O presidente Lula (PT) inaugura, nesta sexta-feira 13, o Complexo de Energias Boaventura da Petrobras. Ele estará ao lado da presidenta da petroleira, Magda Chambriard, em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
A cerimônia marcará a abertura de uma das estruturas do complexo, referente ao processamento de gás.
Segundo a Petrobras, o polo industrial contará com a maior unidade de processamento de gás natural do País, que receberá gás do pré-sal da Bacia de Santos.
A ideia é que a unidade possa servir como uma espécie de “refinaria”, com o insumo proveniente do gasoduto Rota 3.
A unidade ocupará a área do antigo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj, um dos símbolos da Lava Jato.
O Comperj foi concebido em 2006, durante o primeiro mandato de Lula. A ideia inicial era que se tornasse um complexo de gás natural, petróleo e petroquímica. À época, o custo seria de 6 bilhões de dólares.
Depois de diversas mudanças no projeto original, o custo atingiu a casa dos 26 bilhões de dólares. Apesar das mudanças, a obra nunca saiu integralmente do papel.
Agora, segundo a Petrobras, a área também será usada para a construção de duas usinas termelétricas. Quando todas as obras estiverem concluídas, o complexo deverá produzir 12 mil barris de óleos lubrificantes por dia.
Além disso, a estatal espera produzir 75 mil barris diários de diesel S-10, bem como 20 mil barris de querosene de aviação por dia.
Em 19 de junho, na cerimônia de posse de Magda Chambriard, Lula afirmou que a Lava Jato usou o discurso anticorrupção para “destruir” a Petrobras.
“A farsa que sustentou a Lava Jato foi desmontada e aqui estamos de volta para reconstruir a Petrobras e o Brasil. Para reafirmar o papel da Petrobras no crescimento do país e nossa soberania”, afirmou o petista, na ocasião. “Se o objetivo fosse combater a corrupção, que se se punissem os corruptos, deixando intacto o patrimônio do nosso povo. Mas eles quiseram vender o nosso patrimônio”.