Na esteira da divulgação dos dados sobre o desempenho da economia brasileira no segundo trimestre, o Ministério da Fazenda revisou a projeção do crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro de 2,5% para 3,2% neste ano e alterou, para cima, a projeção da inflação – um salto de salto de 3,9% para 4,25%.
Apesar da alta para Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que mede a inflação, a projeção ainda está dentro da meta perseguida pelo Banco Central de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, cujo índice é utilizado para medir o crescimento da economia. As alterações constam do Boletim Macrofiscal divulgado pela Secretaria de Política Econômica nesta sexta-feira 13. A última revisão havia sido feita em julho.
Na última quarta-feira, o ministro Fernando Haddad (PT) havia indicado uma alteração na estimativa do PIB. A revisão ocorreu após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontar para um crescimento acima do esperado de 1,4% em relação ao primeiro trimestre deste ano.
“A projeção de 3,2% incorpora projeções de crescimento para os próximos dois trimestres, embora em ritmo inferior ao observado nos trimestres anteriores”, justifica o Boletim desta sexta. A previsão de crescimento dos principais setores da economia também foi revisada, segundo a Fazenda, com destaque para o setor da indústria (uma alta de 2,6% para 3,5%).
Há expectativa que o IPCA volte a cair no acumulado em doze meses após outubro. Essa desaceleração era esperada para o mês de agosto – no entanto, a seca em alguns estados motivou o aumento dos preços das tarifas de energia e frustrou a previsão da Fazenda para a inflação.
Também houve revisão na projeção do PIB para o ano que vem. A previsão de crescimento saiu de 2,6% para 2,5%. De acordo com o governo, a mudança para baixo ocorre em razão da expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decida aumentar a taxa básica de juros na próxima reunião do colegiado.
A expectativa de crescimento do PIB em 2026 foi mantida em 2,6%.