Começa neste sábado (20) a Bienal de Veneza, tradicional exposição que consagra artistas de todo o mundo. A edição conta com curadoria do brasileiro Adriano Pedrosa, diretor artístico do Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), e fica em cartaz até 24 de novembro, em Veneza, na Itália.
O tema escolhido para 2024 foi “Stranieri Ovunque – Foreigners Everywhere” (em português, “Estrangeiros em todo o lugar”), focando a seleção de artistas que nunca estiveram na Bienal e a inclusão dos 88 países presentes na mostra. A premiação do festival acontece no dia da abertura.
O curador explica que “a exposição se desenrola e se concentra na produção de outros assuntos relacionados: o artista queer, que se move dentro de diferentes sexualidades e gêneros, sendo frequentemente perseguido ou proibido; o artista outsider, que está localizado nas margens do mundo da arte, muito parecido com o artista autodidata, o artista popular e o artista indígena, frequentemente tratado como estrangeiro em sua própria terra. As produções desses quatro assuntos são o interesse desta Bienal, constituindo o núcleo contemporâneo.”
A Bienal de Veneza reúne obras de mais de 300 artistas, incluindo brasileiros. No núcleo dos históricos estão: Emiliano Di Cavalcanti, Cícero Dias, Tarsila do Amaral, Judith Lauand, Amadeo Luciano Lorenzato, Anita Malfatti, Maria Martins, Ismael Nery, Candido Portinari, Ione Saldanha e Rubem Valentim.
Entre os contemporâneos: Manauara Clandestina, Djanira da Motta e Silva, Dalton Paula, Yêdamaria e Joseca Mokahesi Yanomami. A arte indígena brasileira está em destaque no Pavilhão Central com um mural pintado pelo coletivo Movimento dos Artistas Huni Kuin (Mahku) na fachada do prédio da exposição.
Além da arte, eventos que contemplam outros meios acontecem em paralelo, como as Bienais de Dança, Música, Teatro e Cinema.
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