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Governo alerta para seca em Pantanal e Amazônia

Governo alerta para seca em Pantanal e Amazônia



O governo federal alertou ontem para a seca que atingirá o Pantanal e a Amazônia neste ano. Durante evento do Dia Mundial do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto, a ministra Marina Silva afirmou que é preciso se preparar para que os impactos da estiagem sejam minimizados. Segundo ela, são esperados grandes incêndios no Pantanal no período de seca, que vai de maio a setembro.

Diante do quadro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou durante o evento um pacto pela Prevenção e Controle de Incêndios com governadores de Estados que compõem esses biomas. A União quer estabelecer ações em parceria com governos estaduais para conter os impactos desses eventos na população, como reduzir o risco de desabastecimento. “O que estamos vendo em chuva no Rio Grande do Sul e os efeitos dessas chuvas, vamos ver em estiagem na Amazônia e no Pantanal”, disse Marina. “Vamos ter um fenômeno terrível que são os incêndios e queimadas. Não é por acaso que nós temos trabalhado incessantemente.”

A ministra afirmou que alguns dos temas que estão no radar do governo no âmbito desse pacto são estratégias para manter o abastecimento de alimentos, medicamentos e combustíveis nas populações que vivem nesses biomas. Na última seca histórica na Amazônia, no ano passado, municípios ribeirinhos ficaram isolados e enfrentaram escassez de suprimentos pela falta de navegabilidade nos rios. “Tivemos de fazer uma operação de guerra para levar cestas básicas no ano passado. Neste ano é fundamental esse preparo. Uma hora a gente está tendo de agir na seca e outra, na cheia.”

A ministra voltou a defender que haja um estado permanente de emergência climática em alguns municípios do País, mais suscetíveis a desastres, e falou na criação de uma espécie de “estatuto da emergência climática” para essas regiões. Marina defendeu que o Brasil precisa inverter a lógica de resposta a desastres e se planejar para gerir a consequência desses eventos antes que aconteçam. “Se você não tem a navegação, você vai ficar sem suprimento de energia, como corremos o risco na estiagem passada. Quando você faz a gestão do risco, já tem de pensar como que faz a estocagem dos meios necessários para que não se tenha um apagão em alguns municípios”, exemplificou.

A ministra Marina Silva explicou que a situação do Pantanal é preocupante, porque, além da seca, o bioma tem um incêndio subterrâneo em curso, o chamado incêndio em “turfa”. A turfa é um material orgânico decorrente da decomposição da vegetação. Quando esse material pega fogo, ele vai consumindo a vegetação por baixo da terra e seu controle é complexo. “É área muito complicada, que a gente faz monitoramento para não alcançar unidade de conservação e comunidades.”

Estiveram no evento os governadores da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT); de Roraima, Antonio Denarium (PP); do Acre, Gladson Cameli (PP); de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB); e do Pará, Helder Barbalho (MDB). O Pará será a sede da COP-30, em 2025. Além deles, o governador Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, compareceu ao evento no Palácio do Planalto.



Fonte: Jornal do Comércio

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