Arquitetura
Exposição em São Paulo enaltece cultura indígena por meio do design autoral


A mostra Entre Nós ocorre no Rosewood São Paulo até o mês que vem e compartilha experiências vividas pela designer Maria Fernanda Paes de Barros em imersões com povos originários pelo Brasil Até o dia 19 de maio, a designer Maria Fernanda Paes de Barros, fundadora da Yankatu, exibe a exposição Entre Nós, no Rosewood São Paulo, localizado no bairro da Bela Vista. Baseada nas imersões vividas pela artista em contato com a cultura indígena, a mostra reúne artigos com formatos esculturais que materializam os aprendizados vividos pela criativa.
A paulista explica que o nome da exibição envolve o fato de existir “um vão livre que permite a passagem, um espaço de liberdade que proporciona o respiro necessário para que cada um reconheça a si mesmo e, a partir daí, possa verdadeiramente reconhecer o outro”. São fios e diversas texturas que equilibram a leveza com que tecnologias atuais e ancestrais são capazes de dialogar.
A rede é metáfora da teia da vida, onde as áreas livres simbolizam a passagem e o respeito necessário para a convivência em harmonia de diferentes indivíduos que dividem todos um mesmo destino
Edouard Fraipont
Entre Nós conta com 11 peças, desde uma rede tecida em fio de nylon por pescadores do povo Borari, do Oeste do Pará, até o balanço Kaupüna, artigo marcante na trajetória da designer. O assento ganha uma versão expandida para enaltecer o trabalho das mulheres indígenas do povo Mehinaku, que vivem no Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso. Entretanto, desta vez o item representa o potencial das colaborações por meio da participação de homens na composição, tendo em vista que nasceu da da atuação de Kuyawalu “Priscila” Aweti, Kulikyrda “Stive” Mehinako e Maria Fernanda Paes de Barros.
Balanço Kaupüna, de Kuyawalu “Priscila” Aweti, Kulikyrda “Stive” Mehinako e Maria Fernanda Paes de Barros
Edouard Fraipont
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A cadeira Cocar teve a mandala tecida com palha de tucumã moldada pelas artesãs da comunidade ribeirinha de Urucureá (PA)
Edouard Fraipont
De acordo com o curador Marc Pottier, a exposição foi concebida como uma grande celebração da diversidade das produções brasileiras. “Já convidamos Maria Fernanda para trazer ao hotel suas vivências por meio de objetos de design. Mas, como ela é uma pensadora sem fronteiras — também artista, designer, pesquisadora das culturas populares e poeta —, queríamos convidá-la a se apresentar de maneira ainda mais completa ao público do Rosewood”, explica a respeito da iniciativa no espaço White Box.
Uma das peças apresentadas pela designer Maria Fernanda Paes de Barros na exposição ‘Entre Nós’
Edouard Fraipont
Nova coleção
Conjunto de mesas Mosaico
Edouard Fraipont
Inspiradas pelas Ludwigia sedioides (conhecida como planta-mosaico) que recobrem as águas e recebem os que têm o privilégio de adentrar Urucureá, vila em Alter do Chão, no Pará, as novíssimas mesas Mosaico permitem diferentes formações devido aos tamanhos variados. Feitas de madeira maciça, recebem a aplicação de mandalas tecidas com palha de tucumã pelas artesãs da comunidade ribeirinha de Urucureá e bordadas em lã corriedale natural pelo estúdio Yankatu.
De modo poético, Maria Fernanda apresenta a novidade: “A beleza da superfície esconde raízes profundas que conectam tempos distantes, distintos e, ao mesmo tempo, paralelos. Criam tramas intrincadas, deixam sobrevir mosaicos, uma soma de pedaços, partes conectadas por delicados ramos, que, assim como nas plantas, permitem que a alma se espalhe”, descreve a artista.
Serviço
Exposição Entre Nós
Data: até 19 de maio de 2025
Horário: das 9h às 19h
Local: White Box – Rosewood Hotel São Paulo
Endereço: Rua Itapeva, 435 – Bela Vista – São Paulo (SP)
Entrada: gratuita
Revistas Newsletter
Fonte: Casa Vogue
Arquitetura
Casa A+G / Bauhoff Desarrollos


- Área:
262 m²
Ano:
2024
Fabricantes: FV, Johnson Aceros, Purastone, ferrum

Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizada em Rosario, Argentina, a Casa A + G é uma residência unifamiliar de um só andar que reinterpreta a relação entre arquitetura e natureza. Concebida com um enfoque em espaços de convivência e áreas verdes, a habitação se desdobra em um jogo de curvas e materiais nobres que dialogam com o entorno.



O projeto se estrutura sob uma grande laje curva de concreto que, ao encontrar as vigas, gera uma fenda de luz, permitindo a entrada do sol e projetando seu movimento no interior. Em direção aos quartos, amplas janelas emolduram a vegetação circundante, gerando transições fluidas entre o interior e o exterior. Um lago central se torna o ponto de reflexão da casa, enfatizando a serenidade e a integração com a paisagem.

A cozinha, com sua gama de cores contrastantes, estabelece um equilíbrio entre o contemporâneo e o natural, dialogando com as tonalidades verdes do contexto. A materialidade de concreto e tijolo foi selecionada por sua capacidade de envelhecer com graça e sua durabilidade, consolidando uma estética atemporal em sintonia com o entorno.


Mais do que uma moradia, a Casa A + G é uma exploração arquitetônica que desafia os limites entre o espaço construído e a natureza. Seu design conceitual e inovador dialoga com o entorno e o potencializa, integrando luz, materialidade e paisagem de maneira orgânica e contínua.

Arquitetura
Escola Herojus / Architectural Bureau G.Natkevicius & Partners



Descrição enviada pela equipe de projeto. O edifício, localizado na pitoresca parte central de Kaunas, Lituânia, é um importante local industrial e abrigou uma das maiores e mais significativas gráficas do país, a “Spindulys”, que funcionou de 1928 a 2009. Embora a gráfica, construída de acordo com um design típico industrial entre guerras, não fosse considerada uma estrutura arquitetonicamente valiosa, era muito mais do que apenas um objeto industrial. É uma parte cultural, econômica e historicamente significativa da cidade de Kaunas – foi aqui que publicações particularmente importantes da época foram impressas, e até mesmo as moedas da República Lituana foram cunhadas aqui (incluindo as séries de 1925, 1936 e 1938).



Igualmente importante é o fato de que Kaunas, como uma antiga cidade industrial, tem seu caráter único, e os edifícios preservados, ou seus fragmentos, contribuem para a preservação dessa identidade. Portanto, considerando o contexto histórico e o potencial do edifício, decidiu-se não demolir, mas revitalizá-lo, atualizando o exterior e adaptando a disposição interna para novos propósitos, enquanto se preservava o volume do edifício e sua característica estrutura industrial.

O objetivo da revitalização foi adaptá-lo às necessidades de uma escola contemporânea e não convencional, sem perder o caráter do prédio: criar espaços funcionais e eficazes para diferentes atividades, facilmente modificáveis, e criar uma atmosfera dinâmica, democrática e livre dentro da escola. Esta é uma escola onde os filhos dos diretores os chamam pelo nome e onde não há sala do diretor ou sino chamando para as aulas. É uma estrutura espacial clara, onde há salas silenciosas, voltadas para a concentração, mas os espaços predominantes incentivam a inspiração, a criatividade e as atividades comunitárias nas zonas de encontro. O edifício é um lugar onde quase todo espaço é utilizado para mais de uma função e nunca fica vazio: o anfiteatro pode ser usado para aprender, brincar, se apresentar e comer, o saguão é um espaço para leitura, atividades criativas, encontros com pais ou até mesmo dança.




Esta escola pretende ser mais do que apenas um lugar onde as aulas acontecem – ela se esforça para ser um espaço vibrante e agitado onde alunos, professores, pais e até mesmo moradores locais se encontram. Portanto, o primeiro andar foi aberto ao público – espaços comunitários, ginásios e anfiteatros são usados não apenas para o ensino, mas também para eventos, feiras, seminários e apresentações. Todas essas decisões refletem um desejo compartilhado de criar um edifício que não esteja isolado da cidade, mas que se integre ao ambiente, para que viva em ritmo com a cidade e seu povo. As dimensões, o volume e a forma não foram alterados. As fachadas do edifício renovado foram finalizadas com chapas de aço galvanizado lisas, que geram um caráter industrial. Cada chapa é única, diferenciando-se em padrão e reagindo ao ambiente e às estações com reflexos, criando um efeito visual vivo e dinâmico com pinceladas de luz e sombras. Para enfatizar o caráter industrial herdado, acabamentos em chapa galvanizada também foram refletidos nos elementos interiores e nos anfiteatros internos – esses detalhes criam uma experiência estética diferente e ampliam a filosofia da escola de que as crianças gostam de crescer cercadas por materiais reais.

Este trabalho é tanto uma visão arquitetônica quanto pedagógica, onde a escola não é apenas um espaço para aprendizado, mas também um espaço para liberdade criativa, inspirando as crianças tanto para a realização acadêmica quanto para o desenvolvimento pessoal. Com isso, o edifício se tornou um elemento chave recém-revitalizado no tecido urbano da cidade, conectando o passado ao presente e criando um espaço único onde professores, crianças, pais e o público podem aprender e crescer juntos.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
Casa Westminster / Batay-Csorba Architects


- Área:
3220 ft²
Ano:
2024
Fabricantes: Cocoon, EDM, Fraserwood, Heroal, Ludowici Roof Tile, Moncer, SIMONSWERK North America, van de Moortel

Descrição enviada pela equipe de projeto. Situada em um lote de esquina no contexto das tradicionais casas góticas edwardianas no bairro High Park de Toronto, a residência Westminster é uma casa de 3 quartos e 2.340 pés quadrados para uma família de 4 pessoas. O projeto visa proporcionar uma sensação de familiaridade e continuidade dentro da forma arquetípica das coberturas do contexto, criando um equilíbrio paradoxal entre se misturar e se destacar. Escondido sob um telhado íngreme e desgastado de terracota, o projeto explora a noção de ocupar espacialmente a parte inferior do telhado, semelhante a um sótão.




A forma simples do projeto é uma composição de três figuras monolíticas escuras, um volume baixo revestido de tijolos, um pesado telhado revestido de pedra triangular e grandes sótãos retangulares. O telhado pesado paira assimetricamente sobre o primeiro andar, projetando-se sobre o estacionamento e o pátio lateral, produzindo uma dinâmica inquietante entre os volumes simples.





Semelhantes em tamanho e materialidade, os sótãos assumem posturas diametralmente opostas no projeto, com um ancorando a fachada oeste ao encontrar o solo, enquanto o sótão leste está inexplicavelmente em balanço e paira acima da garagem.


A atmosfera material é um casamento entre o covil do vilão e um refúgio leve e arejado (este foi um casamento literal dos objetivos dos parceiros). A paleta contida consiste em nogueira escura de serra comum, travertino pesado não preenchido, concreto e paredes de cal texturizada escura que se juxtapõem fortemente contra paredes de cal clara e iluminada de dupla altura, pisos de carvalho branco com nós de tábuas largas e cortinas e tecidos de linho macio. A sequência de transição de uma experiência espacial cavernosa e comprimida para seu inverso é narrada à medida que se move pela casa.

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