A conta de energia deve seguir até o fim deste ano com bandeira vermelha ou amarela, ou seja, com cobrança adicional no valor do quilowatt-hora. A projeção é de Sandoval Feitosa, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel.
Feitosa foi um dos palestrantes convidados para um evento da Frente Nacional dos Consumidores de Energia em Brasília. Após discursar, nesta quarta-feira 18, ele conversou com jornalistas.
“A estimativa não fizemos ainda, mas há grande tendência de que [a bandeira] permaneça entre amarela e vermelho até o final do ano”, disse, citado pela Agência Estado.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para compensar condições desfavoráveis na geração de energia. Quando a bandeira é diferente da verde, há um acréscimo no custo para o consumidor final.
Em julho, a bandeira amarela foi acionada pela primeira vez desde abril de 2022, por causa do maior uso das usinas termelétricas, que têm operação mais cara que as hidrelétricas.
Já em setembro, foi acionada a bandeira vermelha, que não era usada desde 2021. A situação, na época, era pior que a atual, segundo Feitosa.
“Sob o ponto de vista climático, parece ser mais grave pelo que sentimos de mais calor, queimadas. Mas do ponto de vista qualitativo e quantitativo, o sistema elétrico está muito melhor do que estava, com o crescimento das fontes renováveis”, avaliou, conforme o Poder360. “Tivemos dois anos de bandeira verde, com os reservatórios sendo reestabelecidos.”