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Política

Moraes, em seu voto, diz que big techs ‘têm ideologia’ e autorregulação faliu

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu nesta quinta-feira, 12, mais um voto para ampliar as obrigações de provedores e plataformas de redes sociais na moderação de conteúdo e responsabilizar essas empresas se não excluírem prontamente publicações criminosas dos usuários. A Corte já havia formado maioria nesse sentido. O único voto divergente foi dado pelo ministro André Mendonça.

Moraes votou para equiparar legalmente provedores de redes sociais e serviços de mensageria privada, como WhatsApp e Telegram, aos meios de comunicação tradicionais, o que aumentaria a responsabilidade das empresas pelo conteúdo que circula online. O voto de Moraes era um dos mais aguardados, já que a regulamentação das redes é uma das bandeiras do ministro. Durante o julgamento, ele exibiu vídeos dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023 na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Para Moraes, as big techs não podem ser \”terra sem lei\” nem operar com \”imunidade territorial absoluta\” por estarem na internet. Também defendeu que essas empresas não são imparciais, porque impulsionam publicações e anúncios, e devem ser fiscalizadas e punidas como qualquer outro segmento econômico.

\”Não há transparência na utilização dos algoritmos. As big techs têm ideologia política, têm crença religiosa. Não há nenhum problema nisso. Só que não podem querer posar de instrumentos neutros, instrumentos imparciais\”, criticou. O ministro argumentou ainda que o Supremo só está analisando o tema por causa da \”falência da autorregulação\” das redes sociais.

\’Abuso\’

\”Aqui não se discute nenhuma limitação ao exercício da liberdade de expressão, aqui se discute a responsabilização pelo abuso criminoso da expressão\”, afirmou Moraes. \”Ninguém jamais defendeu a liberdade absoluta de expressão que se idealizou nos novos regimes populistas, os extremistas digitais, querendo dizer que tudo pode, tudo vale, e que não precisam ser responsabilizados\”, complementou.

O julgamento no Supremo gira em torno do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que proíbe a responsabilização das plataformas por conteúdos publicados pelos usuários, exceto se houver descumprimento de decisões judiciais para remover publicações.

Nesta quarta, 11, o tribunal formou maioria para criar parâmetros de atuação das big techs. Os ministros apresentaram propostas diferentes e o plenário precisa agora equilibrá-las em uma tese para ser aplicada nacionalmente pelo Poder Judiciário. O julgamento é considerado internamente o mais importante da história recente do STF.

Os ministros entendem que houve uma \”desconstitucionalização\” do artigo 19, ou seja, a norma era adequada no momento em que foi aprovada, em 2004, mas, no estágio atual das redes sociais, não é mais suficiente para resguardar os usuários no ambiente virtual em um contexto de escalada de casos de violência digital, como cyberbullying, stalking, fraudes, golpes, discurso de ódio e fake news.

Entre os pontos de preocupação citados pelos ministros são a proteção de crianças e adolescentes, de minorias sociais e da democracia. Além de Moraes, votaram pela responsabilização das big techs Dias Toffoli, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Gilmar Mendes.

Poderes

O assunto está no radar dos ministros há mais de dois anos. Havia expectativa de que o Congresso avançasse na regulamentação das redes sociais, mas, com o fracasso do chamado PL das Fake News, após pressão das big techs, o STF decidiu agir.

Uma ala da Câmara e do Senado acusa o tribunal de avançar sobre atribuições do Legislativo, mas os ministros consideraram que não era mais possível aguardar o Congresso. O debate ganhou força no STF após o descumprimento de decisões judiciais por plataformas estrangeiras, como Telegram e X, que ofereceram resistência em nomear representantes legais no Brasil.

Na avaliação de Moraes, as plataformas devem responder por todos os conteúdos direcionados por algoritmos e impulsionamentos pagos, por contas inautênticas e robôs e por discursos de ódio e antidemocráticos, independentemente de notificação judicial ou extrajudicial. Também defende que as big techs sejam obrigadas a manter um representante legal no Brasil e a monitorar riscos sistêmicos à democracia, o que criaria um dever preventivo às plataformas.

Debate

Há diferentes propostas em análise no STF. Os votos têm convergências, mas os ministros ainda não chegaram a um consenso. O plenário precisa definir os regimes de responsabilização das plataformas. Um dos pontos em aberto é saber quando as empresas devem agir por iniciativa própria para remover conteúdos criminosos, como já ocorre nos casos de pornografia infantil, pedofilia e violação de direitos autorais, e em que situações elas podem exigir ordem judicial ou no mínimo uma notificação privada dos usuários que se sentirem ofendidos.

A votação será retomada no dia 25 com o voto do ministro Edson Fachin. A ministra Cármen Lúcia, que acumula a função de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está em agenda fora do País e também não votou. O ministro Kassio Nunes Marques pediu mais tempo para analisar as propostas dos colegas. São os três últimos votos pendentes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Fonte: Notícias ao Minuto

Política

Ex-presidente Bolsonaro é alvo de operação da Polícia Federal sob ordem do STF

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo de buscas realizadas pela Polícia Federal nesta sexta-feira (18). Além de enfrentar um processo por acusação de liderar uma trama golpista, ele também é foco de outras investigações conduzidas pelo órgão.

Na Presidência, Bolsonaro acumulou uma série de declarações golpistas às claras, provocou crises entre os Poderes, colocou em xeque a realização das eleições de 2022, ameaçou não cumprir decisões do STF e estimulou com mentiras e ilações uma campanha para desacreditar o sistema eleitoral do país.

Após a derrota para Lula, incentivou a criação e a manutenção dos acampamentos golpistas que se alastraram pelo país e deram origem aos ataques do 8 de Janeiro.

Nesse mesmo período, adotou conduta que contribuiu para manter seus apoiadores esperançosos de que permaneceria no poder e, como ele mesmo admitiu publicamente, reuniu-se com militares e assessores próximos para discutir formas de intervir no TSE e anular as eleições.

Saudosista da ditadura militar (1964-1985) e de seus métodos antidemocráticos e de tortura, o ex-presidente já foi condenado pelo TSE por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral e é réu no STF sob a acusação de ter liderado a trama golpista de 2022. Hoje está inelegível ao menos até 2030.

Caso seja condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado, a pena pode passar de 40 anos de prisão.

Trump envia carta a Bolsonaro e diz que vai 'acompanhar de perto' situação do Brasil

Presidente dos EUA volta a afirmar que ex-presidente está sujeito a ‘tratamento terrível’

Folhapress | 05:45 – 18/07/2025



Fonte: Notícias ao Minuto

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Trump envia carta a Bolsonaro e diz que vai ‘acompanhar de perto’ situação do Brasil

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WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou carta ao ex-presidente Jair Bolsonaro em que diz estar vendo “o tratamento terrível” que ele estaria recebendo nas mãos de “um sistema injusto” que se voltou contra ele.

“Este julgamento deve terminar imediatamente! Não me surpreende vê-lo liderando nas pesquisas; você foi um líder altamente respeitado e forte, que serviu bem ao seu país”, afirmou Trump.
Por fim, diz que tem reforçado a desaprovação ao tratamento dado ao ex-presidente por meio de declarações públicas e da ameaça das tarifas.

“É meu sincero desejo que o Governo do Brasil mude de rumo, pare de atacar opositores políticos e ponha fim a esse regime de censura ridículo. Estarei observando de perto.”

Lula diz que taxa é chantagem inaceitável de Trump e fala em políticos 'traidores da pátria'

O petista disse que todas as empresas, nacionais ou estrangeiras, devem cumprir as regras do país

Folhapress | 05:10 – 18/07/2025

 



Fonte: Notícias ao Minuto

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Política

Moro critica Lula por vetar aumento de deputados, mas vota contra projeto

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Nesta quinta-feira, 17, o senador Sérgio Moro (União-PR) criticou, por meio de seu perfil no X, o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter vetado o projeto de lei que aumentava de 513 para 531 o número de cadeiras na Câmara dos Deputados.

“Lula veta o aumento do número de deputados federais, enquanto mantém, com hipocrisia, 39 ministérios, vários inúteis, em seu governo. Tenta enganar o povo pois sabemos que controle de despesas não é pauta deste governo”, declarou. O político ainda complementa: “votei contra o aumento do número de deputados”.

O presidente vetou o aumento de deputados no último dia do prazo que possuía para avaliar o projeto, em 16 de junho. No início do mês, Lula cogitou não tomar nenhuma decisão sobre a proposta, mas no fim contrariou a Câmara em mais um episódio de embates entre os Poderes.

O objetivo era marcar a posição do governo sobre esse tema e mostrar que o Executivo não aceita tudo o Legislativo impõe. A Câmara ainda pode derrubar o veto e autorizar que o número de parlamentares aumente.

A escolha de Lula ocorre após embates com a Câmara, como o caso em que os deputados derrubaram o aumento do IOF, posteriormente mantido em partes pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A alteração no número de deputados foi proposta pelo STF, que pediu para que a composição da Casa fosse reorganizada para representar a população nacional. Os deputados, entretanto, elevaram o número de cadeiras, ao invés de redistribuir as vagas de acordo com os Estados que perderam ou ganharam moradores.

De acordo com pesquisa realizada pelo Datafolha, 76% dos brasileiros de posicionam contrários ao aumento no número de deputados. O projeto também foi impopular no Senado, onde foi aprovado por 41 votos à favor, número mínimo de aprovações necessária. Outros 33 senadores se opuseram.

Lula veta aumento do número de deputados federais

Lula vetou o projeto que amplia o número de deputados na Câmara e abriu nova frente de atrito com o Congresso

Folhapress | 05:55 – 17/07/2025

 



Fonte: Notícias ao Minuto

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