Quase um ano após a operação fracassada do submersível Titan, da OceanGate, uma dupla de bilionários quer usar um submersível para visitar os destroços do Titanic.
Um dos homens em questão é Larry Connor, um investidor imobiliário de Ohio que esteve na Fossa das Marianas e na Estação Espacial Internacional.
“Quero mostrar às pessoas em todo o mundo que, embora o oceano seja extremamente poderoso, ele pode ser maravilhoso e agradável e realmente mudar vidas se você fizer isso da maneira certa”, disse Connor em entrevista ao Wall Street Journal.
O CEO e co-fundador da Triton Submarines, Patrick Lahey, acompanharia Connor nessa jornada. A empresa foi fundada em 2008 e realizou diversas outras explorações marítimas, inclusive ao próprio Titanic.
De acordo com a companhia, a primeira gravação em 4K do naufrágio, “filmada na primeira descida tripulada aos destroços em mais de 14 anos, foi gravada com um submersível Triton”.
Poucos dias depois da implosão do Titan, Connor telefonou para Lahey, conforme relatou o empresário ao Wall Street Journal.
“Tínhamos um cliente, um homem maravilhoso. Ele me ligou e disse: ‘Sabe, o que precisamos fazer é construir um submarino que possa mergulhar [profundidades no nível do Titanic] repetidamente e com segurança e demonstrar ao mundo que vocês podem fazer isso, e que Titan foi uma engenhoca”, pontuou Patrick Lahey.
O submersível que seria utilizado nessa nova tentativa é o Triton 4000/2 Abyssal Explorer, informou o WSJ.
Segundo informações no site da empresa, ele consegue alcançar uma profundidade de 4 mil metros — os destroços do Titanic estão localizados a 3.800 metros abaixo do nível do mar.
“Patrick vem pensando e projetando isso há mais de uma década. Mas não tínhamos os materiais e a tecnologia. Você não poderia ter construído este submersível há cinco anos”, destacou Connor ao WSJ.
Não foi divulgada data para que nova tentativa de chegar aos destroços do Titanic ocorra.
Relembre a implosão do Titan
Em 18 de junho de 2023, o submersível Titan, da empresa OceanGate, desapareceu no Oceano Atlântico durante uma expedição até os destroços do Titanic.
Ele levava o empresário britânico Hamish Harding; o mergulhador Paul-Henri Nargeolet; o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho, Sulaiman Dawood; e o CEO e fundador da OceanGate, Stockton Rush.
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O submarino da operadora de turismo OceanGate desapareceu no último domingo (18) depois de uma expedição aos destroços do Titanic, na costa de St John’s, Newfoundland, no Canadá. Destroços da embarcação foram encontrados na quinta-feira (22). As cinco pessoas que estavam a bordo morreram (veja na sequência).
Crédito: OceanGate -
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Entre os mortos estava o milionário Shahzada Dawood, empresário paquistanês e curador do Instituto Seti (foto), organização de pesquisa na Califórnia. Seu filho, Sulaiman Dawood, também estava na embarcação.
Crédito: Engro -
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O bilionário britânico e dono da Action Avision, Hamish Harding, morador dos Emirados Árabes Unidos, também está entre os mortos no acidente.
Crédito: Engro -
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Outro nome que estava na embarcação era o do aventureiro e mergulhador Paul-Henri Nargeolet
Crédito: Engro -
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O quinto passageiro a bordo do submersível com destino aos destroços do Titanic era Stockton Rush, CEO e fundador da OceanGate, empresa que liderou a viagem
Crédito: Reprodução -
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Nesta imagem, todos os falecidos, a partir da esquerda: Hamish Harding, Shahzada Dawood, Suleman Dawood, Paul-Henri Nargeolet e Stockton Rush Obtido
Crédito: Reprodução/CNN -
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Um submersível, como Titan, é um tipo de embarcação – mas tem algumas diferenças importantes em relação ao submarino mais conhecido. Ao contrário dos submarinos, um submersível precisa de uma embarcação para lançá-lo. O navio de apoio do Titan era o Polar Prince, antigo navio quebra-gelo da Guarda Costeira canadense, de acordo com o co-proprietário do navio, Horizon Maritime.
Crédito: Arte CNN -
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A expedição começou com uma jornada de 740 quilômetros até o local do naufrágio, que fica a cerca de 1448 quilômetros da costa de Cape Cod, Massachusetts, nos EUA. Mas perdeu contato com uma tripulação do Polar Prince, navio de apoio que transportou a embarcação até o local, 1 hora e 45 minutos após a descida no domingo (18).
Crédito: Reprodução -
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Segundo o correspondente da CNN Gabe Cohen que visitou o veículo Titan fora da água em 2018, o submersível é uma embarcação minúscula, bastante apertada e pequena, sendo necessário sentar dentro dele sem sapatos. Ele é operado por controle remoto, muito similar a um controle de PlayStation.
Crédito: Reuters -
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O submarino tinha como objetivo levar os três turistas aos destroços do Titanic (foto) para turismo subaquático.
Crédito: Woods Hole Oceanographic Institution/Reuters
O caso tomou conta das manchetes mundiais, sendo também um dos assuntos mais comentados nas redes sociais à época, se não o mais comentado.
Pessoas ao redor do mundo ficaram aflitas conforme os dias passavam e o prazo para que o oxigênio na cabine acabasse.