Um dos nomes à frente da mudança é o da arquiteta e diretora executiva do instituto, Isabela Ono, filha de Haruyoshi Ono (1943-2017), arquiteto e parceiro criativo de Burle Marx por quase 30 anos. Após a morte do pai, ela assumiu a missão de tornar público todo o material produzido pelo escritório. “Fundamos o instituto, primeiro, para preservar esse acervo. Depois, para reverberar”, diz. Em 2020, iniciou o processo de digitalização, que segue em andamento. Designou uma equipe com arquivistas, museólogos e bibliotecários para vasculhar e catalogar quase 70 anos de história. Diariamente, eles se debruçam sobre projetos, rascunhos e milhares de fotografias com registros de biomas e viagens. “Vão ser cinco anos ou mais de catalogação, mas já partimos de uma organização. Você não tem que inventar uma metodologia, já está tudo em ordem cronológica”, explica, destacando o cuidado do escritório, que, ao longo de sua história, distribuiu toda a produção em arquivos e canudos numerados.