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Economia

Prévia mostra inflação em desaceleração em maio

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A prévia da inflação oficial no País desacelerou em maio. Se por um lado houve pressão dos aumentos na conta de luz e nos medicamentos, por outro passagens aéreas e alimentos deram trégua ao orçamento das famílias. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) passou de uma alta de 0,43%, em abril, para uma elevação de 0,36% neste mês, menor resultado para esse período do ano desde 2020, informou nesta terça-feira, 27, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou próximo às estimativas mais otimistas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam um avanço entre 0,35% e 0,53%, com mediana de 0,44%. Com o resultado de maio, o IPCA-15 arrefeceu a um aumento acumulado de 5,4% em 12 meses, após uma sequência de três meses de aceleração.

Mesmo com a desaceleração, o índice está longe da meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC), cujo teto é de 4,5%.

O recuo de 11,18% no custo das passagens aéreas em maio deu a principal contribuição para deter a prévia da inflação do País no mês de maio. O subitem impactou em -0,07 ponto porcentual na taxa de 0,36% registrada pelo IPCA-15. O ônibus urbano recuou 1,24%, enquanto os combustíveis subiram 0,11%. Houve altas nos preços do etanol (0,54%) e da gasolina (0,14%), mas quedas nos do óleo diesel (-1,53%) e gás veicular (-0,96%).

O gasto das famílias brasileiras com alimentação e bebidas subiu em maio pelo nono mês consecutivo, mas as quedas nos preços de itens importantes na cesta de consumo, como o tomate (-7,28%), arroz (-4,31%) e frutas (-1,64%), ajudaram a deter a inflação no mês. A alimentação no domicílio ainda avançou 0,30% em maio, puxada pelos aumentos na batata-inglesa (21,75%), cebola (6,14%) e café moído (4,82%). Já a alimentação fora de casa subiu 0,63% – com refeição fora de casa em alta de 0,49%, e o lanche, de 0,84%.

A energia elétrica residencial subiu 1,68% em maio, item de maior pressão individual sobre o IPCA-15 do mês, uma contribuição de 0,06 ponto porcentual, como consequência da entrada em vigor da bandeira tarifária amarela, com a cobrança adicional de R$ 1,885 a cada 100 kw/h consumidos nas contas de luz.

Já as despesas com saúde e cuidados pessoais tiveram uma elevação de 0,91% em maio, sob pressão dos aumentos nos produtos farmacêuticos, avanço de 1,93%, em decorrência da autorização de reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos (que começou a valer em 31 de março). A alta no grupo foi influenciada também pelo aumento de 0,57% no plano de saúde

Cenário

Para o economista João Fernandes, da gestora de investimentos Quantitas, entre as boas notícias houve melhora na parte qualitativa do índice. “A inflação de serviços tem gradualmente desacelerado, há uma suavização”, afirmou Fernandes, que, porém, não vê muito espaço para que esse movimento ganhe mais tração à frente. “A tendência de desaceleração não deve ser tão duradoura. Os fundamentos que balizam a inflação de serviços, que são salário e emprego, continuam muito fortes.”

Segundo o economista Leonardo Costa, da gestora ASA, houve surpresas importantes tanto na inflação de serviços quanto na de bens. Em termos de política monetária, a desaceleração do IPCA-15 pode ser interpretada como um movimento em direção à meta de inflação, além de uma “surpresa bem-vinda” em um período de fim de ciclo de aumento de juros, disse Costa.

“Podemos dizer que o IPCA-15 deste mês veio com uma leitura qualitativa um pouco melhor. A gente acha que isso não deve ter grandes implicações para o Banco Central. Mas o ajuda no curto prazo, obviamente, com uma inflação mais comportada e a ter mais conforto para o encerramento do ciclo (dos juros)”, corroborou Rafael Cardoso, economista-chefe do Banco Daycoval.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Fonte: Notícias ao Minuto

Economia

Tarifaço de Trump trava exportação de móveis e madeira do Brasil

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Indústrias de móveis e madeira do Brasil aumentam a lista de setores que começam a sentir os impactos do tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na semana passada.

Conforme empresários, exportações desses produtos para o mercado americano já estão paralisadas em meio a incertezas sobre a medida.

Trump promete sobretaxar os produtos brasileiros em 50% a partir do início de agosto, o que poderia inviabilizar os embarques de diferentes mercadorias do Brasil nos próximos meses.

Além de móveis e madeira, setores de carne bovina, manga e pescados também já relataram suspensão de exportações.

“O momento é bastante desesperador, não só no setor moveleiro. Isso nos pegou de surpresa”, diz Euclides Longhi, presidente da Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul).

Ele é sócio-diretor da empresa Multimóveis em Bento Gonçalves, na serra gaúcha (a 120 km de Porto Alegre), e afirma que teve exportações suspensas para Porto Rico, território dos Estados Unidos.

“No primeiro momento, o cliente ligou e pediu para suspender os pedidos. Colegas que exportam bastante para os Estados Unidos também estão desesperados, porque tu não sabes o que vai acontecer”, acrescenta.

O Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores de móveis do Brasil. Segundo Longhi, em torno de 16% das exportações do estado vão para o mercado americano. Os Estados Unidos são o principal destino.

“Os importadores estão pedindo para segurar os embarques para ver se a tarifa será efetivada. Ainda não se tem 100% de certeza”, afirma Cleberton Ferri, diretor internacional do Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do Mobiliário) Bento Gonçalves.

No polo do município gaúcho, que reúne em torno de 300 empresas, cerca de 10% da produção é destinada a exportações, diz Ferri. De acordo com ele, os Estados Unidos absorveram 17% dos embarques no primeiro semestre.

O diretor afirma que a maior preocupação é com o que pode acontecer caso a sobretaxa de 50% seja mantida a partir de agosto. “Vai travar 100% dos negócios [para os EUA], não tenho dúvida disso.”

Na avaliação de Ferri, o setor não teria como encontrar parceiros comerciais substitutos de forma imediata. “Não tem mercado consumidor como o americano. A Argentina, por exemplo, é boa parceira, mas não tem o tamanho dos Estados Unidos.”

Empresários defendem a prorrogação do prazo para a entrada em vigor do tarifaço, além de negociações diplomáticas para tentar barrar a sobretaxa de 50%.

Em nota, a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) disse que a “dinâmica das exportações” do setor já está sendo afetada, principalmente em estados do Sul e do Sudeste.

Na semana passada, a associação manifestou “profunda preocupação” com a decisão americana.

“Os Estados Unidos são historicamente o principal destino das exportações brasileiras de móveis e colchões. Em 2024, o país respondeu por 27,6% do total exportado pelo setor, o que confirma sua relevância estratégica para a indústria nacional”, disse.

EMPRESAS PREVEEM PARALISAR OPERAÇÕES, DIZ LÍDER NO RS

Outro atividade da indústria que já sente os reflexos do anúncio de Trump é a madeireira. Segundo Leonardo De Zorzi, presidente do Sindimadeira-RS, que representa o setor no Rio Grande do Sul, empresas estão programando paralisações na produção por alguns dias ou dar férias coletivas.

“O mercado americano é o mais importante da madeira brasileira”, afirma De Zorzi, acrescentando que os Estados Unidos absorvem 34% dos produtos de madeira serrada da espécie pinus e 32% das chapas de compensado do Brasil.

Conforme o empresário, que também é diretor da Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul), as mercadorias exportadas para o parceiro comercial têm usos variados. As madeiras são utilizadas, por exemplo, na construção de casas e cercas residenciais, em pallets e na produção de embalagens nos Estados Unidos.

Uma sobretaxa de 50% inviabilizaria as exportações, e as empresas não encontrariam mercados substitutos de forma rápida, afirma De Zorzi. “Cada mercado tem sua particularidade, seu produto, sua forma de operar.”



Fonte: Notícias ao Minuto

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Representante dos Estados Unidos procura líder do governo Lula no Congresso após tarifaço

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O chefe da embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Scobar, se reuniu nesta quarta-feira (15) com o líder do governo Lula (PT) no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), diante da decisão do presidente americano, Donald Trump, de sobretaxar em 50% os produtos brasileiros.

Randolfe disse que o encarregado americano mencionou a atuação de um deputado brasileiro nos Estados Unidos, sem citar nominalmente o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Ele reportou a atuação de um deputado brasileiro lá [nos Estados Unidos]. Obviamente me parece que, diante da atuação de um deputado brasileiro, ele queria ouvir a opinião do Parlamento brasileiro”, afirmou o senador a jornalistas após a reunião.

O líder do governo Lula disse que a posição de Eduardo Bolsonaro não reflete a do Congresso e se propôs a mediar um encontro entre ele e os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) -o que será feito.

Scobar deixou o Congresso Nacional sem responder a perguntas. Randolfe, por sua vez, disse que foi procurado pelo estadunidense nesta terça (14) e consultou o Itamaraty sobre a agenda.

Scobar esteve ao menos duas vezes com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), desde o anúncio de Trump: primeiro na sexta-feira (11) e depois nesta terça, em encontro fechado com empresários, na capital paulista.

O representante dos Estados Unidos no Brasil foi convocado pelo Ministério das Relações Exteriores na quarta-feira da semana passada (9) para, inicialmente, explicar declarações de Trump sobre o Brasil e, depois, a carta sobre o tarifaço.

Randolfe acrescentou que o governo brasileiro repudia qualquer interferência em assuntos internos, foi vítima de uma tentativa de golpe de Estado e está disposto a dialogar sobre a relação comercial com os Estados Unidos. Segundo ele, Scobar afirmou que também vai buscar canais de diálogo.



Fonte: Notícias ao Minuto

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Economia

É inacreditável presidente dos EUA preocupado com 25 de Março e Pix, diz Rui Costa

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticou a iniciativa do governo dos Estados Unidos de abrir uma investigação comercial contra o Brasil, afirmando ser “inacreditável” o presidente Donald Trump estar preocupado com a 25 de março e o Pix.

A apuração, a cargo do USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA), vai avaliar práticas do país em áreas como comércio eletrônico e tecnologia, taxas de importação e desmatamento, segundo comunicado divulgado nesta terça-feira (15).

O documento cita a rua 25 de Março, tradicional polo de comércio popular no centro de São Paulo, para criticar as supostas falhas na proteção e aplicação adequada e efetiva dos direitos de propriedade intelectual, além de tratar o Pix como uma possível prática desleal do país em relação a serviços de pagamentos eletrônicos.

Em sua fala durante cerimônia no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (16), o ministro da Casa Civil disse que o Brasil vive um momento de “intromissão absolutamente indevida”, referindo-se à crise das tarifas impostas pelo governo Trump.

“Não dá para imaginar um cenário onde um presidente de uma das duas maiores potências do mundo está preocupado com a 25 de março e coloca isso num documento internacional. Está preocupado com o meio de pagamento que o país adota e é abraçado por todos, pela população, pelas empresas, pelo sistema financeiro, que é o Pix. É inacreditável algo dessa natureza”, disse Rui.

Segundo o ministro, a resposta do Brasil será feita com “serenidade, muito diálogo, muita firmeza, altivez e união de seu povo”. Ele também afirmou que o momento exige união e que, “independentemente de partido político”, é necessário construir um país “que os brasileiros merecem e são os brasileiros que vão definir o seu destino”.

“Nenhuma outra nação, nenhum outro líder mundial pode escolher seja a atividade que vai se dar na rua 25 de março, seja nos meios de pagamento ou qualquer outra coisa que queira se intrometer que seja absolutamente de definição do Brasil”, afirmou Rui Costa.



Fonte: Notícias ao Minuto

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