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As justificativas de Galípolo para a inflação acima da meta em 2024 – Economia – CartaCapital

As justificativas de Galípolo para a inflação acima da meta em 2024 – Economia – CartaCapital



O novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a inflação de 2024 ficou acima da meta devido à força da atividade econômica, à desvalorização do real frente ao dólar e a fatores climáticos, como a seca que atingiu boa parte do Brasil.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo fechou o ano passado com alta de 4,83%. A meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional era de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — ou seja, seria considerada cumprida se o IPCA ficasse entre 1,5% e 4,5%.

Com o estouro da meta, o presidente do Banco Central teve de publicar uma carta aberta ao ministro da Fazenda e presidente do CMN, Fernando Haddad (PT), para justificar o resultado e apontar as soluções para devolver o índice ao intervalo perseguido.

“A inflação em 2024 ficou acima do intervalo de tolerância em decorrência do ritmo forte de crescimento da atividade econômica, da depreciação cambial e de fatores climáticos, em contexto de expectativas de inflação desancoradas e inércia da inflação do ano anterior”, explicou. “Portanto, a inflação envolveu uma gama ampla de fatores. No sentido contrário, destaca-se a queda do preço internacional do petróleo no segundo semestre do ano.”

A projeção, segundo o Relatório de Inflação de dezembro, é que o índice permaneça acima do teto da meta até o terceiro trimestre deste ano, quando deve iniciar uma trajetória de declínio.

Economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central para a mais recente edição do Boletim Focus, publicada na última segunda-feira 6, estimam a inflação em 5% ao fim deste ano, em 4% para 2026 e em 3,9% para 2027. A se concretizar essa previsão, portanto, haverá um novo estouro da meta.

Ao tratar das providências para assegurar o retorno do IPCA os limites estabelecidos, Galípolo afirmou que o BC “tem definido a meta para a taxa Selic para assegurar a convergência da inflação à meta”.

“Depois de período de distensão monetária, o Copom retomou ciclo de aumento da taxa de juros, com ajustes de magnitude crescente e, na última reunião, com sinalização dos passos para as duas reuniões seguintes.”

Em sua última reunião de 2024, finalizada em 11 de dezembro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu por unanimidade aumentar em um ponto percentual a taxa básica de juros. Com isso, a Selic saltou de 11,25% para 12,25% ao ano.

Além disso, o Copom afirmou que, a se confirmar o cenário esperado, promoverá “ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões”. A projeção indica, portanto, que a taxa chegará a 14,25% ao ano após a reunião de março.

Leia a íntegra do documento:

BC



Fonte: Carta Capital

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