorizam a história do local ao mesmo tempo que oferecem novos espaços voltados para o futuro.

Descrição da intervenção — Do ponto de vista urbano, o projeto removeu elementos que não faziam parte do traçado original da abadia e introduziu um novo pavilhão, posicionado ortogonalmente ao conjunto existente, com vista para o Parque Begijnhof. Essa intervenção redefine o claustro original e estabelece uma nova passagem entre a rua Groeningestraat e o jardim público.

O pavilhão, conectado ao conjunto pelo antigo edifício dos dormitórios, abriga um bar e restaurante. Suas fachadas inclinadas criam uma atmosfera acolhedora e protegida, além de maximizar o espaço interno. No salão principal, uma longa mesa pode ser disposta, fazendo referência ao refeitório comunitário típico das abadias.

O edifício dos antigos dormitórios recebeu intervenções mínimas. Foram restauradas as janelas originais, o forro e o piso em terracota vermelha. Um grande mostruário foi inserido ao longo do espaço para expor obras da cidade de Kortrijk, convidando artistas a interagir com essa coleção.



A abadia funciona como uma casa de arte, onde os visitantes podem explorar as obras em diferentes ambientes. Do dormitório ao pavilhão, é possível vivenciar a arte sem a necessidade de ingresso. Acima dos dormitórios, encontra-se a sala de convivência, adjacente à antiga capela.

A antiga capela é um dos elementos mais antigos do conjunto. Ao remover as circulações anexadas e os mezaninos que haviam sido incluídos ao longo do tempo, o projeto devolve ao espaço sua imponência original. Sem os pavimentos intermediários, o edifício do século XVI recupera sua atmosfera primitiva e se transforma em um novo espaço vertical para exposições.



Para evitar sobrecarregar o parque e garantir que os edifícios existentes tenham espaço para respirar, o projeto incluiu uma expansão subterrânea para as áreas expositivas. Esses ambientes neutros, com qualidade de museu contemporâneo, oferecem um suporte flexível para exposições. Enquanto a capela, os dormitórios e o pavilhão agregam riqueza histórica ao projeto, as “caixas brancas” subterrâneas fornecem um contraponto neutro que dialoga com o contexto patrimonial. A sequência de espaços, diversa mas coesa, é funcional e organizada com lógica interna.

As fachadas originais foram restauradas com respeito ao traçado original. Já no novo edifício, a fachada do pavilhão foi executada com tijolos sob medida, produzidos a partir de materiais reciclados da construção civil. O resultado é uma estrutura monumental e expressiva, que reforça a presença do pavilhão no tecido urbano.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
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