A relatoria do processo no Conselho de Ética da Câmara contra o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso sob suspeita de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco, segue vaga após a desistência de três deputados sorteados para assumir o caso.
Como manda o regimento, o colegiado sorteou, ao abrir o processo, três parlamentares. O relator seria selecionado entre eles. Acontece que, nesta terça-feira 15, os três políticos selecionados no sorteio informaram não terem interesse em assumir o processo. São eles:
Bruno Ganem (Podemos-SP);
Gabriel Mota (Republicanos-RR);
e Ricardo Ayres (Republicanos-TO).
Por conta das desistências, o deputado Leur Lomanto Junior (União Brasil-BA), que é presidente do Conselho, deverá fazer um novo sorteio nesta quarta-feira 17 para definir o relator.
Segundo Ganem, a relatoria “é um trabalho que exige atenção e dedicação exclusiva, dada a sua importância”, o que justificaria a desistência, já que deverá se dedicar à pré-candidatura da prefeitura de Indaiatuba.
Ayres, por sua vez, disse que desistiu porque foi escolhido para ser relator em uma representação contra o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Mota também confirmou a desistência, mas não justificou.
O novo sorteio deverá obedecer à regra do regimento da Câmara, que estabelece que o relator não poderá pertencer ao mesmo estado, bloco ou partido de Brazão. No mesmo sentido, os impedimentos também valem para parlamentares da sigla autora da representação contra Brazão. No caso, o PSOL.