Descrição enviada pela equipe de projeto. A Cidade Antiga de Guyan Huaxiang, em Lishui, Zhejiang, é nomeada em homenagem ao antigo sítio do Patrimônio Mundial “Canal Tongji (Guyan)” e ao berço da “Escola de Pintura Barbizon de Lishui (Huaxiang)”. Localizada em frente aos canais “Antigo Canal” e “Vila Artística”, esta cidade tem uma história rica e uma cena artística moderna vibrante. Aos poucos se tornou um sistema ecológico único, integrando galerias de arte, educação artística, turismo cultural e vida residencial. Em 2019, foi agraciada com o título de “Terceiro Lote de Cidades Características de Nível Provincial de Zhejiang”. Em 2020, o governo local planejou a construção de um centro de arte no coração da cidade para atender às crescentes necessidades de residentes, turistas, artistas e estudantes. Este centro funcionaria como espaço de exposição de arte e como local para educação pública, além de ser uma plataforma importante para exibir a cultura da cidade e um marco arquitetônico no futuro.
Lado a lado, misturando: arte abstrata e vida cotidiana vívida – O centro de arte está localizado em uma área residencial antiga e densamente povoada, cercada pelas formas tradicionais de assentamento das ruas nas proximidades. Rodeado por montanhas, está próximo à seção Daxi do rio Ou, ao norte, emanando a atmosfera autêntica da vida local. Durante as etapas iniciais de pesquisa e planejamento, percebemos que os prédios públicos de arte serviam apenas como “palcos” na cidadeSua natureza institucional e pública são reinterpretados em uma nova dinâmica, onde o centro de arte e a vida da cidade são mutuamente destacados. Por outro lado, do ponto de vista da operação do espaço artístico, descobrimos que depender exclusivamente da base existente da indústria artística da cidade para o conteúdo das exposições não é suficiente para sustentar a operação de longo prazo de um centro de arte de grande porte.
Por isso, durante a fase de briefing, propusemos uma abordagem proativa para as operações e discutimos com o cliente a posição do projeto e os modelos de operação sustentáveis. Juntos, garantimos que o projeto se tornasse um espaço público altamente eficiente. Ao integrar as atividades diárias da cidade e expandir as possibilidades do centro de arte em termos de tempo e espaço, buscamos estimular a vitalidade espacial através da integração de diversos formatos de uso, como atividades comerciais, culturais, de entretenimento, lazer, curadoria de arte e educação. Com isso, o centro de arte definiu claramente seus dois principais aspectos: como espaço para exibição de arte contemporânea e como local para as atividades diárias dos moradores da cidade.
O projeto do centro de arte se desenvolve em quatro aspectos: a natureza funcional das instituições artísticas, a expansão dos espaços públicos, as funções diversificadas e a expressão regional. Ele busca estabelecer uma relação de contraste e integração entre a arte contemporânea abstrata e a vibrante vida diária na cidade. O contraste é especialmente evidente no diálogo entre volume e expressão material, enquanto a integração ocorre por meio da sobreposição de dimensões espaciais e temporais.
Superescala e Cotidianidade: Resolvendo Contradições do Local por meio de Duas Escalas de Projeto – Equilibrar os aspectos institucionais e públicos do centro de arte, além de gerenciar seu diálogo com as áreas residenciais circundantes e a paisagem natural, são passos cruciais para transformar o edifício em um novo ícone para a cidade. Com uma área total de 13.129,92 metros quadrados e uma taxa de ocupação do solo de 1,05, o projeto busca alcançar esses objetivos através do seu design arquitetônico. Para garantir uma circulação fluida e uma evacuação eficiente de tráfego dentro do centro de arte, a arquitetura adota uma abordagem que combina estruturas amplas e elementos em menor escala.
Essa abordagem não só reduz a sensação de opressão no quarteirão, mas também permite acomodar uma variedade de formatos funcionais. O edifício é posicionado o mais próximo possível do limite do terreno, preservando a integridade e garantindo a continuidade das ruas e vielas. Dois pátios são criados no interior, um grande e outro pequeno, enquanto o edifício adota uma postura aberta com recuos e elevações nas esquinas. A parte superior do edifício abriga exposição de arte em uma estrutura de grande escala, com uma forma suspensa contínua e irregular que se assemelha às montanhas distantes, diferenciando-se das áreas residenciais ao redor.
A parte inferior do edifício foi projetada para se adequar à escala cotidiana do bairro, com pequenos espaços dispostos de forma escalonada para abrigar diversas funções de varejo e lazer. Dessa forma, os aspectos institucionais e públicos do centro de arte são dispostos verticalmente. No interior do espaço de exposição, predominantemente monocromático, o elemento unificador é a escada de metal vermelho enferrujado, que ecoa as características arquitetônicas ao atravessá-lo. Essa abordagem rompe com a típica impressão de galerias de arte “caixa branca” fechadas, permitindo uma integração fluida entre os espaços interiores e exteriores, enriquecendo a experiência espacial interna.
Construindo um centro de arte para a cidade – Construir um centro de arte para a cidade vai além de simplesmente criar um local para exposições de arte; é cultivar um ponto central comunitário vibrante que reflita a vida cotidiana animada e dinâmica da cidade. Em vez de atender apenas a um grupo específico de profissionais, o Centro de Arte Guyanhuaxiang foi projetado para servir a toda a comunidade, dedicando a maioria de seu espaço para atividades da cidade. Ao integrar a vida diária ao conceito tradicional de um espaço de arte fechado, transformamos-o em um ponto central urbano orgânico. Em essência, não apenas criamos um espaço público para arte; construímos um centro comunitário com capacidade para exposições de arte. Este centro abrigará diversas funções, como comércio, cultura, treinamento e educação, desbloqueando um valor multidimensional e fortalecendo a vida na cidade.