O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,62% em novembro e ficou 0,08 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de outubro (0,54%).
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,35% e, nos últimos 12 meses, de 4,77%, acima dos 4,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2023, a taxa foi de 0,33%.
Período | Taxa |
---|---|
Novembro de 2024 | 0,62% |
Outubro de 2024 | 0,54% |
Novembro de 2023 | 0,33% |
Acumulado no ano | 4,35% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 4,77% |
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em novembro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Alimentação e bebidas (1,34% e 0,29 p.p.), grupo de maior peso no índice, que registrou aumento de preços pelo terceiro mês consecutivo. As demais variações ficaram entre o recuo de -0,01% de Educação e o aumento de 0,83% em Despesas Pessoais.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Outubro | Novembro | Outubro | Novembro | |
Índice Geral | 0,54 | 0,62 | 0,54 | 0,62 |
Alimentação e bebidas | 0,87 | 1,34 | 0,18 | 0,29 |
Habitação | 1,72 | 0,22 | 0,26 | 0,03 |
Artigos de residência | 0,41 | 0,11 | 0,02 | 0 |
Vestuário | 0,43 | 0,36 | 0,02 | 0,02 |
Transportes | -0,33 | 0,82 | -0,07 | 0,17 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,49 | 0,18 | 0,07 | 0,02 |
Despesas pessoais | 0,35 | 0,83 | 0,04 | 0,08 |
Educação | 0,05 | -0,01 | 0 | 0 |
Comunicação | 0,4 | 0,11 | 0,02 | 0,01 |
No grupo Alimentação e Bebidas (1,34%), alimentação no domicílio acelerou de 0,95% em outubro para 1,65% em novembro. Contribuíram para esse resultado os aumentos do óleo de soja (8,38%), do tomate (8,15%) e das carnes (7,54%). No lado das quedas, destacam-se a cebola (-11,86%), o ovo de galinha (-1,64%) e as frutas (-0,46%).
A alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,66% para 0,57%, no mesmo período, em virtude da alta menos intensa da refeição (de 0,70% em outubro para 0,38% em novembro). Por sua vez, a variação do lanche aumentou de 0,76% para 0,78%.
Em Despesas Pessoais (0,83% e 0,08 p.p.), o resultado foi influenciado principalmente pela alta do cigarro (4,97%), devido ao aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI incidente sobre cigarros, a partir de 1º de novembro.
No grupo Habitação (0,22% e 0,03 p.p.), a energia elétrica residencial desacelerou de 5,29% em outubro para 0,13% em novembro, com a vigência da bandeira tarifária amarela, a partir de 1º de novembro, que acrescentou R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Além disso, foram verificados os seguintes reajustes tarifários:
- reajuste de 4,97% em Goiânia (5,72%), a partir de 22 de outubro;
- redução de 2,98% em Brasília (-1,36%), a partir de 22 de outubro;
- redução de 2,88% em uma das concessionárias de São Paulo (0,35%), a partir de 23 de outubro.
No grupo dos Transportes (0,82%), o subitem passagem aérea subiu 22,56% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,14 p.p.). O subitem ônibus urbano aumentou 1,34%. Em combustíveis (0,03%), houve aumentos nos preços do gás veicular (1,06%) e da gasolina (0,07%), enquanto o etanol (-033%) e o óleo diesel (-0,17%) reduziram os preços.
Ainda em Transportes, em São Paulo (0,73%), foram registradas reduções de -9,40% no trem e no metrô, e -4,44% na integração transporte público. Os resultados destes subitens são decorrentes da apropriação da gratuidade concedida a toda população na eleição municipal de outubro e nos dias de realização das provas do ENEM (03/11 e 10/11).
Quanto aos índices regionais, as onze áreas de abrangência tiveram alta em novembro. A maior variação foi observada em Recife (0,94%), por conta da alta da gasolina (6,34%) e da passagem aérea (21,12%). Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (0,25%), que registrou queda nos preços da energia elétrica residencial (-1,67%) e da gasolina (-1,31%).
IPCA-15 – Variação nas regiões
Região | Peso Regional (%) | Variação Mensal (%) |
Variação Acumulada (%) | ||
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Outubro | Novembro | Ano | 12 meses | ||
Recife | 4,71 | 0,37 | 0,94 | 4,25 | 3,98 |
Belém | 4,46 | 0,43 | 0,88 | 4,4 | 4,7 |
Brasília | 4,84 | 0,51 | 0,86 | 3,9 | 4,6 |
Rio de Janeiro | 9,77 | 0,6 | 0,82 | 4,29 | 4,91 |
Goiânia | 4,96 | 1,07 | 0,8 | 4,5 | 5,3 |
São Paulo | 33,45 | 0,61 | 0,6 | 4,36 | 4,82 |
Fortaleza | 3,88 | 0,52 | 0,6 | 4,45 | 5,26 |
Curitiba | 8,09 | 0,63 | 0,58 | 4,12 | 4,11 |
Belo Horizonte | 10,04 | 0,54 | 0,55 | 5,77 | 6,13 |
Salvador | 7,19 | 0,28 | 0,38 | 3,99 | 4,46 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,17 | 0,25 | 3,41 | 3,71 |
Brasil | 100 | 0,54 | 0,62 | 4,35 | 4,77 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 12 de outubro a 12 de novembro de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de setembro a 11 de outubro de 2024 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.