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Política

PGR pediu prisão de Cid após viagem de familiares do militar aos EUA

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RECIFE, PE, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu a prisão do tenente-coronel Mauro Cid na quinta-feira (12) após a Polícia Federal identificar que os pais, esposa e filha do militar viajaram no fim de maio para os Estados Unidos.

Em petição enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal), o procurador-geral Paulo Gonet afirma que a viagens dos familiares de Cid associada às suspeitas de que o ex-ministro Gilson Machado tentava conseguir um passaporte português para o militar indicaram possibilidade de o réu pela trama golpista tentar fugir do país.

“A informação reforça a hipótese criminal já delineada pela Procuradoria-Geral da República e evidencia a forte possibilidade de que Gilson Machado Guimarães Neto e Mauro César Barbosa Cid estejam buscando alternativas para viabilizar a saída de Mauro Cid do país, furtando-se à aplicação da lei penal”, diz Gonet.

A família de Cid chegou a Los Angeles, nos Estados Unidos, em 30 de maio. O voo teve escala na Cidade do Panamá, e todos realizaram o procedimento migratório de saída na mesma data.

A Polícia Federal encontrou dois localizadores vinculados aos passageiros. Um estava nos nomes de Agnes Cid e Mauro Lourena Cid, pais do tenente-coronel. O segundo continha os nomes de Gabriela Cid (esposa) e de duas filhas do casal.

Segundo a PGR, não há registros de procedimento migratório de saída do país de uma das filhas de Cid.

A Folha de S.Paulo teve acesso às informações das passagens da família de Cid. Os quatro familiares têm volta marcada para o dia 20 de junho, com embarque no aeroporto de Orlando, escala na Cidade do Panamá e desembarque em Brasília (DF).

Os pais de Cid despacharam duas bagagens de até 23 quilos, uma registrada no nome de cada. A esposa e a filha do militar levaram somente bagagens de mão para a viagem internacional.

Gonet apresentou as informações ao Supremo e pediu a prisão preventiva de Gilson e Cid, a busca e apreensão dos dois, a autorização para acessar equipamentos e dispositivos eletrônicos dos alvos e o envio de relatório do monitoramento da tornozeleira eletrônica do militar.

O ministro Alexandre de Moraes autorizou a operação ainda na quinta. Segundo a defesa de Cid, os policiais chegaram à casa do militar munidos de um mandado de prisão, mas foram informados já na residência do oficial que a detenção havia sido revogada por Moraes.

A assessoria do STF também confirmou que o militar não foi preso, sem dar detalhes. Cid chegou à sede da PF em Brasília por volta das 11h para prestar depoimento. Gilson Machado foi preso em sua casa em Recife (PE).

Parte da família de Mauro Cid mora nos Estados Unidos. Daniel Cid, irmão do militar, mora na Califórnia -e abriga uma das filhas de Cid há pelo menos três anos.

O pai de Cid também morou nos EUA durante o governo Bolsonaro, nomeado para comandar o escritório da Apex em Miami de 2019 a 2022.

Mauro Cid deu entrada em 11 de fevereiro de 2023 em um pedido de reconhecimento de sua cidadania portuguesa. A mãe do militar é cidadã de Portugal, o que dá direito ao tenente-coronel ter a carteira de cidadão do país.

Esposa e filhas de Cid também já tinham cidadania portuguesa. O processo junto à Embaixada de Portugal concluiu em 2024, e o militar recebeu uma carteira de identidade com validade até 3 de janeiro de 2035.

“É necessário ressaltar, ainda, que a carteira portuguesa é apenas um documento de identificação, válida somente no país de origem, e que contém informações pessoais do seu titular de modo [a] permitir acesso em diversos serviços públicos e privados sem a efetiva necessidade de outros documentos, limitada, tão somente, a identificação”, disse a defesa de Cid ao STF em fevereiro.

O advogado Cezar Bitencourt destacou à época que Mauro Cid “não solicitou e não possui passaporte português, esse sim, documento que lhe permitiria, caso possuísse, viagens por qualquer país integrante da União Europeia”.

“Ademais, o peticionante celebrou acordo de delação premiada, com uso de tornozeleira eletrônica, sendo impossível empreender viagem para o exterior sem autorização desse Juízo”, destacou o advogado.

A Polícia Federal suspeitava desde o início do ano que Mauro Cid pudesse tentar fugir do país, mesmo com os benefícios de sua colaboração premiada homologada pelo STF. A hipótese tinha como base, inicialmente, a expedição da carteira de identidade portuguesa.



Fonte: Notícias ao Minuto

Política

Tarcísio sai em defesa de Bolsonaro, cobra eleições livres e critica ‘sucessão de erros’

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após a aplicação de medidas cautelares que resultaram na instalação de uma tornozeleira eletrônica contra o ex-presidente, nesta sexta-feira (18).

“Não haverá pacificação enquanto não encontrarmos o caminho do equilíbrio. Não haverá paz social sem paz política, sem visão de longo prazo, sem eleições livres, justas e competitivas. A sucessão de erros que estamos vendo acontecer afasta o Brasil do seu caminho”, disse o governador, em suas redes sociais.

Ao cobrar eleições livres e sucessão de erros, o governador bolsonarista faz críticas indiretas a processos envolvendo o ex-presidente tanto no STF (Supremo Tribunal Federal), onde Bolsonaro é réu no julgamento da trama golpista após as eleições de 2022, quanto a decisões do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nas quais o ex-presidente foi condenado e declarado inelegível até 2030.

Na mensagem em suas redes sociais, Tarcísio disse que “coragem é um atributo que quem conhece Jair Bolsonaro sabe que nunca lhe faltou”.

“Não faltou quando atentaram contra a sua vida. Não faltou para lidar com as crises sem precedentes que este país passou quando ele era presidente. Não faltou para defender a liberdade, valores, ideais e combater injustiças. E não vai faltar agora, pois ele sabe que estamos e seguiremos ao seu lado.”

“Não conheço ninguém que ame mais este país, que tenha se sacrificado mais por uma causa, quanto Jair Bolsonaro. Não imagino a dor de não poder falar com um filho. Mas se as humilhações trazem tristeza, o tempo trará a justiça”, completou o governador bolsonarista de São Paulo.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, a crise provocada pelo tarifaço, justificado pelo que o presidente americano chamou de “caça às bruxas” contra Bolsonaro, abalou as pretensões presidenciais de Tarcísio .

De um lado, o governador de São Paulo tenta consertar o estrago do episódio mudando seu discurso para os interesses do Estado, o que estremeceu de vez sua relação com o bolsonarismo. De outro, empresários que apostavam em sua candidatura ao Planalto passaram a questionar sua independência do mesmo grupo.

Nesta sexta-feira, uma semana após o tarifaço de Donald Trump contra o Brasil e de uma série de declarações da família Bolsonaro e do próprio americano explorando a medida para fazer pressão contra a ação penal da trama golpista em que Bolsonaro é réu, o ex-presidente foi alvo de operação da PF.

As medidas, autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes do STF, deram-se em uma investigação aberta recentemente e que tramita sob sigilo. Ela foi autuada na corte e distribuída ao gabinete de Moraes em 11 de julho, dois dias depois que Trump anunciou a sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros citando o processo contra Bolsonaro.

O ministro cita, por exemplo, que o ex-presidente condicionou, em entrevista, o fim da sanção à sua anistia.

Após a operação, a defesa de Bolsonaro afirmou ter recebido “com surpresa e indignação” as medidas cautelares impostas ao ex-presidente. Disse ainda que ele “sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”.

Ao solicitar a instalação de tornozeleira eletrônica no ex-presidente, a PGR apontou a medida como urgente para “assegurar a aplicação da lei penal e evitar a fuga do réu”.

PF diz que Bolsonaro financiou operação contra a soberania nacional

A Polícia Federal encontrou na casa do ex-presidente um pen-drive, que tinha sido escondido em um banheiro, mais 14 mil dólares (cerca de R$ 78 mil) e R$ 8 mil em espécie

Rafael Damas | 10:45 – 18/07/2025



Fonte: Notícias ao Minuto

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Política

Líder do PT na Câmara diz que operação contra Bolsonaro é ‘vitória contra golpismo’

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, chamou a operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro (PL) realizada na manhã desta sexta-feira (18) de vitória contra o golpismo.

Lindbergh afirmou ainda que a decisão de impor tornozeleira ao ex-presidente decorre de um inquérito que teve origem em uma representação criminal protocolada por ele em maio deste ano contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente.

“E, em 11/7/25, ao denunciar a tentativa de Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo] de facilitar a fuga de Jair, reforçamos a urgência da medida cautelar de monitoramento eletrônico com tornozeleira. É uma vitória do Estado de Direito contra o golpismo transnacional”, diz na publicação.

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), por sua vez, publicou uma série de memes e mensagens celebrando a punição a Bolsonaro.

“Grande Dia! Bolsonaro recebe visita da PF e passa a usar tornozeleira eletrônica. No Brasil, os golpistas vão ser punidos”, escreveu ele.

Liderança do governo Lula (PT) na Câmara, José Guimarães também se manifestou em apoio à operação, classificando o momento como um capítulo importante na defesa da democracia.

“Atacar as instituições, conspirar contra a Constituição e desrespeitar a vontade do povo são crimes graves que não podem ficar impunes. O país se une para proteger a verdade, a justiça e os valores que sustentam a nossa República”, publicou. “Não há espaço para golpismo. O Brasil escolheu a democracia – e vai defendê-la com coragem e firmeza.”

A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) listou algumas das proibições às quais Bolsonaro estará submetido a partir da decisão da Justiça, e voltou a chamar o ex-presidente de covarde.

“Que agora Bolsonaro entenda: os crimes que você e sua família cometeram, atentando contra a soberania do nosso país, não o ajudaram em nada. O Brasil não se amedrontou e nossa Justiça não se acovardou. Pois todo o medo e covardia estão reservados para Jair Bolsonaro e seus aliados.”

O ministro da AGU (Advogado-Geral da União), Jorge Messias, citou “respeito às leis” e reforçou o discurso de soberania brasileira, horas após a Polícia Federal realizar a operação contra o ex-presidente.

O ministro reforçou a mensagem passada no pronunciamento em rede nacional feito pelo presidente Lula na quinta-feira (17), iniciando a publicação com a frase “Respeito às leis, honra à pátria e integridade.”

Na véspera, Lula foi à cadeia de rádio e televisão se posicionar contra a imposição da sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na fala, o presidente afirmou ter indignação por saber que a decisão americana tinha o apoio de apoio de alguns políticos brasileiros, sem citar o nome de Bolsonaro ou de Eduardo -que já manifestou publicamente o apoio às decisões do americano.

PF diz que Bolsonaro financiou operação contra a soberania nacional

A Polícia Federal encontrou na casa do ex-presidente um pen-drive, que tinha sido escondido em um banheiro, mais 14 mil dólares (cerca de R$ 78 mil) e R$ 8 mil em espécie

Rafael Damas | 10:45 – 18/07/2025



Fonte: Notícias ao Minuto

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Em dia de operação contra Jair Bolsonaro, Flávio desembarca na Europa

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O senador Flávio Bolsonaro deixou o Brasil nesta quinta-feira (17), um dia antes de a Polícia Federal (PF) cumprir dois mandados de busca e apreensão em endereços relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.  

Ele foi visto por passageiros em voo (TP58) que saiu de Brasília às 17h10 com destino a Lisboa, Portugal, onde desembarcou nessa sexta (18).

A assessoria de imprensa do senador confirmou que ele está em deslocamento, mas não deu detalhes sobre a viagem e nem sobre o destino final. O senador está em recesso parlamentar, que começou nesta sexta-feira.

Na manhã de hoje, o ex-presidente foi levado à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária para colocar tornozeleira eletrônica. A PF Também apreendeu dólares e documentos na casa de Jair Bolsonaro em Brasília.

Pela decisão, Bolsonaro, além de precisar usar tornozeleira, está proibido de utilizar as redes sociais.

Ele precisará ficar em casa entre as 19h e as 6h, além de estar proibido de se comunicar com outros réus ou com embaixadores e diplomatas de outros países. Além disso, não poderá se ausentar da comarca do DF.

No X, já após a operação da PF, Flávio Bolsonaro publicou uma mensagem de apoio ao pai e crítica à decisão judicial. “Fica firme, pai, não vão nos calar!”.

PF diz que Bolsonaro financiou operação contra a soberania nacional

A Polícia Federal encontrou na casa do ex-presidente um pen-drive, que tinha sido escondido em um banheiro, mais 14 mil dólares (cerca de R$ 78 mil) e R$ 8 mil em espécie

Rafael Damas | 10:45 – 18/07/2025

 



Fonte: Notícias ao Minuto

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