Segundo Giovanna Bertolucci, filha única da designer, que em 2023 se juntou ao time para auxiliar em diversos processos, entre eles os criativos e a internacionalização da marca (em setembro fizeram sua estreia na Semana de Design de Paris), Cris chega cedo ao estúdio na Vila Madalena – onde também funciona a loja-conceito, que passou por uma expansão com projeto arquitetônico assinado por Camila Paulon – e logo começa a trabalhar em sua sala. O espaço acomoda uma biblioteca de amostras de materiais acumuladas ao longo dos anos, que a designer manuseia com frequência, e conta com protótipos pendurados para longos períodos de avaliação – algumas peças entram para o catálogo anos depois de serem criadas, após minuciosos ajustes, ou mesmo completas transformações. Outras, ela pondera que não estão maduras o suficiente e guarda para revisitar mais tarde. Os desenhos são elaborados à mão, nada de computador. Nascem de rabiscos, feitos aos montes. “Eu adoraria que fossem um pouco mais organizados, mas atualmente ela tem usado uns papéis Kraft mesmo”, diz Giovanna, em tom descontraído. Juntas, elas se divertem e se estimulam. “Sempre trabalhei muito sozinha. A Giovanna trouxe essa companhia, além de uma dose extra de ousadia, de acreditar que vai dar certo”, diz.