Aproximadamente 800 mil pessoas, quase metade da população de Rafah, foram deslocadas desde que as forças israelenses iniciaram operações militares na área em 6 de maio, de acordo com o chefe da Agência de Ajuda e Trabalho das Nações Unidas para Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).
Desde que o conflito em Gaza começou, os palestinos foram repetidamente forçados a fugir, “nunca encontrando segurança, nem mesmo em abrigos da UNRWA”, disse o comissário geral da agência, Philippe Lazzarini, neste sábado (18) em um post no X.
Ele também disse que o número de caminhões de ajuda que entram na Faixa de Gaza é apenas “uma pequena gota em meio às crescentes necessidades humanitárias e ao deslocamento em massa.”
“Embora sejam bem-vindos os relatórios sobre as primeiras remessas que chegam ao novo píer flutuante, as rotas terrestres seguem sendo o método de entrega de ajuda mais viável, eficaz, eficiente e seguro. As passagens devem ser reabertos e ter acesso seguro”, disse ele.
Os comentários de Lazzarini ressaltam um aviso de outra agência da ONU, que disse em um relatório na sexta-feira (17) que os moradores de Gaza enfrentam uma situação alimentar “terrível” enquanto Israel restringe fortemente as entregas de ajuda ao enclave.