Arquitetura
Reconstrução dos Pavilhões Křižík / Výstaviště Praha


- Área:
7575 m²
Ano:
2024
Fabricantes: Accoya, Assa Abloy, BASF, Carl Stahl, DoorHan, FLOS, Forbo, Godelmann, HUECK, Helvar, ITTEC, JUB, Jotun, Pedrali, REHAU, RIGIPS, Rako, Schäfer, Schüco, Somfy, +3 -3

Descrição enviada pela equipe de projeto. Os Pavilhões Křižík, construídos em 1991 de acordo com um projeto do arquiteto Michal Brix, foram erguidos por ocasião do centenário da Exposição Provincial do Jubileu (1891). Juntamente com a Fonte Křižík, eles formam uma parte importante do primeiro plano norte do palácio industrial e destacam o eixo composicional de todo o complexo. Os pavilhões aproveitam o terreno inclinado e colocam o Palácio Industrial como um forte motivo de fundo. Originalmente destinados a serem estruturas temporárias para a Exposição Geral da Checoslováquia de 1991, têm sido utilizados até os dias atuais.




Após mais de trinta anos de uso intensivo, os pavilhões não atendem mais aos requisitos atuais para os espaços de exposição. O objetivo da revitalização foi, portanto, não apenas modernizar os edifícios tecnicamente, mas também conferir-lhes uma nova funcionalidade que abrangesse uma ampla gama de usos, desde exposições e feiras até concertos e gravações para televisão.

O interior dos pavilhões passou por uma transformação significativa, recebendo um acabamento em tinta preta fosca, permitindo que os itens em exibição se destacassem. As instalações técnicas e sanitárias são projetadas em tons claros para melhorar a orientação. As estruturas de concreto no interior foram mantidas em sua forma bruta e, juntamente com elementos de aço inoxidável, como corrimãos, guarda-corpos e mobiliário, reforçam o caráter industrial do espaço e os princípios de design do edifício.

Um dos elementos-chave da revitalização é a cobertura, que ganhou um caráter completamente novo. Áreas de concreto negligenciadas foram transformadas em espaços verdes ativos acessíveis ao público. Este conceito de telhado verde responde à atual necessidade de intervenções urbanas sustentáveis que reduzem o efeito de ilhas de calor e melhoram o escoamento das águas pluviais. Ao mesmo tempo, estamos criando um espaço com uma função diversificada, permitindo uso durante todo o ano. Além de descanso e relaxamento no espaço verde, queremos possibilitar refeições simples, bem como atividades esportivas e sociais. A cobertura agora abriga uma cafeteria, uma pista de corrida e elementos de lazer que transformam o espaço em um local multifuncional.


Originalmente, toda a superfície da cobertura era composta por pavimentação de concreto escuro, que absorvia uma enorme quantidade de calor durante o dia, criando um efeito de “ilha de calor”, elevando a temperatura da área circundante em 1–3 °C (à noite, poderia chegar a até 10 °C). A área total de concreto foi reduzida em cerca de 5000 m2.
A vegetação densa implantada no telhado atua como um moderador natural do microclima, desacelerando o fluxo do ar e a dispersão de poeira, o que resulta em um ambiente local significativamente mais agradável. Além de oxigenar o ar, a cobertura vegetal contribui para o aumento da umidade relativa, elevando a qualidade atmosférica da área. A nova camada de serviços — que combina um telhado verde intensivo com superfícies de circulação — permite reter aproximadamente 1.000 m3 de água da chuva por ano, reduzindo consideravelmente o volume lançado na rede de esgoto. Essa água permanece armazenada durante os períodos chuvosos, sendo posteriormente absorvida pelas plantas ou devolvida ao ambiente por evaporação.


A revitalização dos Pavilhões Křižík, portanto, representa uma combinação de história e arquitetura que responde às necessidades atuais do espaço urbano e oferece um uso multifuncional de alta qualidade no coração de Praga.

Fonte: Archdaily
Arquitetura
Casa Soul / Idem | ArchDaily Brasil


- Área:
72 m²
Fabricantes: FV

Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa Soul é um refúgio situado no coração do Vale de Mindo, Equador, fundamentada nas condições atmosféricas e materiais do entorno, assim como no mundo simbólico que seus habitantes construíram para narrar suas vidas. A geometria é utilizada para organizar cada elemento, tanto no interior quanto no exterior, propondo um microcosmos articulado como um interior opaco, velado em relação ao exterior. Simétrica em ambos os eixos, a casa propõe uma dualidade entre corpo e atmosfera, matéria e ânimo.

Ela incorpora simultaneamente uma lógica simbólica e material. Em seu núcleo, um vazio transversal abre a casa para a paisagem, ancorado por um volume luminoso localizado no centro geométrico. Esta claraboia transparente captura o céu em mudança e se torna uma testemunha silenciosa de seu movimento, no momento em que a casa se retrai e se isola do mundo.

A casa se organiza em torno da ideia de permitir dois ambientes completamente independentes. Um sistema de painéis deslizantes centrais permite dividir o interior em dois volumes desconectados, oferecendo a seus habitantes a possibilidade de se resguardar em uma ou outra seção desta grande habitação. Essa flexibilidade espacial responde à necessidade de intimidade dentro de uma domesticidade compartilhada. Ao mesmo tempo, a casa busca minimizar seu impacto sobre o lugar. Para isso, foi projetado um sistema de coleta de águas pluviais destinado à irrigação dos jardins adjacentes, complementado por um tratamento de águas cinzas e negras que, através de espécies vegetais e bactérias, devolve a água à terra com o menor grau de intervenção possível.


O sistema construtivo surge de duas linhagens: as estruturas de madeira rudimentares encontradas no local e as casas pré-fabricadas de Jean Prouvé. Estas referências guiaram a adoção de um sistema repetitivo de pilares e vigas, resistente a forças laterais e simples de montar.

No centro se ergue uma coluna solitária, cuja fragilidade é acentuada pela claraboia que a coroa, um gesto que remete à concepção de Kazuo Shinohara, para quem os elementos estruturais são dispositivos de estabilidade e, ao mesmo tempo, de singularidade poética. A luz e a gravidade se comportam como uma só no coração desta habitação. A claraboia libera a coluna central de seus deveres estruturais, permitindo-lhe existir como símbolo mais do que como suporte. Assim, sinaliza o centro preciso de uma paisagem que não se encontra mais, mas que se cria: um horizonte interior emoldurado pela própria casa.

O emaranhado estrutural foi realizado por artesãos locais, que desenvolveram o projeto por meio de maquetes de cada uma das junções presentes na casa. O confronto entre o design proposto e as contingências da construção — limitações orçamentárias, condições imprevistas — deu origem a uma complexidade de detalhes que enriqueceu amplamente a proposta original.


Fonte: Archdaily
Arquitetura
Renovação do MD Anderson Hall – Rice University School of Architecture / Kwong Von Glinow


- Área:
3775 m²
Ano:
2024
Fabricantes: Ardex, DIRTT Modular Wall System, Kawneer

Descrição enviada pela equipe de projeto. Projetar a partir da descoberta: três novos espaços no MD Anderson Hall — A Rice University School of Architecture encomendou ao escritório Kwong Von Glinow o projeto de três novos espaços dentro do MD Anderson Hall: um Centro de Boas-Vindas, um Fórum para Estudantes e Comunidade, e um Lounge para Docentes e Funcionários. Esses novos ambientes estão localizados ao longo do eixo central da escola. O processo de projeto começou com uma investigação aprofundada da história do edifício original, projetado em 1947 por Staub and Rather, e da ampliação de 1981, realizada por James Stirling e Michael Wilford. Um dos textos de referência mencionava uma observação de Philip Johnson sobre a ampliação de Stirling: “Vim ver o prédio do Jim, mas não consegui encontrá-lo.” (Cite Fall 1992 – Winter 1993). Essa ideia de “descoberta” ou “encontro” do espaço tornou-se central para nossa abordagem de projeto.




O conceito de “descobrir” — no sentido de se deparar ou encontrar algo — revelou-se essencial para este projeto de renovação, especialmente considerando o legado arquitetônico de Stirling e Wilford. Os três espaços que projetamos ficam adjacentes à Farish Gallery, o principal espaço público da escola. Essa galeria possui uma parede diagonal marcante que conforma o ambiente em um trapézio, onde uma coluna e uma viga do edifício original de 1947 aparecem salientes da parede angulada da ampliação de 1981. Nossa análise das plantas originais revelou que essa sala trapezoidal e a exposição da estrutura foram escolhas deliberadas de James Stirling, marcando o ponto de transição entre o edifício original e a ampliação posterior. Nossa abordagem para a renovação e reprogramação dos três espaços foi a de revelar e valorizar esse contexto histórico e arquitetônico, reconhecendo e intensificando as especificidades da intervenção.

O Centro de Boas-Vindas, localizado no canto sudeste do MD Anderson Hall, é definido por quatro elementos principais: uma fachada envidraçada voltada para o pátio, uma coluna estrutural revestida de espelhos, divisórias curvas de vidro formando quatro escritórios, e uma recepção monolítica. A antiga parede opaca de tijolos na fachada sul foi substituída por dois grandes painéis de vidro, criando uma experiência visual mais acolhedora e conectada para quem chega pelo pátio. No interior, duas paredes curvas de vidro formam a fachada interna dos quatro escritórios, convidando os visitantes a entrarem e facilitando o contato com a equipe. A coluna espelhada faz referência à fachada oeste emblemática da ampliação de Stirling e Wilford, ao mesmo tempo em que reflete o entorno e amplia a percepção espacial. O novo Fórum para Estudantes e Comunidade, diretamente acima do Centro de Boas-Vindas, estabelece uma conexão entre o MD Anderson Hall e o novo Cannady Hall. Uma rampa acessível e escadas acomodam a diferença de nível entre os dois edifícios. Dois níveis de assentos circulares embutidos criam um espaço central para encontros informais entre os alunos, enquanto elementos como pilares salientes e padrões em madeira fazem referência à parede diagonal de Stirling e Wilford, oferecendo cantos mais íntimos dentro da área multifuncional maior.



O Lounge para Docentes e Funcionários redefine a antiga área de recepção da Reitoria. Um balcão monolítico feito em Corian remete ao projeto original de Stirling e Wilford, espelhando sua forma e posição no ambiente. Um volume em forma de “cunha”, com três lados, separa as áreas públicas e privadas do lounge, criando zonas distintas para recepção, copa, estar e banheiro acessível. A face oeste da “Cunha” é inclinada de modo a permitir a entrada de luz em uma área posterior originalmente sem janelas. Em todos os três espaços, optamos por formas que dialogam com o edifício original, criando momentos espaciais únicos sem depender exclusivamente de paredes para definir os ambientes.

Arquitetura
Edifício Industrial Porminho / TRAMA arquitetos



Descrição enviada pela equipe de projeto. Desenvolver um projeto industrial é um desafio bastante exigente, especialmente no que diz respeito à sua integração com o território urbano e a relação que mantém com a sua envolvente próxima.

Neste caso em particular, por se tratar de uma ampliação num terreno em “forma de vale”, com o atravessamento de uma linha de água, em que a nova edificação ficaria desligada da edificação existente, um dos maiores desafios foi estabelecer um novo programa, que garantisse a sua ligação e que compreendesse a deslocação de toda a área de administração existente para a nova unidade.


No decorrer do processo foram realizadas inúmeras reuniões de trabalho com o cliente e as equipas de engenharia envolvidas, tendo sido fundamental a coordenação das mesmas para alcançar os objetivos estabelecidos.

A nave industrial foi projetada de modo a cumprir com todas as necessidades exigidas pelo cliente, nomeadamente a ligação com a unidade industrial existente. Para se ultrapassar a questão da topografia do terreno e a linha de água, a solução passou pela criação de uma “ponte” entre a edificação existente e a nova edificação.

Um dos principais objetivos do projeto foi destacar o volume destinado à área de administração em relação à nave industrial, de forma a estabelecer uma hierarquia funcional e adequar a escala entre os dois volumes.

No que diz respeito à forma e à materialidade, no volume destinado à área de administração, optou-se por criar um embasamento em granito amarelo, elegendo-se o painel compósito de cor preta no volume superior. Esta materialidade fez com que o volume se destacasse da nave industrial, salvaguardando o seu enquadramento com a envolvente.

Fonte: Archdaily
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