A valorização das tradições locais foi fundamental para a concepção da residência bem integrada ao entorno A tradição construtiva da região da Serra da Mantiqueira é conjugada a uma arquitetura contemporânea nesta casa de 320 m², assinada pelo Estúdio HAA!, a mais de 1,4 mil metros de altitude no Sul de Minas Gerais. “Desde o início, decidimos utilizar mão de obra local. O empreiteiro, por exemplo, residia no mesmo bairro da construção. Antes de iniciar o projeto, analisamos quais técnicas construtivas eram mais familiares para a equipe, com o intuito de criar algo que respeitasse o vocabulário técnico local, mas sem replicar um desenho já conhecido”, conta Homã Alvico, autor do projeto executado junto aos arquitetos Gabriela Batistela, Sérgio Terra e Michele Guillen.
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Na sala de estar, o forro de madeira tem desenho curvado
Pedro Kok | Produção: Kri Loureiro
Atentos ao clima e ao contexto natural da Serra da Mantiqueira, os arquitetos projetaram uma residência que se adaptasse ao terreno de declive acentuado e ao frio intenso da região. A proximidade da Pedra do Baú foi considerada, garantindo vistas privilegiadas e aproveitamento da luz natural, ao contrário do platô inicial que se mostrava sombreado durante a tarde. Além da posição, a morada se destaca pelo seu sistema construtivo misto, composto por estrutura de madeira, treliças de aço, alvenaria estrutural cerâmica e concreto armado, “refletindo os princípios da biofilia na escolha de materiais naturais que nos conectam com o tempo e com a vida”, justifica Homã.
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A cerâmica permeia a casa, tanto no cobogó quanto nas estruturas
Pedro Kok | Produção: Kri Loureiro
Cerâmica, madeira e outros materiais arrojados dialogam com o entorno da Serra da Mantiqueira
Pedro Kok | Produção: Kri Loureiro
Um generoso living é composto por um mobiliário curvado, como na estrutura que recebe a geladeira e a mesa de jantar
Pedro Kok | Produção: Kri Loureiro
A arquitetura da residência foi pensada para privilegiar a entrada de luz natural, como no ângulo da cozinha
Pedro Kok | Produção: Kri Loureiro
A varanda se abre para a vegetação nativa
Pedro Kok | Produção: Kri Loureiro
Em uma das fachadas, o cobogó faz pano de fundo para o duo de cadeiras de madeira
Pedro Kok | Produção: Kri Loureiro
Em um dos quartos, o minimalismo predomina diante da vista da Serra da Mantiqueira
Pedro Kok | Produção: Kri Loureiro
A distribuição dos espaços é organizada em quatro blocos interligados. O primeiro abriga os espaços íntimos da família, com a suíte do casal, a sala de TV e a suíte dos filhos. Já o segundo bloco é dedicado à suíte dos hóspedes, ao passo que o terceiro integra a sala de estar, a cozinha interna e externa e uma ampla varanda frontal, e o quarto é composto por garagem, depósito, adega e academia, sem interferir nas áreas de convivência da casa.
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Um anexo integra a composição
Pedro Kok | Produção: Kri Loureiro
Interior do anexo
Pedro Kok | Produção: Kri Loureiro
No anexo, há um espaço de trabalho e estudo que emoldura a natureza do entorno
Pedro Kok | Produção: Kri Loureiro
Detalhe do anexo
Pedro Kok | Produção: Kri Loureiro
Em um dos banheiros, a aposta foi na combinação de terracota e verde nos revestimentos cerâmicos
Pedro Kok | Produção: Kri Loureiro
Em outro quarto, a vista panorâmica da Serra da Mantiqueira compõe junto da arquitetura
Pedro Kok | Produção: Kri Loureiro
“Como síntese conceitual, temos um plano de madeira pousando gentilmente em dois blocos de argila afastados entre si. O espaço entre os blocos privativos cria o estar social, que, para além de definições programáticas, geometricamente resulta na interseção, ou seja, no encontro”, descreve Homã. “Outro ponto de destaque é o grande forro curvo de madeira do bloco social, que cria a sensação de estar dentro de um estaleiro, como se observássemos o casco de um barco suspenso. Projetamos as treliças metálicas uma a uma para criar esse efeito, além, é claro, de cumprir a função estrutural de pórtico econômico entre os pilares de madeira”, arremata o arquiteto.
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Fonte: casa Vogue
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