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9 peças de decoração com foco na responsabilidade ambiental

9 peças de decoração com foco na responsabilidade ambiental




Feitas a partir de alternativas conscientes, os móveis e objetos abaixo apontam caminhos para produções de design que não prejudiquem a natureza e seus recursos Os designers e as empresas empenhados no desenvolvimento dos artigos a seguir não economizam esforços na experimentação de novos materiais e técnicas. A meta? produzir itens para a casa que minimizem os impactos causados ao meio ambiente.
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1. Poltrona Pacatuba – Casa de Marimbondo

Bruna Noveli
Enaltecer uma tradição que se perpetua entre os habitantes de uma região está entre as prerrogativas de uma produção que preze pela sustentabilidade social. É com esse intuito que a multiartista Naná Oliveira e a arquiteta Giovanna Arruda, da Casa de Marimbondo, unem-se a mulheres da comunidade do Tigre, em Sergipe, para a realização da poltrona Pacatuba. Representação da prosperidade que o meio ambiente oferece às famílias daquele território, o assento remete ao puçá, apetrecho usado na pesca de mariscos, e é executado com trançado de palha da taboa, item primordial nos trabalhos manuais da localidade.
2. Chaise Antã – Atelier Hugo França

Tomás Vianna
Canoas que já serviram como instrumentos de trabalho para pescadores na Bahia ganham novo sentido ao se tornarem as protagonistas de um conjunto de chaises desenhado por Hugo França. Produzidas pelos indígenas do povo pataxó com pequi-vinagreiro, árvore típica da Mata Atlântica, as embarcações convertem-se em assentos que, na década de 1990, chegaram a estrelar uma exposição em São Paulo. No fim do ano passado, o designer lançou o modelo Antã (acima), com madeira oiticica reaproveitada, primeira da linha a manter a pintura original.
3. Tapeçaria Harmonia 1 BKV – Vera Lucia Domschke para a By Kamy Verde

Divulgação
Há algumas gerações a família da arquiteta Vera Lucia Domschke convive com atividades relacionadas ao universo da equitação. A partir dessa bagagem, ela criou a tapeçaria Harmonia 1 BKV, desenhada para a By Kamy Verde. A composição utiliza sobras de tapetes com mix de grafismos e cores para representar a figura de um majestoso cavalo em movimento durante a montaria.
4. Revestimento Fita – Portobello

Divulgação
Ao lançar o revestimento Fita, a Portobello amplia sua linha de produtos feitos da casca da concha do sururu, resíduo gerado após a pesca do molusco, considerado Patrimônio Imaterial de Alagoas. Os relevos elaborados com o biomaterial adicionam contraste à superfície lisa de concreto e aceitam múltiplos arranjos (acima). Inspirados no princípio das janelas em fita da arquitetura modernista de Le Corbusier (1887-1965), os desenhos fazem alusão às aberturas contínuas em fachadas de edificações cujo intuito era melhorar a entrada de luz natural e favorecer as vistas panorâmicas.
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5. Cadeira LT – Assimply Studio

Pedro Barcellos
Acomodar-se sobre uma pilha de lixo pode não parecer atraente. Se o assento em questão for a cadeira LT, idealizada por Victor Xavier e Søren Hallberg, do Assimply Studio, porém, a coisa muda de figura. Nas mãos da dupla, madeira, vidro, pedra, papel e plástico descartados se transformam em uma “lixoteca”, espécie de biblioteca de detritos, que, em seguida, dá corpo a itens de mobiliário. Esta, em específico, é uma versão especial, apresentada em abril no Salone Satellite, em Milão (graças à iniciativa Brasil Design Talents), composta ainda por restos de madeira roxinho, obtidos com um coletivo de marceneiros, e granito Azul Bahia, encontrado em uma caçamba no Rio de Janeiro.
6. Banco Jegue – F.studio

Radha Damasceno
Memórias da infância vivida entre os estados da Bahia e de Minas Gerais guiam o novo trabalho dos arquitetos Fernando Fernandes e Flavia Araujo, do F.studio. Batizada Sertão.Bauhaus, a coleção de mobiliário conecta cenas das paisagens áridas resgatadas em fotografias familiares a elementos da escola de arte alemã do séc. 20, presentes em outras criações do escritório. Comprar doces na mercearia, colher jabuticabas e montar em jegues – lembrança que resultou no banco acima feito com madeiras reutilizadas – são algumas das recordações que se materializam de maneira lúdica na empreitada.
7. Blocos Continente – Estero Design
Os blocos Continente podem ser usados em conjunto
Divulgação
Em um dos volumes da trilogia O Tempo e o Vento, o escritor Erico Verissimo (1905-1975) cita a passagem bíblica de Eclesiastes que diz: “Uma geração vai e outra geração vem, mas a terra para sempre permanece”. O trecho do autor gaúcho está entre as reflexões que conduziram a coleção de blocos Continente (acima), assinada pelas irmãs Laura e Luana Rauber Albé, à frente do Estero Design. A dupla criou o estúdio no ano passado ao buscar dar novo valor às árvores plantadas pela família desde a década de 1940, no Rio Grande do Sul. Usando pínus de reflorestamento, elas exaltam os sinais aparentes nos veios e rachaduras, abraçando os atributos que tornam cada peça autêntica.
Blocos Origem
Divulgação
Este intuito de contemplar a beleza presente nas imperfeições da natureza também aparece no bloco Origem (acima), primeira peça lançada pela marca, desenhada pela arquiteta Greisse Panazzolo.
8 e 9. Mesa Tijuco e painel Taipa – Domingos Tótora

Domingos Tótora
Referências do entorno do designer Domingos Tótora caracterizam um dos seus mais recentes lançamentos, a mesa Tijuco. O nome vem de um bairro de sua cidade natal, Maria da Fé, MG. Já a terra com tonalidade escura, encontrada em uma área específica do município, serviu como ponto de partida para a massa de papel reciclado, moldada à mão, que dá forma ao móvel.
Ao fundo, o painel Taipa, na mesma coloração, completa a composição.



Fonte: casa Vogue

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