Arquitetura
Residência AMS / Jacobsen Arquitetura

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Descrição enviada pela equipe de projeto. Implantada cuidadosamente sobre um terreno em declive, a Residência AMS se desenvolve a partir da cota mais alta do lote, onde a mata nativa se torna pano de fundo e referência para o desenho da casa. Três blocos compõem o conjunto arquitetônico – com o volume social em posição central –, conectados por passarelas cobertas que atravessam jardins. A estratégia de fragmentação volumétrica não apenas responde ao relevo acidentado, mas também reforça a intenção na ocupação no terreno.


Desde a chegada, percebe-se uma hierarquia entre os blocos, estabelecida pelo telhado do volume central – mais alto e com beirais generosos, que abriga a área social da residência. Nesse volume estão localizadas a sala de estar, jantar e uma cozinha aberta, que se integram e se abrem para o exterior através de grandes painéis de vidro. Vigas de madeira laminada clara acompanham toda a extensão do teto, marcando a sua estrutura e conduzindo o olhar para o verde. O piso em travertino e a luminárias em cobre reforçam a coesão da paleta de materiais.


O desejo dos clientes por uma casa sustentável guiou a escolha por dois materiais: madeira laminada e taipa de pilão. A madeira aparece em pilares e forros, sempre clara, com acabamentos naturais. Já a taipa foi empregada em grandes paredes de fechamento voltadas para a rua e áreas íntimas, conferindo privacidade e estabilidade térmica. O tom da terra utilizada foi cuidadosamente definido após diversos testes, para garantir harmonia cromática com a madeira.

A técnica da taipa de pilão é ancestral e remonta a práticas construtivas milenares, sendo tradicionalmente utilizada em diversas culturas, inclusive no Brasil colonial. Trata-se de um processo em que terra úmida é compactada em fôrmas de madeira, criando paredes monolíticas de alta inércia térmica e expressiva presença tectônica. Além do apelo estético, sua utilização resgata saberes vernaculares e reforça o compromisso do projeto com práticas mais sustentáveis e conscientes.

Nas faces onde a taipa predomina, claraboias foram posicionadas de maneira estratégica para banhar as paredes com luz natural ao longo do dia, revelando nuances e texturas distintas. Os quartos, dispostos nas extremidades da casa, possuem fechamento em madeira natural e se abrem para a paisagem, preservando a privacidade e garantindo conforto térmico.


A piscina, que percorre o jardim em uma forma orgânica, foi pensada para remeter a um lago natural, com contornos suaves e borda em pedra irregular. Sua posição rebaixada em relação ao piso da casa estabelece uma separação delicada entre o convívio social e a área de lazer, sem impedir a continuidade do olhar. No subsolo, foram acomodados o spa, a ala infantil e as áreas de serviço, aproveitando o desnível do terreno sem comprometer a leitura geral de uma residência essencialmente térrea.

Na decoração, o sofá verde da sala íntima foi a peça inicial que direcionou o restante das escolhas. A partir desse tom, foi escolhido o tecido Ralph Lauren listrado usado nas cadeiras da mesa de jogos. Essa paleta, então, se desenvolveu pelo restante da casa, passando pelos tapetes e tecidos da sala de estar até as banquetas da cozinha. Mobiliário brasileiro assinado, com nomes como Sergio Rodrigues, Jacqueline Terpins e Claudia Moreira Salles, compõem a estética da residência, onde nenhuma peça busca se sobrepor à outra, formando um delicado e equilibrado ecossistema cromático.

Arquitetura
Edifício Residencial Palazzo Paleiskwartier / Benthem Crouwel Architects

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Descrição enviada pela equipe de projeto. Com o Palazzo, o escritório de arquitetura Benthem Crouwel conclui o Paleiskwartier, em ’s-Hertogenbosch — um edifício residencial robusto, acolhedor e aberto, que literalmente abraça a cidade. Encomendado pela BV Ontwikkelingsmaatschappij Paleiskwartier, o Palazzo representa o ápice de mais de três décadas de desenvolvimento urbano ao redor da Estação Central, uma área onde morar, trabalhar e conviver se integram de forma harmoniosa.

Devolvendo espaço à cidade – “O Residentieplein é um lugar vibrante, onde acontecem eventos e os moradores se encontram”, afirma Saartje van der Made, arquiteta e sócia do Benthem Crouwel Architects. “Nossa intenção era que o Palazzo ampliasse essa abertura. Por isso, o edifício não foi concebido como uma barreira, mas como um convite à cidade.” No lado sul, a fachada recua levemente em relação à torre, dando mais respiro e amplitude à praça. No centro dessa fachada, foi criada uma grande abertura — a Paleispoort — que conecta o jardim interno à praça. Uma ampla escadaria conduz da praça para o nível superior e pode funcionar como arquibancada durante eventos ou como terraço para os estabelecimentos ao redor. A escadaria é aberta a todos, integrando literalmente o edifício ao espaço público.

Um Jardim como uma Floresta Transparente – No coração do quarteirão encontra-se um jardim interno verde, concebido como uma “floresta transparente”: um espaço leve e aberto, com árvores e vegetação exuberante, onde os moradores podem se encontrar. Ao separar o bloco norte do restante do volume, o jardim se tornou maior e mais iluminado. A luz natural entra por três lados. O jardim não é apenas um espaço contemplativo, mas um ambiente externo plenamente funcional para todos — um lugar para permanecer, passear ou relaxar. A vegetação sobe por floreiras integradas e terraços em patamares até os andares superiores, criando uma paisagem tridimensional que conecta visualmente os espaços internos e externos.


Um Edifício Residencial Democrático – O Palazzo abriga 233 unidades para locação e para venda, em uma ampla variedade de tipologias — de estúdios compactos de 30 m2 a lofts espaçosos. “O objetivo era criar um edifício residencial democrático”, afirma Van der Made. “Um conjunto único em que todos os moradores, independentemente do tamanho ou do valor de suas casas, vivenciem a mesma qualidade de luz, vistas e ambiente.” O padrão especial de tijolos, com fiadas salientes, confere profundidade expressiva à fachada, como uma parede palaciana que ganha vida sob a luz do sol. Esse relevo contrasta com os caixilhos precisos das janelas e com a disposição intercalada de aberturas e varandas, dando a cada unidade uma identidade própria dentro do conjunto.

Um Edifício que ao Mesmo Tempo se Integra e se Destaca – Com suas três cores de fachada — vermelho, laranja e rosa suave — e o diálogo entre a alvenaria robusta e a cerâmica refinada, o Palazzo pertence à família arquitetônica do Paleiskwartier, mas mantém uma identidade própria. Nos pontos em que o edifício “toca a cidade” — como na Paleispoort e ao longo do embasamento norte — foi aplicado revestimento cerâmico. Essas peças levemente onduladas conferem à superfície uma qualidade suave, quase como uma cortina. Assim, o lado norte — normalmente percebido como fundos — transforma-se em uma frente marcante.


O Capítulo Final do Paleiskwartier – O Palazzo marca a conclusão de um distrito que simboliza conexão, transformação e qualidade urbana. “Dentro das diretrizes claras do arquiteto supervisor, buscamos liberdade e expressão”, afirma Van der Made. “O resultado é um edifício que respeita o conjunto, mas também acrescenta algo próprio — um bloco poderoso e estratificado que completa a cidade e a impulsiona para frente.”

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Fonte: Archdaily
Arquitetura
Casa Binôme / gon architects

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Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta casa é o resultado da transformação de um duplex de 80 m2 situado em um edifício de 1900 no bairro de Conde Duque, em Madri. Seu proprietário, Philippe — gestor de investimentos e admirador de arte, literatura e arquitetura — desejava reinventar seu lar sem deixar o bairro onde vivia há anos. O projeto nasce de sua vontade de permanecer no mesmo lugar, mas adequando a habitação a um modo de vida que alterna o convívio social com momentos de introspecção.

O estado original do apartamento apresentava diversos conflitos: uma compartimentação excessiva que dificultava a fluidez espacial, banheiros impessoais, uma cozinha desarticulada e uma varanda desvinculada do interior. No entanto, o principal problema era a escada existente, um volume monolítico de aço que obstruía a passagem de luz natural e gerava espaços residuais em uma habitação de proporções muito reduzidas.

A intervenção se articula em torno da reformulação do papel da escada na arquitetura doméstica contemporânea. Além de sua função circulatória, a nova escada é concebida como um elemento estrutural, funcional e simbólico, capaz de integrar usos, conectar espaços e transformar a experiência de habitar. Ela é realocada na parede leste da residência, liberando o andar e permitindo uma organização mais coerente e iluminada. Seu design, formado por degraus flutuantes de aço inseridos entre os pilares existentes, a transforma em um híbrido entre escada, móvel e prateleira. Esse gesto redefine a relação entre os dois andares e multiplica as possibilidades de uso: banco, prateleira, canto de leitura ou suporte expositivo.


O uso contínuo de cerâmica, inspirada nas tradicionais tomette francesas, estabelece um sutil diálogo com a origem de Philippe. Este piso, reinterpretado em um formato contemporâneo de grande tamanho, se estende tanto no interior quanto na varanda, diluindo os limites entre dentro e fora. A continuidade material reforça a ideia de um espaço único e fluido, onde os dois níveis são concebidos como uma única entidade doméstica.



Além disso, a incorporação de superfícies espelhadas em banheiros e quartos amplifica a luz natural e gera jogos ópticos que transformam a percepção do espaço, desmaterializando os limites e proporcionando uma sensação de leveza.

O projeto transforma um obstáculo funcional no coração do projeto. A escada deixa de ser um mero elemento de conexão para se tornar o centro cenográfico da vida cotidiana: um lugar habitável que articula a casa, suas luzes, seus percursos e suas pausas.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
Apartamento Silvia & Diego / Jump Studios

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- Área:
131 m²
Ano:
2023

Descrição enviada pela equipe de projeto. Para a renovação do apartamento de Silvia e Diego, localizado em uma esquina típica do bairro Eixample, em Barcelona, nos concentramos em transformar espaços estreitos e segmentados em áreas de estar abertas e interconectadas.


Para otimizar a circulação e aumentar a luz natural, encurtamos o corredor e adicionamos novas funcionalidades, integrando-o ao resto do apartamento. Removemos quatro paredes e colocamos a cozinha no centro do layout, o que nos permitiu criar áreas maiores.

As paredes e armários de madeira na cozinha enfatizam sua dupla função como espaço de transição e funcional. Como resultado dessas alterações, tanto os cômodos internos quanto os externos do apartamento parecem mais espaçosos e luminosos.

O layout histórico original do apartamento em forma de leque, o teto ornamentado e os mosaicos Nolla no piso orientaram muitas decisões do projeto. Ao introduzir novas cores e formas, estabelecemos um diálogo entre o passado e o presente.


A nova topografia do teto unifica diferentes alturas, adaptando-se às janelas e organizando novos elementos. A interação entre formas geométricas e cores ousadas visa realçar as qualidades espaciais existentes. O projeto também envolveu a restauração de todas as portas e janelas originais.

Fonte: Archdaily
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