O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira 29 que deve ter uma série de reuniões com o presidente Lula (PT) para discutir o corte de gastos.
“Ele [Lula] está pedindo informações, mas não tem uma data. Ele que vai definir, estamos avançando nas conversas. Estamos fazendo uma série de contas pra ele, para fazermos uma série de coisas ‘ajustadinhas’”, disse.
As declarações de Haddad são em um momento em que o governo vem sendo pressionado a apertar os cintos nos gastos. O ministro sinalizou que deve encontrar novamente com Lula nesta quarta-feira 30.
No começo do mês, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, adiantou que a revisão em certas políticas públicas poderia abrir um espaço fiscal de até 20 bilhões de reais. Tebet, entretanto, não deu mais detalhes.
No último dia 20, foi anunciado um bloqueio de 2,1 bilhões de reais no Orçamento de 2024, montante que se soma aos 11,2 bilhões bloqueados em julho. Devido a um aumento na projeção de receitas, no entanto, o Palácio do Planalto divulgou também uma reversão de 3,8 bilhões de reais contingenciados no bimestre anterior.
Com os dois anúncios, portanto, o total congelado diminuiu de 15 bilhões para 13,3 bilhões de reais, na comparação com o terceiro bimestre.
Segundo o governo, a elevação do bloqueio decorre do aumento de despesas obrigatórias, principalmente com a atualização da estimativa de requisições de pequeno valor pela Justiça Federal.