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O presidente Lula (PT) e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, apresentaram nesta quarta-feira 5 um balanço das ações na área ambiental e anunciaram novas medidas de prevenção e combate ao desmatamento. O petista também criticou os “negacionistas” econômicos e projetou um crescimento do Produto Interno Bruto em 2024 acima das expectativas.
A cerimônia sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente ocorreu no Palácio do Planalto. Na ocasião, Lula reagiu a editoriais de veículos de imprensa sobre a economia brasileira.
“Quem escreve editoriais errou mais uma vez e quem faz a primeira capa errou mais uma vez”, afirmou o presidente. “Alguns comentaristas têm errado também, porque surpreendentemente o PIB cresceu mais do que alguns negacionistas têm divulgado pela imprensa. E vai crescer ainda mais.”
O PIB avançou 0,8% no primeiro trimestre de 2024 em relação aos três últimos meses do ano passado. O conjunto das projeções do “mercado” coletadas pela agência Bloomberg apontava para um crescimento de 0,7%.
Em seu discurso no evento desta quarta, Marina exaltou a retomada do orçamento para o meio ambiente, os resultados no combate ao desmatamento, a captação de investimentos e a recomposição dos quadros de servidores.
Atualmente há 700 fiscais ambientais, número muito aquém do necessário, enfatizou a ministra. De antemão, serão trazidos da reserva 515 servidores que já haviam sido aprovados em concursos, além da autorização de um novo certame para preencher 460 vagas: 260 no Ibama, 180 no ICMBio e 20 no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
A ministra também anunciou 14 novos decretos a contemplarem, entre outros pontos, a criação da Estratégia Nacional de Bioeconomia e do Programa Nacional de Conservação e Uso Sustentável dos Manguezais, além de um pacto para a prevenção de incêndios na Amazônia e no Pantanal.
Lula, por sua vez, reforçou a necessidade de desenvolver o turismo no Pantanal e na Amazônia. “O jovem hoje passa por cima de Amazônia para chegar à Disney, mas não conhece as belezas do Brasil.”
Ele também repetiu que “a floresta vale mais em pé do que derrubada”.
“Tem muita gente que fica com raiva quanto criamos unidades de preservação. Tem gente que acha que era preciso passar uma motosserra e acabar com a floresta para plantar qualquer coisa. Mas hoje está claro que manter a floresta em pé e bem cuidada é tão rentável quanto qualquer outro investimento. É apenas uma questão de compreensão e opção.”
