A arrecadação federal, a parir da cobrança de impostos, chegou a 2,652 trilhões de reais em 2024, uma alta real de 9,62% (acima da inflação) se comparado ao ano anterior. O valor é um recorde histórico, como mostram os dados divulgados pela Receita Federal nesta terça-feira 28.
Considerando apenas dezembro, a arrecadação chegou a 261 bilhões, uma alta real de 7,78% se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando os valores arrecadados alcançaram 231 bi. Sem correção inflacionária, a arrecadação mostrou alta de 12,99% em dezembro.
Os resultados surgem depois de uma série de medidas adotadas pelo governo, algumas aprovadas pelo Congresso Nacional, para elevar as receitas de arrecadação, entre elas: a tributação de fundos exclusivos, os offshores; mudanças na tributação de incentivos concedidos por estados; aumento de impostos sobre combustíveis feito em 2023 e mantido em 2024; retomada do voto de confiança no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf); e a limitação no pagamento de precatórios.
Segundo a Receita Federal, a tributação de fundos exclusivos gerou um aumento de 13 bilhões de reais na arrecadação no ano passado, enquanto a atualização do IRRF sobre offshores contribuiu com outros 7,67 bilhões de reais. Houve, ainda, o ingresso de 4 bilhões de reais em IRPJ e CSLL, considerados “atípicos”, contra 5 bilhões em 2023, e também uma arrecadação de 18 bilhões de reais decorrentes de “ações de conformidade”, ou seja, da fiscalização e orientação do Fisco.
O Fisco ainda argumenta que, para além das medidas de aumento de impostos, o crescimento da economia também contribuiu para a arrecadação recorde de 2024, como mostram números da produção industrial, da venda de bens e serviços, da massa salarial e das importações.