Economia
Total de brasileiros com dinheiro esquecido em bancos aumenta e 48 milhões podem sacar
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mais de 48 milhões de brasileiros e 4,6 milhões de empresas podem sacar dinheiro esquecido em bancos e instituições financeiras, de acordo com dados do SVR (Sistema de Valores a Receber) divulgados nesta terça-feira (9) pelo Banco Central. O número é maior do que as 43,9 milhões de pessoas e 4,2 milhões de empresas que podiam receber no mês anterior.
Novos valores entram no sistema todo mês, e o saldo total liberado no mês-base de julho é de R$ 10,7 bilhões, superando os R$ 10,15 bilhões de junho. Destes, R$ 8 bilhões pertencem a pessoas físicas e R$ 2,7 bilhões a pessoas jurídicas. Desde o início do programa, R$ 11,3 bilhões foram devolvidos aos beneficiários.
Para habilitar o depósito automático e/ou saber se tem direito, o brasileiro deve acessar o site www.bcb.gov.br/meubc/valores-a-receber, inserir seus dados pessoais e clicar em “Consultar”. Caso haja algum valor, é possível solicitá-lo com senha do Gov.br prata ou ouro.
O resgate automático está disponível desde o final de junho. Pessoas físicas que tenham a chave Pix com o número do CPF podem receber os valores sem precisar fazer o pedido de forma manual. É preciso habilitar a função com uma conta Gov.br prata ou ouro e ter ativada a verificação em duas etapas.
Na primeira semana em que a nova função começou a valer, 169 mil pessoas ativaram a funcionalidade de resgate automático. A adesão é opcional e não se aplica a chaves Pix do tipo CNPJ.
O crédito será feito pela instituição financeira onde o dinheiro está esquecido diretamente na conta do cidadão, que não receberá aviso do BC quando algum valor for devolvido.
As instituições financeiras que não aderiram ao termo de devolução via Pix continuarão exigindo solicitação manual. Isso também se aplica aos casos de valores de contas conjuntas e para empresas, cujo regaste é feito por meio de consulta via CNPJ.
Em 2024, foram feitas 73 milhões de consultas públicas ao SVR -sendo 48 milhões de negativas e 25 milhões positivas- e 4,1 milhões de solicitações de devoluções, segundo dados do BC.
O SVR foi criado pelo Banco Central para devolver aos cidadãos e empresas dinheiro que ficou parado em instituições financeiras por diferentes motivos -de tarifas cobradas indevidamente a contas encerradas com saldo. Em muitos casos, as pessoas nem lembravam mais que tinham esse direito.
COMO POSSO ATIVAR A SOLICITAÇÃO AUTOMÁTICA DE RESGATE DE VALORES?
– Acesse o site do SVR por meio deste link
– Clique em “Fazer login”
– Informe CPF e senha da conta Gov.br de nível prata ou ouro, com verificação de duas etapas ativada
– Você será direcionado para uma página em que poderá ativar a opção “Receber valores automaticamente”
COMO CONSULTAR OS VALORES ESQUECIDOS?
Vá ao site do BC neste link
– Clique em “Consulte valores a receber” ou “Acesse o Sistema de Valores a Receber”
– Preencha os campos com o seu CPF ou CNPJ, como data de nascimento ou abertura da empresa transcreva os caracteres e clique em “Consultar”
– Faça login com a sua conta Gov.br, é preciso ser nível prata ou ouro para acessar
– Acesse “Meus Valores a Receber”
– Leia e aceite o Termo de Ciência
– Ao solicitar o valor, o sistema vai informar orientações de transferência
QUEM PODE TER DINHEIRO ESQUECIDO?
Qualquer pessoa física ou jurídica que teve relacionamento com bancos ou financeiras em algum momento poderá ter direito aos valores a receber.
O dinheiro a ser devolvido pelas instituições é referente a:
– Contas corrente ou poupança encerradas com saldo disponível
– Recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados
– Tarifas cobradas indevidamente
– Parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas
– Contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas com saldo disponível
– Contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas com saldo disponível
– Outros recursos disponíveis nas instituições para devolução
COMO CONSULTAR VALORES DE PESSOAS FALECIDAS?
É necessário que um herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal faça a consulta e preencha um termo de responsabilidade. Após esse processo, é preciso entrar em contato com as instituições que possuem os valores e verificar como prosseguir.
Depois disso, os passos para a consulta são os mesmos. Mas é necessário entrar com a conta gov.br do herdeiro ou sucessor e fornecer o número do CPF e a data de nascimento da pessoa que faleceu.
Economia
Leilão da Caixa tem 580 imóveis e três opções na faixa dos R$ 50 mil
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Caixa Econômica Federal promove um leilão com quase 600 imóveis, descontos de até 65% e lances a partir de R$ 54.000.
São 580 imóveis no total, entre casas (187), apartamentos (379), imóveis comerciais (2) e terrenos (12). Eles estão espalhados em quase todos os estados do país: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.
O leilão é online e acontece nos dias 25 de novembro e 1º de dezembro, a partir das 10h (de Brasília), pelo site da Globo Leilões. Trata-se de imóveis do portfólio da Caixa que foram retomados por inadimplência e serão vendidos em condições especiais para facilitar a negociação.
Há três opções de casas na faixa dos R$ 50 mil. A mais em conta fica em Aimorés (MG), por R$ 54.000, e conta com dois quartos, banheiro, sala, cozinha e uma vaga de garagem. Há ainda uma casa por R$ 54.753,42 em Luziânia (GO) e outra em Demerval Lobão (PI), por R$ 58.569,88.
É possível utilizar o FGTS para facilitar o pagamento. As compras podem ser feitas à vista ou através de financiamento, caso o crédito seja aprovado.
Fonte: Notícias ao Minuto
Economia
Mercado reduz previsão da inflação para 4,46%, abaixo do teto da meta
Após a divulgação da inflação de outubro, a menor para o mês em quase 30 anos, a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,55% para 4,46% este ano. Com isso, a estimativa alcançou o intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central (BC).
Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
A estimativa está no boletim Focus desta segunda-feira (17), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), em Brasília, com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.Para 2026, a projeção da inflação permaneceu em 4,2%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,8% e 3,5%, respectivamente.A redução na conta de luz puxou a inflação oficial para baixo e fez o IPCA fechar outubro em 0,09%, o menor para o mês desde 1998, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Em setembro, o índice havia marcado 0,48%. Em outubro de 2024, a variação havia sido de 0,56%.
Com esse resultado, a inflação acumulada em 12 meses é 4,68%, a primeira vez, em oito meses, que o patamar fica abaixo da casa de 5%. No entanto, ainda acima do teto da meta do CMN.
Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 15% ao ano [Clique Aqui!] pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O recuo da inflação e a desaceleração da economia levaram à manutenção da Selic pela terceira vez seguida, na última reunião, no início deste mês.
No entanto, o colegiado não descarta a possibilidade de voltar a elevar os juros “caso julgue apropriado”.
Em nota, o BC informou que o ambiente externo se mantém incerto por causa da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais.
Já no Brasil, a autarquia destacou que a inflação continua acima da meta, apesar da desaceleração da atividade econômica, o que indica que os juros continuarão alto por bastante tempo.
A estimativa dos analistas de mercado é que a taxa básica encerre 2025 nesses 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,25% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.
Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida; e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Os bancos ainda consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.
Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio
Nesta edição do boletim Focus, a estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano permaneceu em 2,16%.
Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) ficou em 1,78%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,88% e 2%, respectivamente.
Puxada pelas expansões dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano a economia brasileira cresceu 0,4%. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.
A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,40 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,50.
Fonte: Notícias ao Minuto
Economia
Dólar abre estável nesta segunda-feira após Trump reduzir tarifa sobre carne bovina e café
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu em estabilidade nesta segunda-feira (17), com os investidores avaliando o anúncio dos EUA de reduzir a tarifa sobre café, carne bovina, banana e outros produtos, que pode beneficiar o mercado brasileiro.
Às 9h29, a moeda norte-americana estava estável, cotada a R$ 5,2976. Na sexta-feira (14), o dólar fechou em variação negativa de 0,01%, a R$ 5,296, e a Bolsa avançou 0,36%, a 157.738 pontos.
Às 10h30, o Banco Central realizará leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) de US$ 1,25 bilhão, para rolagem do vencimento de 2 de dezembro.
No Brasil, os investidores avaliam os dados do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), que teve queda de 0,20% em setembro sobre agosto, segundo dado dessazonalizado divulgado nesta segunda-feira.
A sexta-feira foi marcada por cautela nos mercados globais, após declarações de autoridades do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) colocarem em dúvida a continuidade do ciclo de cortes da taxa de juros norte-americana.
Exemplo disso é Mary Daly, presidente do Fed de São Francisco, até então defensora de juros mais baixos. Ela afirmou, na quinta-feira, que qualquer decisão sobre o próximo passo do banco central é “prematura”.
“Tenho uma mente aberta, mas ainda não tomei uma decisão final sobre o que penso e estou ansiosa para debater com meus pares”, afirmou.
Neel Kaskari, presidente do Fed de Minneapolis, faz coro à cautela. Há alguns meses, ele afirmou que achava que um terceiro corte na taxa de juros até o final do ano estava garantido. Agora, ele classifica os últimos sinais da economista como “mistos”, em sinalização de que ele também pode estar em cima do muro.
“Temos uma inflação ainda muito alta, em torno de 3%”, disse ele. “Alguns setores da economia dos EUA parecem estar indo muito bem. Alguns setores do mercado de trabalho parecem estar sob pressão.”
Já Susan Collins, presidente do Fed de Bostou, afirmou que a taxa de juros provavelmente precisará ser mantida no atual patamar de 3,75% e 4% por “algum tempo”.
“Na ausência de evidências de uma deterioração notável do mercado de trabalho, eu hesitaria em flexibilizar ainda mais a política monetária, especialmente devido às informações limitadas sobre a inflação em decorrência da paralisação do governo”, disse ela, que votou a favor de ambos os cortes nas taxas do Fed este ano.
Os comentários sugerem que as divisões no banco central estão ficando mais profundas. O presidente do Fed, Jerome Powell, já havia pontuado o desafio da falta de consenso na entrevista coletiva após o encontro de outubro, dizendo que outro corte está “longe” de ser uma certeza, especialmente quando a falta de dados oficiais significava menos visibilidade sobre a verdadeira situação da economia.
Essa falta de visibilidade derivava da palisação do governo dos Estados Unidos, encerrada na quarta-feira após um projeto de refinanciamento ser aprovado no Congresso e sancionado por Trump.
O fim do shutdown, o maior da história dos Estados Unidos, diminui incertezas em relação à economia americana. Desde 1º de outubro, quando o shutdown começou, a falta de financiamento nas agências federais colocou a divulgação de dados econômicos oficiais em suspenso, deixando o Fed no escuro.
Mas, mesmo com a reabertura do governo, dados oficiais de inflação e do mercado de trabalho talvez não sejam publicados a tempo da próxima reunião, entre 9 e 10 de dezembro, segundo a Casa Branca. Operadores agora estão divididos: 53,6% deles apostam em um corte de 0,25 ponto em dezembro, enquanto os 46,4% restantes vêem uma manutenção como mais provável, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.
“Há um mês, a probabilidade de um corte era de 95%. A perspectiva de que o Fed pode ser mais lento no corte de juros tende a favorecer o rendimento dos títulos americanos, o que ajuda na atração de investimentos estrangeiros e tende a valorizar o dólar globalmente”, diz Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX.
Em paralelo, investidores globais seguiram temendo uma bolha no setor de tecnologia dos Estados Unidos.
A percepção de que empresas ligadas à inteligência artificial talvez estejam valendo mais do que deveriam tem preocupado os mercados globais. O índice Nasdaq Composite, fortemente concentrado em tecnologia, disparou mais de 50% entre o início de abril e o fim de outubro, à medida que investidores apostavam que a IA impulsionaria um período prolongado de forte crescimento no setor de tecnologia.
Mas o índice tem oscilado nas últimas duas semanas, com um número crescente de investidores comparando a escalada dos papéis de IA com a bolha de empresas de tecnologia no fim dos anos 1990.
“Vemos um risco crescente de que os desequilíbrios acumulados nos anos 1990 se tornem mais evidentes à medida que o boom de investimentos em IA se estende”, escreveram os analistas do Goldman Sachs, Dominic Wilson e Vickie Chang, em nota a clientes.
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