O presidente Lula (PT) saiu em defesa, nesta quinta-feira 13, da atuação de Fernando Haddad como ministro da Fazenda. “O Haddad é um extraordinário ministro, não sei qual é a pressão contra o Haddad”.
“Todo ministro da Fazenda, desde que me conheço por gente, ele vira o centro dos debates, quando a coisa não dá certo e quando a coisa não dá certo”, disse Lula na Suíça, onde participa da Conferência Internacional do Trabalho.
Os rumores sobre um suposto desgaste de Haddad surgiram com a devolução, por parte do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Medida Provisória para compensar a desoneração de folha.
O ministro foi alvo de críticas por parte da classe política e também de empresários. Para Lula, o Haddad nem deveria ter assumido essa responsabilidade, mas mesmo assim “fez uma proposta”.
“Os mesmos empresários não quiseram. Então, agora tem uma decisão da Suprema Corte, que vai acontecer. Se, em 45 dias, não houver acordo sobre compensação, o que vai acontecer? Vai acabar a desoneração, que era o que eu queria, por isso eu vetei naquela época”, disse.
“Haddad tentou. Não aceitaram, agora encontrem uma solução”, completou Lula.
Líderes partidários e Pacheco debateram nesta quinta as alternativas para compensar a desoneração da folha de pagamento de empresas e pequenos municípios.
As propostas devem ser reunidas em um projeto de lei a ser apresentado pelo senador Efraim Filho (União-PB) e relatado por Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo na Casa.
Entre as medidas em análise neste momento, estão um tipo de Refis para multas impostas por agências reguladoras e programas de atualização de ativos financeiros no Imposto de Renda.