O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta-feira 24 que a inflação fechará o ano dentro da meta de 3% estabelecida pela equipe econômica, considerando uma margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%.
As declarações foram proferidas em Washington, nos Estados Unidos, após um encontro com presidentes dos Bancos Centrais de países do G20. Horas antes, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística informou que o IPCA-15— considerado a prévia da inflação oficial — registrou alta de 0,54% em outubro.
“Embora os núcleos tenham apontado uma variação superior à esperada, se lembrarmos que no mês passado aconteceu exatamente o oposto, no acumulado do ano estamos entendendo que a inflação deve ficar dentro da meta”, pontuou Haddad.
O destaque do IPCA-15 foi habitação, responsável pelo maior impacto no índice (0,26), sob influência da elevação de preços da energia elétrica residencial, com a entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar dois.
Questionado sobre a variação na prévia da inflação, o ministro afirmou que o aumento “tem mais a ver com a questão do câmbio e da seca do que propriamente algum impulso maior dos preços”. Ele manifestou preocupação com o impacto da estiagem em alguns estados nos preços da energia e dos alimentos.
No início da semana, a previsão do mercado financeiro para o IPCA em 2024 passou de 4,39% para 4,5%, segundo estimativa do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central.