O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) confirmou o que muitas pessoas perceberam e relataram em Pelotas na quinta-feira (28). O município registrou um abalo sísmico de 2,5 graus na escala Richter. A Defesa Civil municipal informou que não houve nenhuma ocorrência, demanda, incidente ou prejuízo em decorrência do tremor, enquanto a Defesa Civil regional segue acompanhando o fenômeno e buscando informações técnicas junto a profissionais da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Conforme o coordenador do curso de Engenharia Geológica da UFPel, Felipe Leitzke, esse tipo de abalo ocorre em nível de crosta e é bastante recorrente no Brasil. “Nessa magnitude, inferior a três graus, é muito comum. Isso se dá em virtude da pressão provocada pela movimentação de rochas nas fraturas ou falhas em até 10 quilômetros de profundidade na crosta, não havendo motivos para preocupação”, explicou.
Segundo Leitzke, o tremor foi registrado pelo sismógrafo localizado em Pedras Altas. Quanto à possibilidade de a causa ter origem em algum tipo de explosão, como no caso de pedreiras no interior de Pelotas, o especialista acredita ser pouco provável, diante da distância que se encontra o equipamento que capta tais vibrações.