Arquitetura
Torre impressa em 3D mais alta do mundo é inaugurada na Suíça | Edifícios

A remota vila de Mulegns, nos Alpes Suíços, acaba de ganhar um marco em sua paisagem: a Tor Alva (ou White Tower), a maior torre impressa em 3D do mundo. Com 30 metros de altura, o edifício foi inaugurado em 20 de maio e começará a receber visitantes nesta sexta-feira – a partir de julho, o espaço também abrigará instalações artísticas, apresentações teatrais e concertos. Liderado pela fundação cultural Origen, o projeto foi feito em colaboração com a universidade ETH Zurique.
Arquitetura
Abadia Kortrijk / BAROZZI VEIGA


- Área:
4037 m²
Ano:
2025

Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto para a Abadia Kortrijk amplia e transforma o complexo historicamente significativo da Abadia de Groeninge em um espaço de arte voltado a exposições temporárias site-specific e eventos públicos. A Abadia Kortrijk propõe um novo tipo de museu: um lugar aberto, acessível e versátil, um espaço de convivência urbana situado no belíssimo cenário do Parque Begijnhof, no centro de Kortrijk.

O conceito do projeto parte de uma interpretação ampla da ideia de identidade. Elementos como permanência, restauração e transformação foram equilibrados com cuidado, permitindo redescobrir uma nova identidade para o conjunto, enraizada naquilo que já existia.

A proposta revela a espacialidade original da antiga capela e dos dormitórios da abadia, restaura o pátio central e insere um espaço expositivo subterrâneo, com tecnologia de ponta. Cada um desses “ambientes” possui uma atmosfera distinta, criando condições específicas para a arte e a convivência coletiva.

Enquanto as áreas de exposição ficam abaixo do solo, o novo pavilhão no parque se destaca pela forma que dialoga com as estruturas históricas — sua silhueta evoca a verticalidade dos telhados inclinados da abadia, e sua implantação ortogonal segue a lógica do conjunto original. Essa nova construção é imediatamente reconhecível, mas se relaciona respeitosamente com a arquitetura existente. Suas fachadas, revestidas com tijolos escuros, conferem caráter autônomo ao volume dentro do complexo histórico.

A nova arquitetura se apresenta com sobriedade e rigor. As intervenções são sutis e bem calculadas, criando um equilíbrio entre o novo e o antigo. Elas valorizam a história do local ao mesmo tempo que oferecem novos espaços voltados para o futuro.

Descrição da intervenção — Do ponto de vista urbano, o projeto removeu elementos que não faziam parte do traçado original da abadia e introduziu um novo pavilhão, posicionado ortogonalmente ao conjunto existente, com vista para o Parque Begijnhof. Essa intervenção redefine o claustro original e estabelece uma nova passagem entre a rua Groeningestraat e o jardim público.

O pavilhão, conectado ao conjunto pelo antigo edifício dos dormitórios, abriga um bar e restaurante. Suas fachadas inclinadas criam uma atmosfera acolhedora e protegida, além de maximizar o espaço interno. No salão principal, uma longa mesa pode ser disposta, fazendo referência ao refeitório comunitário típico das abadias.

O edifício dos antigos dormitórios recebeu intervenções mínimas. Foram restauradas as janelas originais, o forro e o piso em terracota vermelha. Um grande mostruário foi inserido ao longo do espaço para expor obras da cidade de Kortrijk, convidando artistas a interagir com essa coleção.



A abadia funciona como uma casa de arte, onde os visitantes podem explorar as obras em diferentes ambientes. Do dormitório ao pavilhão, é possível vivenciar a arte sem a necessidade de ingresso. Acima dos dormitórios, encontra-se a sala de convivência, adjacente à antiga capela.

A antiga capela é um dos elementos mais antigos do conjunto. Ao remover as circulações anexadas e os mezaninos que haviam sido incluídos ao longo do tempo, o projeto devolve ao espaço sua imponência original. Sem os pavimentos intermediários, o edifício do século XVI recupera sua atmosfera primitiva e se transforma em um novo espaço vertical para exposições.



Para evitar sobrecarregar o parque e garantir que os edifícios existentes tenham espaço para respirar, o projeto incluiu uma expansão subterrânea para as áreas expositivas. Esses ambientes neutros, com qualidade de museu contemporâneo, oferecem um suporte flexível para exposições. Enquanto a capela, os dormitórios e o pavilhão agregam riqueza histórica ao projeto, as “caixas brancas” subterrâneas fornecem um contraponto neutro que dialoga com o contexto patrimonial. A sequência de espaços, diversa mas coesa, é funcional e organizada com lógica interna.

As fachadas originais foram restauradas com respeito ao traçado original. Já no novo edifício, a fachada do pavilhão foi executada com tijolos sob medida, produzidos a partir de materiais reciclados da construção civil. O resultado é uma estrutura monumental e expressiva, que reforça a presença do pavilhão no tecido urbano.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
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Arquitetura
Casa Amankay / Di Frenna Arquitectos



Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa Amankay se revela com calma. As escadas de pedra sobem entre a vegetação, marcando o ritmo da chegada. O ambiente convida a avançar devagar. À direita, uma árvore alta e frondosa impõe presença; do lado oposto, um volume vertical parece respondê-la, sustentando um equilíbrio silencioso. A arquitetura se apresenta com clareza, mas encontra na sombra e na vegetação uma forma mais amável de aparecer.

De fora, o volume é lido como uma sequência horizontal. Uma faixa de concreto aparente percorre toda a fachada e, junto com a laje do telhado, emoldura o andar superior como se estivesse contido entre dois planos. Essa linha não é apenas suporte; abriga floreiras largas que percorrem a frente, replicando o traço estrutural com vegetação. Como se a casa devolvesse parte do terreno que ocupa. O gesto é firme, mas não rígido.

Dentro, a primeira pausa é marcada pela escada. Feita de aço e madeira, flutua no espaço com um caráter quase escultórico. Sob ela, um volume de pedra insiste em trazer para dentro o que acontece do lado de fora. Uma janela de dupla altura emoldura a folhagem exterior, e a vegetação parece entrar, difusa, filtrando-se sutilmente entre os reflexos. A luz muda com as horas, projeta sombras irregulares, revela texturas nas paredes e filtra o verde das folhas sobre superfícies cinzas e rugosas.

A materialidade, em conjunto, reforça o caráter contido da casa: concreto aparente, pedra e aço marcam a estrutura e a atmosfera, enquanto a madeira — em portas, forros e mobiliário — suaviza sem destoar. Tudo permanece dentro de uma paleta neutra, monocromática, que destaca o que muda: a vegetação, a luz, o ar que se move entre os pátios.

Ao fundo, um pátio organiza as áreas comuns. A cozinha e o terraço se conectam completamente com o exterior, e um par de degraus é suficiente para que este último adquira um ar mais íntimo, sem se isolar. Tudo está contido por vegetação: uma barreira viva que substitui a parede, que permite olhar, mas não ser visto.

O andar superior, mais reservado, abriga os quartos. Aqui, a intimidade convive com a presença constante do verde, que se infiltra através de cada janela e terraço. Os quartos se abrem sem intermediários para pátios ou terraços, fortalecendo a relação com o entorno. A natureza entra por onde pode, e a casa não se opõe.

A Casa Amankay se ergue com firmeza, desdobrando seus volumes em um diálogo contundente com o local. É uma presença sólida e definida que afirma seu lugar sem necessidade de disfarces, mostrando seu caráter e arquitetura com honestidade.

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