A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,6% no trimestre encerrado em agosto de 2024, o menor índice já registrado para o mês desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), iniciada em 2012.
Os dados, divulgados nesta sexta-feira 27 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (7,1%) e de 1,2 ponto percentual em comparação ao mesmo período de 2023.
O número de ocupados, por sua vez, atingiu um novo recorde, com 102,5 milhões de pessoas empregadas, um crescimento de 1,2% no trimestre e de 2,9% no acumulado dos últimos 12 meses.
Outro marco histórico foi o aumento do número de trabalhadores com carteira assinada, que chegou a 38,6 milhões, o maior da série histórica. Esse contingente cresceu 0,8% em comparação ao trimestre anterior, o que representa 317 mil novos empregos formais, e 3,8% em relação ao ano passado, com um aumento de 1,4 milhão de postos.
O número de trabalhadores informais também atingiu um recorde, com 14,2 milhões de pessoas atuando sem carteira assinada, um crescimento de 4,1% no trimestre e de 7,9% em relação ao mesmo período de 2023.
Por fim, a pesquisa ainda indica que o percentual de pessoas ocupadas na população em idade ativa — conhecido como nível de ocupação — subiu para 58,1%, um aumento de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,2 ponto em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
Segundo o IBGE, setores como o comércio e a reparação de veículos automotores lideraram a criação de vagas, com um aumento de 1,9%, equivalente a mais 368 mil empregos. O setor público também registrou um recorde de 12,7 milhões de empregados, com crescimento de 1,8% no trimestre e de 4,3% no acumulado do ano.
Renda aumenta
O rendimento real habitual do trabalhador ficou estável no trimestre, com média de 3.228 mil reais, mas apresentou um aumento de 5,1% em relação ao mesmo período de 2023. Já a massa de rendimento real, que totalizou 326,2 bilhões de reais, subiu 1,7% no trimestre e 8,3% no ano.
Além disso, o número de pessoas desalentadas — aquelas que desistiram de procurar emprego — caiu para 3,1 milhões, o menor patamar desde 2016.