A parceria entre a fabricante de leite Lactalis Brasil e o movimento Justiceiras pelo fim da violência contra a mulher será mantida. No último ano, a Lactalis estampou, em suas caixas de leite UHT, um QR Code que permitia acesso ao canal de denúncias criado pelo Justiceiras. Durante o período, mais de 365 milhões de caixas foram estampadas com o código. O número abrange os produtos das marcas Elegê, Batavo, Parmalat e Itambé, todas pertencentes à Lactalis.
A renovação da parceria pode fazer a diferença em 2024, tendo em vista o impacto positivo que a campanha teve nos últimos meses. Como resultado da ação, foram encaminhados 225 casos para as autoridades, sendo que 80,9% foram identificados com gravidade média ou alta. A expectativa é de que, com o relançamento da campanha, mais denúncias sejam feitas.
Orientada pela iniciativa Forte & Responsável, também de sua autoria, a Lactalis Brasil reforça o compromisso da empresa com o combate à violência contra a mulher. Visto que a relação entre a instituição e as pessoas da sociedade é tratada como um dos pilares da ação, a fabricante de produtos lácteos entende ser necessário atender demandas sociais de alto impacto.
“Identificamos que um dos graves problemas da sociedade brasileira é a violência contra a mulher. Por isso, resolvemos abraçar o trabalho do movimento Justiceiras, colocando na caixinha de leite um canal de denúncias democrático e forte. O Justiceiras traz a essência do que a Lactalis quer para o futuro: um país mais justo, com menos violência e mais liberdade”, conta Guilherme Portella, diretor de Comunicação, CSR e Assuntos Regulatórios da Lactalis Brasil.
O CANAL DE DENÚNCIAS
O primeiro passo para começar o processo de registro de uma denúncia é escanear o QR Code da caixa de leite e preencher um formulário online. Depois, ainda no ambiente virtual, a denunciante é direcionada a uma equipe composta por psicólogas, assistentes sociais, advogadas e outras pessoas vinculadas de forma voluntária ao movimento Justiceiras. O atendimento consiste em escutar o depoimento das vítimas e, caso elas queiram, fazer o encaminhamento formal de denúncias para as autoridades.
O recrutamento de voluntárias é feito por meio do site justiceiras.org.br. Logo na página inicial, existe a opção “Quero ser voluntária”. A interessada em contribuir com o projeto deve clicar neste botão e, em seguida, preencher um formulário. Pode ser uma psicóloga com o CRP ativo, uma assistente social ou ainda uma advogada com a OAB ativa.
“Como parte do processo de boas-vindas aos voluntários, nós explicamos como funciona o projeto. Fazemos congressos, eventos presenciais e outras ações justamente como forma de mobilização. O Justiceiras funciona como uma grande residência de todas as áreas”, explica a advogada e gestora do movimento Justiceiras Clicie Carvalho.
A assistente social vinculada ao projeto possibilita à vítima o acesso ao Centro de Referência, onde é identificada qualquer necessidade de auxílio do governo. Também é oferecido tratamento psiquiátrico ou psicológico. O trabalho das psicólogas, que envolve compreensão do contexto e da história de cada paciente, é importante para o fortalecimento das vítimas. “Não funciona como uma terapia continuada, mas para que essa mulher consiga entender pelo que está passando. Não é da noite para o dia que ela sai de um ciclo de violência ou supera um crime de estupro”, conta Carvalho.
As advogadas voluntárias são responsáveis pela orientação jurídica das mulheres. O projeto encaminha as denúncias para a Ouvidoria das Mulheres do Conselho Nacional do Ministério Público. Os promotores do órgão analisam as denúncias e decidem sobre a sua instauração. Todo este arcabouço amplia a rede de apoio às mulheres.
“A primeira etapa do projeto foi a implementação do canal de denúncias, que foi super importante. Agora, o objetivo é promover mais conscientização e educação, tanto dentro da empresa, quanto para as pessoas da sociedade”, explica a gestora Carvalho. O movimento Justiceiras disponibiliza uma cartilha criada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo chamada “Mulher, vire a página”. O material presta informações sobre as formas de violência contra a mulher e também orienta em relação aos serviços que compõem a rede de atendimento.
O canal está disponível sete dias por semana, 24 horas por dia. Segundo um levantamento do projeto, 92% das vítimas têm filhos e 44,9% sofreram a violência em casa. Também foi apontado que 28% das vítimas residem com o agressor. Os tipos de violência mais relatados foram a psicológica (35,6%), a física (27,1%) e a ameaça (15,1%).
Ferramenta disponibiliza formulário que é direcionado para equipe multidisciplinar
O primeiro passo para começar o processo de registro de uma denúncia é escanear o QR Code da caixa de leite e preencher um formulário online. Depois, ainda de modo virtual, a denunciante é direcionada a uma equipe composta por psicólogas, assistentes sociais, advogadas e outras pessoas vinculadas de forma voluntária ao movimento Justiceiras. O atendimento consiste em escutar o depoimento das vítimas e, caso elas queiram, fazer o encaminhamento formal de denúncias para as autoridades.
O recrutamento de voluntárias é feito por meio do site justiceiras.org.br. Logo na página inicial, existe a opção “Quero ser voluntária”. A interessada em contribuir com o projeto deve clicar neste botão e, em seguida, preencher um formulário. Pode ser uma psicóloga com o CRP ativo, uma assistente social ou ainda uma advogada com a OAB ativa.
“Como parte do processo de boas-vindas aos voluntários, nós explicamos como funciona o projeto. Fazemos congressos, eventos presenciais e outras ações justamente como forma de mobilização. O Justiceiras funciona como uma grande residência de todas as áreas”, explica a advogada e gestora do movimento Justiceiras Clicie Carvalho.
A assistente social vinculada ao projeto possibilita à vítima o acesso ao Centro de Referência, onde é identificada qualquer necessidade de auxílio do governo. Também é oferecido tratamento psiquiátrico ou psicológico. O trabalho das psicólogas, que envolve compreensão do contexto e da história de cada paciente, é importante para o fortalecimento das vítimas. “Não funciona como uma terapia continuada, mas para que essa mulher consiga entender pelo que está passando. Não é da noite para o dia que ela sai de um ciclo de violência ou supera um crime de estupro”, conta Carvalho.
As advogadas voluntárias são responsáveis pela orientação jurídica das mulheres. O projeto encaminha as denúncias para a Ouvidoria das Mulheres do Conselho Nacional do Ministério Público. Os promotores do órgão analisam as denúncias e decidem sobre a sua instauração. Todo este arcabouço amplia a rede de apoio às mulheres.
“A primeira etapa do projeto foia implementação do canal de denúncias, que foi super importante. Agora, o objetivo é promover mais conscientização e educação, tanto dentro da empresa, quanto para as pessoas da sociedade”, explica Clicie. O movimento Justiceiras disponibiliza uma cartilha criada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo chamada “Mulher, vire a página”. O material presta informações sobre as formas de violência contra a mulher e também orienta em relação aos serviços que compõem a rede de atendimento.
O canal está disponível sete dias por semana, 24 horas por dia. Segundo um levantamento do projeto, 92% das vítimas têm filhos e 44,9% sofreram a violência em casa. Também foi apontado que 28% das vítimas residem com o agressor. Os tipos de violência mais relatados foram a psicológica (35,6%), a física (27,1%) e a ameaça (15,1%).