No único debate presidencial de 2024 entre Kamala Harris e Donald Trump, na simbólica data de 11 de setembro, o ex-presidente deixou claro seu objetivo de preservar a hegemonia do dólar. Trump declarou que puniria os países que abandonassem a moeda estadunidense, ameaçando impor tarifas de 100% sobre as nações desertoras. Após sua eleição em 30 de novembro, voltou ao tema em suas redes sociais, exigindo que os países dos BRICS se comprometessem a não criar uma moeda alternativa, nem apoiar qualquer outra iniciativa que pudesse desafiar o papel central da moeda norte-americana na economia global.
A discussão sobre a criação de novos instrumentos para reduzir a dependência do dólar nas transações internacionais não é nova. Ao longo das décadas, a “morte” da moeda dos EUA foi anunciada inúmeras vezes, com potenciais substitutos, como o iene, o marco e o euro, surgindo apenas para, eventualmente, perderem força. Agora, o renminbi desponta como uma alternativa, impulsionado pela ascensão da China ao status de potência global. Após oito décadas de domínio incontestável, estaria a hegemonia do dólar finalmente sob ameaça?