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Ministra Sônia Guajajara informa que mais de 30 mil indígenas foram atingidos pelas enchentes no RS

Ministra Sônia Guajajara informa que mais de 30 mil indígenas foram atingidos pelas enchentes no RS



A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, informou neste sábado (11), durante coletiva à imprensa, que das 214 comunidades indígenas no Estado, 110 foram diretamente afetadas pelas enchentes, somando 9 mil famílias desabrigadas. O número representa um total de 30 mil indígenas atingidos pela tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul. “Dentre as ações do governo federal para contribuir nos esforços destinados à ajudar as vítimas dessas comunidades, estão previstas 9 mil cestas básicas, que serão entregues quinzenalmente, a partir da semana que vem”, afirmou.
De acordo com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que participou do encontro, ao lado de Sônia e do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do Brasil, Paulo Pimenta, as enchentes afetaram 446 municípios, de onde foram resgatadas 74 mil pessoas e 10.300 animais. 
A tragédia afetou 1.952.602 de gaúchos; sendo que 756 ficaram feridos e outros 125 estão desaparecidos. Ao todo, 136 pessoas morreram, em decorrência dos alagamentos, enquanto 339.928 estão desalojadas. Dentre as que conseguiram vagas em abrigos, o número já chega a 71.398. 

De acordo com Góes, apesar dos esforços em resgatar pessoas, a maioria dos municípios ainda não solicitou nenhum tipo de recurso do governo federal. Segundo o ministro, até este sábado, apenas 69 das 441 cidades gaúchas em situação de calamidade pública solicitaram verba emergencial da pasta.”Aprovamos sumariamente e liberamos os recursos, para dar velocidade na reconstrução dessas cidades, ainda que tenha como condicionante um plano de trabalho”, destacou o ministro. “Flexibilizamos uma portaria para acelerar o repasse de recursos destinados a ajuda humanitária a cidades do Rio Grande do Sul.”

A regra anterior condicionava a liberação de recursos à aprovação de um plano de trabalho. Com a mudança, será possível que (mesmo sem a aprovação do plano de trabalho) com o envio de um simples ofício ao Ministério, junto ao decreto de calamidade assinado pelo governo do Estado, seja possível adiantar em R$ 200 mil para municípios de até 50 mil habitantes, R$ 300 mil para municípios com até 100 mil habitantes e R$ 500 mil para cidades com mais de 100 mil habitantes.

Ainda de acordo com o ministro, a Defesa Civil está com três bases para suporte aos municípios: em Porto Alegre, Lageado e Santa Maria. Ele também anunciou que o governo já beneficou 1.697 residências no Vale do Taquari (onde a água já baixou) com o programa Minha Casa Minha Vida Calamidades, voltado à construção ou melhoria de unidades habitacionais atingidas pelas enchentes.

Conforme Pimenta, em vista do mau tempo, o governo elencou 44 pontos de alerta de risco de desabamento de encostas em regiões de rodovias federais no Rio Grande do Sul, principalmente na Serra Gaúcha. “São áreas onde a proteção vegetal – onde já existia fruto de intervenção – acabou sendo levada pelo delizamento. Estudos técnicos indicam que, com o grau de enxarque que se encontra a terra, seria necessário apenas 60 mml para ocorrer novos desabamentos nas regiões de estradas.” 



Fonte: Jornal do Comércio

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