O maquinário – um dos principais elementos que definem o trabalho do grupo – permite que a produção de peças vença algumas limitações dos processos industriais, ampliando as formas de modelagem, além de oferecer a capacidade de cavar (daí o nome da iniciativa) e obter ângulos específicos. “Apesar disso, ainda precisamos realizar detalhes de finalização e lixamento de forma manual”, explica Rodolfo. E André complementa: “Quando falamos em robô, imaginam que o aparelho faz tudo, mas cada etapa precisa ser pensada e programada para que nada seja lascado ou danificado”. Multivalente, o equipamento é capaz de realizar projetos com espumas, poliestireno e poliuretano expandidos. No entanto, o ateliê recorre ao aparato durante a concepção dos itens feitos com pedra e madeira, como a mesa Antino – referência ao jovem grego, parceiro amoroso do imperador romano Adriano (76-138) –, que representa a fisionomia de um amigo de Pedro cujo rosto foi escaneado com um celular e, posteriormente, executado em mármore Paraná. No cerne, a verdade é que o grupo tem a intenção de provocar questionamento acerca da ferramenta, já que, visualmente, o efeito alcançado poderia ser obtido com utensílios manuais.