O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), conhecido como filho “zero um” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou, na noite de segunda-feira (8), que é contrário ao pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A tese é defendida por parlamentares aliados de Bolsonaro e já foi encampada pelo próprio ex-presidente. Cabe ao Senado Federal analisar eventuais pedidos de impeachment de ministros do STF.
“Sempre que eu puder, vou buscar o diálogo. Não acho que o caminho de fazer impeachment de ministro é o que vai resolver o problema do Brasil”, disse Flávio, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
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“Eu sempre acreditei, e continuo acreditando, em uma autorregulação do próprio Supremo”, prosseguiu o senador. “Acho que essa é uma excelente oportunidade para que o Supremo tente retomar as rédeas da Corte, parar de toda hora ser sugado para dentro de uma discussão que não é institucional, relativa a apenas um ministro, para que as coisas voltem ao normal.”
Na entrevista, o filho de Bolsonaro também afirmou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deveria procurar o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, para uma conversa sobre possíveis excessos cometidos pela Corte.
“Não dá para a gente continuar usando o aparato estatal para promover uma destruição de reputação de uma pessoa honesta que se chama Jair Bolsonaro”, afirmou o senador.
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Flávio defende Elon Musk
Durante o programa, Flávio Bolsonaro foi questionado sobre o embate entre o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter) e Alexandre de Moraes. O senador saiu em defesa de Musk, que classificou o magistrado brasileiro como “ditador”.
“O que começa errado vai terminar errado. Isso está acontecendo há mais de cinco anos, com um inquérito imoral e inconstitucional, deslocando o foro de qualquer cidadão brasileiro para o Supremo. Tudo o que acontece hoje é puxado para esse grande buraco negro que é o inquérito das fake news”, criticou Flávio.
Para o senador do PL do Rio, nada justifica a inclusão de Musk no inquérito das milícias digitais, que tramita no Supremo. “Na minha avaliação, ele [Musk] não cometeu crime nenhum. Ele só fez uma pergunta ao ministro, que usa a rede social dele”, concluiu Flávio.