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O governo Lula (PT) instalou no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira 2, uma sala de situação para concentrar informações e orientar iniciativas de auxílio a afetados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul.
Em seu mais recente boletim, divulgado às 18h, a Defesa Civil do estado confirmou 29 mortos e 60 desaparecidos em decorrência dos temporais.
A primeira reunião da sala de situação ocorreu após o retorno do presidente Lula, que viajou nesta manhã a Santa Maria, no centro do Rio Grande do Sul. Ele, porém, não participou do encontro.
Uma comitiva do governo federal deve voltar ao território gaúcho no início da semana que vem.
Outra definição resultante do encontro é a realização de reuniões diárias – a próxima ocorrerá às 10h desta sexta-feira 3. Segundo o Planalto, uma estrutura similar foi criada em Santa Maria, sob a liderança do general Hertz do Nascimento, vice-chefe do Estado-Maior do Exército, e de Wolnei Barreiros, secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil.
Participaram da reunião nesta quinta os ministros:
- Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação da Presidência;
- Rui Costa, da Casa Civil;
- Renan Filho, dos Transportes;
- Waldez Góes, de Integração e Desenvolvimento Regional;
- Jader Filho, de Cidades;
- Esther Dweck, de Gestão e Inovação; e
- Marina Silva, do Meio Ambiente.
Também marcaram presença representantes de outros ministérios, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, o almirante de esquadra Aguiar Freire, e o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento, Edegar Pretto.
O Ministério do Desenvolvimento e da Assistência Social anunciou nesta quinta que antecipará o saque dos pagamentos do Bolsa Família para beneficiários do programa que vivem nas regiões atingidas pelas enchentes.
Eles poderão retirar o benefício em 17 de maio, independentemente do número final do NIS e sem a exigência do cartão ou de documentação pessoal, desde que recebam a Declaração Especial de Pagamento, emitida pela gestão municipal.
O governo federal informou ter mobilizado 625 homens, incluindo integrantes das Forças Armadas, oito aeronaves e 20 botes salva-vidas para as operações de resgate e salvamento. Equipe do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e do Batalhão de Engenharia do Exército trabalham na desobstrução de estradas e acessos.
Em uma edição extra do Diário Oficial da União, Wolnei Wolff Barreiros reconheceu o estado de calamidade pública em todo o Rio Grande do Sul, medida que já havia sido decretada pelo governo estadual. Essa formalização facilita a liberação de recursos federais para apoiar as ações de resgate, salvamento e reconstrução.
