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A importância de apoiar o setor cultural do Rio Grande do Sul

A importância de apoiar o setor cultural do Rio Grande do Sul



A Casa de Cultura Mário Quintana só reabrirá em agosto e o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) ainda não tem uma data para voltar a receber público. A tragédia climática colocou o setor cultural, do qual dependem milhares de famílias, em uma situação delicada, a exemplo do que já havia ocorrido no período da pandemia de Covid-19.

Entre 2020 e 2022, houve a suspensão de praticamente todas as atividades profissionais ligadas à cultura. Na época, em Porto Alegre, ao menos 5 mil pessoas que atuam no segmento recorreram ao auxílio disponibilizado pelo município.

Agora, a inundação histórica na Capital deixou debaixo d’água dezenas de prédios que abrigam instituições culturais no Centro Histórico.

Um levantamento preliminar realizado pela Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) identificou a necessidade de investimentos de pelo menos R$ 14 milhões para recuperar os equipamentos culturais.

O fechamento do aeroporto também dificulta a vinda de shows e espetáculos. Além disso, há técnicos, artistas e prestadores de serviços autônomos, fundamentais para essa roda girar, que estão sem trabalhar.

Apenas na Casa de Cultura, na Rua dos Andradas, a água chegou a 2 metros em alguns locais do prédio, datado de 1916, e seus danos são notáveis. Após mais de 20 dias sem alagamentos, a limpeza dos pontos atingidos já iniciou, mas a reabertura do espaço cultural não deve acontecer antes do mês de agosto – isso em uma previsão otimista.

O Margs, da mesma forma, já iniciou o plano de recuperação de danos causados pelas enchentes de maio. A operação é conduzida por especialistas – entre eles restauradores e conservadores. Entre as ações, estão o resgate e o salvamento de obras, patrimônio e documentos afetados pela água e pela umidade e o restabelecimento das redes elétrica, hidráulica e do sistema de climatização.

Por isso, é bem-vindo o anúncio do governo estadual, junto ao Banrisul, de um aporte para o setor cultural afetado. O banco destinará mais de R$ 25 milhões para a recuperação de instituições da Sedac e para iniciativas de retomada de trabalhadores e projetos da área.

Igualmente, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) investirá R$ 59,5 milhões para apoiar microempreendedores individuais – terão direito a receber R$ 3 mil – e microempresários da cultura –
R$ 10 mil -, além do apoio técnico de uma consultoria da entidade.

 



Fonte: Jornal do Comércio

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