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Comércio do RS já deixou de faturar meio bilhão devido a inundações

Comércio do RS já deixou de faturar meio bilhão devido a inundações



O impacto da inundação em receita que deixa de circular no comércio gaúcho só cresce, conforme monitoramento da assessoria econômica da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA). A apuração divulgada nesta quarta-feira (22) mostra que R$ 510,9 milhões e R$ 298,1 milhões deixaram de ser faturados pelo setor no Estado e em Porto Alegre, respectivamente.

A referência para fazer a conta de perdas são transações com cartão. O economista-chefe da CDL-POA, Oscar Frank explica que utiliza o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). “A Cielo só apresenta percentuais. Desenvolvemos a metodologia para entender qual seria o impacto em termos absolutos”, esclarece o especialista.  

As estimativas, destaca a CDL-POA, “não incluem danos às estruturas físicas e aos estoques”. Ou seja, as perdas serão muito superiores. A comparação foi com 30 de abril a 12 de maio de 2023. De 30 de abril a 5 de maio, foi detectada queda de 15,7% no Estado. A Capital entrou na mais recente análise.

Na semana seguinte, de 6 a 12 de maio, o crescimento real foi de 2% ou fluxo positivo de R$ 74,6 milhões. Ao reduzir da perda de R$ 585,4 milhões da primeira semana, a entidade chegou aos R$ 510,9 milhões em 13 dias.

Frank diz que o crescimento foi gerado por setores com perfil essencial na despesa das famílias. Supermercados tiveram alta de 28,2%, drogarias e farmácias, de 14,1%, e postos de combustíveis, de 3,8%. “A incerteza sobre o futuro e o armazenamento de itens essenciais, além das doações para os afetados pelas inundações, foram fatores importantes para esse aumento”, avalia Frank, em nota.

Já segmentos que não são de necessidade, sentiram o efeito da tragédia climática. Óticas e joalherias registraram queda de 66,2%, estética, de 52,7%, turismo, de 48,9%, e bares e restaurantes, de 46,2%. .

Com isso, é possível calcular uma estimativa de cifra sobre o que deixou de circular em função dos impactos das inundações, principalmente em regiões com mais lojas e outros negócios fechados. Mais de 400 das 497 localidades gaúchas foram atingidas. Porto Alegre teve porções importantes, como o Centro Histórico, com parte debaixo da água e ainda sem luz.



Fonte: Jornal do Comércio

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