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Escola João Goulart, no bairro Sarandi, tem perda de todo material didático

Escola João Goulart, no bairro Sarandi, tem perda de todo material didático



Pela primeira vez, em 35 dias, foi possível acessar a Escola de Ensino Fundamental Presidente João Goulart, localizada no bairro Sarandi. A região foi uma das últimas da cidade onde a água baixou. As marcas nas paredes ultrapassam os 3 metros de altura. Todas as salas, pisos, forros de madeira e a parte elétrica estão comprometidos. Ontem, uma vistoria foi realizada pela secretaria Municipal de Educação (Smed).

O próximo passo será a limpeza, mas ainda não há previsão de retomada das atividades. “Percebemos a perda de 100% do mobiliário, além do comprometimento da rede de energia e internet. Praticamente, todos os utensílios do térreo foram perdidos”, destaca o secretário Maurício Cunha. Sem dados concretos sobre os prejuízos no local, o cálculo para reconstrução das 14 escolas atingidas pelas enchentes passa de R$ 35 milhões na Capital.

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Na conta, os custos com o mobiliário como, por exemplo, geladeiras e fogões já foram incluídos. Com a vistoria, será possível identificar as prioridades e aproximar o cálculo da realidade. A escola ainda apresenta lama e cheiro forte, principalmente no refeitório. Na biblioteca, todos os livros foram perdidos, assim como os equipamentos da sala de professores, secretaria e diretoria.

Para a continuidade das atividades, mais de 600 alunos serão realocados na Escola de Ensino Fundamental Paixão Cortes, na Vila Ipiranga. Segundo o diretor Manoel José Ávila da Silva, logo após as enchentes, foi realizada uma busca ativa, localizando os alunos e as famílias afetadas, por meio de grupos de WhatsApp. Dos 673, a comunidade escolar tem conhecimento da situação de 630.

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Outro movimento de acolhimento foi a criação de um centro de distribuição, no mesmo bairro. “Recolhemos e realizamos as doações a todas famílias que nos procuraram”, conta o diretor. De acordo com ele, a água chegou ao local ainda no dia 1º de maio. Nos dois dias seguintes, algumas famílias já foram removidas do bairro. No dia 4, o acesso à escola já estava inviabilizado.

Conforme o secretário, a retomada das atividades nas escolas do bairro Sarandi depende de dois fatores. O primeiro, trata-se do tempo de reerguimento da insituição – que considera a limpeza que será feita. “Esse processo tem demorado em outras escolas, mesmo com o apoio do Exército Brasileiro”. Posteriormente, uma empresa contratada deve realizar a limpeza química para descontaminação. Já o segundo fator, são as obras civis.

Enquanto isso, a Smed busca fortalecer o ensino híbrido, ontem, 400 kits educativos foram entregues à pasta e serão repassados aos estudantes. Os materiais são yma doação, intermediada pelo Colégio Farroupilha, da Companhia de Maria, de São Paulo. Além disso, a compra de materiais pedagógicos está em andamento e o corpo técnico já foi contratado.

A mesma vistoria também foi realizada na Escola de Educação Infantil Vila Elizabeth, na segunda-feira. O processo de limpeza inicia amanhã.

 



Fonte: Jornal do Comércio

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