O Exército confirmou que o tenente-coronel Mauro Cid está impedido de ser promovido para o posto de coronel.
Segundo a instituição, a prisão de Cid é um dos impeditivos para a subida de grau na hierarquia militar, conforme a Lei de Promoção dos Oficiais da Ativa das Forças Armadas.
O veto foi feito pela Comissão de Promoção de Oficiais, colegiado composto por 18 generais que analisam se os candidatos cumprem os critérios objetivos e subjetivos para mudar de nível na carreira.
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) foi preso em maio de 2023, pelo envolvimento na falsificação de cartões de vacina para a sua família e para o ex-presidente, Após seis meses preso, em setembro, o militar fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.
Ele chegou a ser solto, em condicional, mas, em março voltou para a prisão sob acusação de obstrução de Justiça. Cid, segundo o Supremo Tribunal Federal, desobedeceu termos do acordo de delação ao ser flagrado afirmando ter firmado o acordo sob coação. Antes da prisão, ele negou as informações e disse se tratar apenas de um desabafo. Ele permanece preso desde então.
Em sua delação, Cid relatou o passo a passo de uma trama golpista que visava anular as eleições de 2022, mediante intervenção militar. A intenção do plano era recolocar Jair Bolsonaro na Presidência da República, mesmo diante da derrota eleitoral para Lula.
Além de Mauro Cid, outros 4 militares investigados também foram retirados da lista de promoção do Exército. São eles:
- Hélio Ferreira Lima;
- Guilherme Marques de Almeida;
- Sergio Cavaliere;
- e Ronald Ferreira.
Os militares estão sem função no Exército por força de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.