Após seis meses de mandato do presidente Javier Milei, a Argentina registra superávit trimestral e queda na inflação. O país registrou avanços econômicos, mas ainda enfrenta uma situação preocupante para a população. Embora tenha desacelerado nos últimos meses, a inflação anual ainda permanece alta, próxima de 290%, atingindo um 8,8% em abril desde ano.
Superávit e desvalorização cambial
Outro objetivo alcançado na gestão de Milei foi o superávit fiscal trimestral, o primeiro em anos, resultado das “medidas de choque”, que envolvem cortes significativos nos gastos públicos, incluindo redução de ministérios e da máquina estatal. O peso argentino também foi desvalorizado em 54% em dezembro, uma medida para impedir a substituição da moeda do país, mas que também impactou negativamente o poder de compra da população.
Dados da Universidade Católica da Argentina mostram que a pobreza ultrapassou 57% em janeiro, um nível não visto em pelo menos 20 anos. Esse aumento está ligado à perda de renda e poder aquisitivo devido aos cortes de subsídios e gastos.
Já a atividade econômica desacelerou mais de 8%, o que exigirá esforços para recuperação. No entanto, os números positivos, como a queda da inflação e o superávit, atraíram elogios do Fundo Monetário Internacional (FMI) e o interesse de investidores.
Para especialistas, a nova gestão de Milei gera uma polarização na Argentina em meio aos avanços econômicos e o impacto social.
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