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Aeroporto de Porto Alegre amplia até fim de agosto fechamento

Aeroporto de Porto Alegre amplia até fim de agosto fechamento



A prorrogação do fechamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, já era dada como certa nos bastidores do governo estadual e federal, devido ao impacto ainda imensurável da inundação no complexo. A Fraport Brasil oficializou nesta terça-feira (14) a extensão do prazo para mais 90 dias, além do teto inicial de 30 de maio.

Na atualização do Notam (Notice to Airman, em inglês), informação técnica que orienta os operadores do sistema aeroportuário, o fechamento é estendido até 30 de agosto. Será suficiente? A pergunta continua no ar e só será possível começar a obter respostas, após as águas baixarem.

O tamanho do dano à pista de pousos e descolagens (uma só no complexo) e a demais infraestruturas (pistas de taxiamento e esteiras de bagagens, além de áreas internas) e equipamentos de navegação (orientação de voos e luzes de sinalização) não é conhecido.

Para dar conta de parte do tráfego para o Salgado Filho – cerca de 150 voos diários -, Estado, governo federal e companhias aéreas estão ampliando fluxo para outros terminais dentro do Estado (Caxias do Sul, Passo Fundo, Santo Ângelo e Santa Maria) e em Santa Catarina – Florianópolis e Jaguaruna. 

Em meio ao agravamento da condição do transporte aéreo no Ri Grande do Sul, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou algumas orientações para as companhias. Uma delas é a suspensão imediata da venda de passagens aéreas para voos com origem e destino no aeroporto de Porto Alegre.

“A proibição da comercialização, que vigorará até nova avaliação pela agência, abrange todos os canais de comercialização, inclusive sistemas que disponibilizem vendas por terceiros, como agências de viagem e outros intermediários que possam comercializar os bilhetes”, define a Anac. A medida foi divulgada antes da própria Fraport falar em estender o fechamento, o que indica a situação grave de restauração da operação. 

Outra definição junto com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) é que a alteração do contrato de transporte não deverá ter custo adicional para passageiros que adquiriram bilhetes aéreos com destino final no Rio Grande do Sul. “Não haverá custo para remarcação de voos com prazo de até um ano da data original. O reembolso ou crédito por cancelamento de voos com destino final alterado será total, sem cobrança de taxas”, orienta a agência.

Outro aspecto que vem gerando questionamentos de passageiros é o translado de aeroportos onde estão desembarcado, como alternativa ao Salgado Filho. Não há regra, e as áreas Azul, Gol e Latam chegaram a ofertar ônibus de Florianópolis. A Azul deixou de ofertar. A Anac não obriga a oferta deste tipo de transporte, mas pede empenho das aéreas para “transportar os passageiros para o aeroporto mais próximo do local de interesse deles”. Outro detalhe: as empresas devem priorizar quem tem bilhete emitido. 

“As empresas devem identificar e priorizar o contato com passageiros que estejam com trecho de retorno pendente, seja para o Rio Grande do Sul, seja do estado para outras unidades da federação”, indica a agência, citando que devem ser identificados “casos urgentes e relevantes na priorização do transporte”.



Fonte: Jornal do Comércio

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